03 novembro 2009

Mãos


O tempo estava de feição:

Corria morno o ar
Difusa a luz
E a mesa não balançava,
A sangria escorregava
Pelas gargantas

Era um final de tarde vulgar
Não fossem as nossas pernas
Por debaixo da mesa
Da esplanada cheia de gente

E as pernas tocavam-se,
Torciam-se
Uma por cima de outra

Tu ou eu
Tu e eu

E a mão

A minha mão indiscreta
E o teu sexo
À mão de semear...

Foto e poesia de Paula Raposo
_______________________________
OrCa: "Ah, por debaixo das mesas das esplanadas já fui tão feliz!... Entornava-se-me era sempre o café, com os nervos. Agora, agarrar, propriamente, aquilo que se diz agarrar, senhores, ah, isso era coisa de poesia. Mais tarde, lá em casa, era coisa de outras coisas, eu e a mão, a mão e eu... Ia para a janela e fartava-me de acenar a quem passava, esperando Carochinha que de mim se apiedasse. Por vezes, lá alinhava uma e até que os hélitros e as antenas me enchessem de coceira, a vida era bela...
As coisas que o poema da Paula me faz dizer!"



De repente...


1 página

oglaf.com

Obscenidade subtil

Você tem um vizinho xarope? Claro, todos nós temos um.
Ele escuta música no volume alto, geralmente na hora errada e sempre, sempre, aquele estilo de música que você odeia. Um pagodão na madrugada, um funk às seis e meia da manhã ou a Voz do Brasil às dezanove horas.
Ou então é um daqueles malucos que fica te espiando por trás da cortinas. Ou ainda com uma luneta. Investigando seus passos e anotando em um caderninho.
Enfim, ele é estranho e chato? E você quer que ele fique sabendo disso? Mas também não quer ficar mal na vizinhança e acabar ficando conhecido como barraqueiro? Tudo bem, o Capinaremos.com tem uma solução:




Capinaremos.com

02 novembro 2009

Deixa-te amar

Senta-te no meu colo e descansa. Pensa que ainda a noite é uma criança e precisas ganhar fôlego para as coisas por dizer mais o amor para fazer, a vida que acontece entre nós quando finalmente nos deixam a sós com a nossa forma de passar o tempo.
Senta-te em silêncio e aprecia o momento, sem medos ou mágoas, os segredos a léguas desta relação de confiança que é a unica que permite a esperança de sermos dois outra vez amanhã.
Senta-te no meu colo, deixa-te abraçar pelos meus braços e insiste em aproveitar estes pedaços da existência que preenchemos com a consciência de que a eternidade só existe se a construirmos agora, alheios ao barulho lá fora de um mundo que não pertence a esta realidade que no fundo só acontece porque o acaso o permitiu.
Manda para a puta que o pariu todo o conjunto de aflições que nos instigam as tradições inibidoras da felicidade como a queremos sentir, senta-te no meu colo e deixa-te partir para onde não existam os receios e dá largas aos teus desejos e anseios sem abrires a boca para me dizeres como ficas louca com todo o mal que esta paixão te fez.
Descansa.
Ainda a noite é uma criança e amanhã vamos fazer o amor outra vez.

O Vampiro Do Meio-Dia

No verão mais quente de sua vida, um adolescente descobre o prazer no meio de um autocarro, balões, Darth Vader e as leis de Newton.




Link directo para o filme aqui.

Tipos de gripe


Alexandre Affonso - nadaver.com

Salão erótico - dia 3 (e último)



Nesta entrevista da Vânia Beliz ao Correio da Manhã, diz ela que (e passo a excitar):

"as pessoas andam todas à procura do orgasmo perfeito"

01 novembro 2009

A minha colecção tem um fã com voz de ouro

"Já que o museu tarda em aparecer, bem podias criar um museu virtual. Há toneladas de gente a sonhar que, um dia, a tua colecção veja a luz do dia."
Luís Gaspar
Corpo e voz do Estúdio Raposa
no Facebook

Enquanto não temos o real, nem mesmo o virtual completo, toma lá uma amostra de algumas peças:


Álbum de imagens da minha colecção

Senhora Dona Dor (By: Florlinda Espancada)

Olá Dor,
onde é que andavas?
Fica aqui, não vás embora,
tão longe já vai a hora
em que tão bem me abraçavas.
Olá Dor,
pensei que não me abandonavas!
Lembras-te? Contigo fiz amor,
tive tanto frio, tanto calor,
que bem que tu me cravavas.
Olá dor,
fica, por favor, não vás!
Que o meu corpo te afaga;
invade a minha alma,
como sempre,
com muita calma
mais nada é assim
tão vívido em mim
minha única amante
meu orgasmo triunfante
berrante
nítido
desarmante.
Lembras-te? Contigo fiz amor,
(tanto, tanto, estavas tão nua)
e eu, eu era tão, tão tua
(tive tanto frio, tanto calor).
Olá Dor,
olá Dor,
olá Dor,
tinha tantas saudades
de, submissa às tuas vontades,
me despir,
me deitar,
existir tanto
que só no pranto
se existe assim,
mais nada é assim
tão vívido em mim.
Olá Dor,
como tu, ninguém me adora,
porquê essa demora?
Minha amada mais velha,
entumescida, vermelha,
de sábios braços
abraças meus espaços
meus passos
meus espelhos
meus joelhos
como mais ninguém
como mais ninguém.
Olá Dor!
Vem! Volta! Vem!
Mais nada é assim
tão vívido em mim.

Folsom Street Fair - San Francisco - 27 de Setembro de 2009


Feira de homens


Mais de 400 fotos, algumas delas bem... curiosas...

Hoje é que vai ser!...


crica para visitares a página John & John de d!o

Salão Erótico - Dia 2



Hoje é o último dia da ExpoFoda. E a nossa sexóloga predilecta, Vânia Beliz, continua a responder às vossas dúvidas (eu tenho tantas...). O Fernando Alvim fodografou-a por lá (no meio de muitas fotos, que isto de ser porta-voz do SIEL é divertir-se onde os outros trabalham, ao contrário dos ginecologistas):

31 outubro 2009

Publicidade ao 12º Encontra-a-Funda (nas Caldas da Rainha)

Crica para isto aumentar para um tamanho mais indecente"os que vom à Funda Som
ó som
ó num som
mas já no
Encontra-a-Funda
nem sempre a maralha abunda
mas é sempre
do bem bom

(a pernúncia - sotaque da boca do corpo... - é a gosto. O
Encontro é a Novembro...)

OrCa"
____________________________________
... e já somos 26 30.