08 março 2010

já se pode vir à São!

Foi reposta a normalidade neste espaço de liberdade. Rejubilemos, irmãos!

há de novo Funda São
que nunca deixou de haver
pois não é qualquer senão
que tira a ponta ao viver

e assim de novo se afunda
tão só por apetecer
na São mais linda e profunda
feita ânsia de viver

que sente quem aqui vem
ou quem se vem por cá vir
eu cá me venho também
e tu? demoras a vir…?

Porque é que há mais homens do que mulheres a jogar xadrez?

O objectivo do jogo é encurralar o rei adversário.
Mas durante cada partida todas as peças do tabuleiro querem mesmo é comer a rainha...

«Sem/Não te Conhecer» - Bartolomeu e Miss Well

Diálogo entre os dois nos comentários deste post:

"Soaste-me nua na curva de um grito
Rouca, forte, expressão intemporal
Deusa poderosa em altar bendito
Arrastando o leito bravo do temporal
E... assim ficaste meia louca
Passando por mim sem me conhecer
Rasgando o peito, cerrando a boca
Perdendo a noite, no amanhecer
Amantes vagos visitam-te o corpo
Bailam-te vazios de nada e de ser
Pedem-te caprichos e sonhos vãos
Estendes-lhes as mãos... um copo
Lês-lhes nos olhos o desejo a arder
Seguras o tempo, buscando a razão
E dás-te a eles, sem te conhecer"
Bartolomeu

"Minha Santa Mónica!

Sonho, sim, com a curva nua de um grito
cheio da palavra mágica, essa, a intemporal
essa, a única, que a quase ninguém permito
deito-a aos pés do Deus do meu temporal.
E... assim sei que não fiquei louca
era o meu grito a reconhecer
o seu dono, a lançar-se na sua boca
dorme-te na língua, faz-te amanhecer.
Amantes vagos, nenhum me marcou o corpo
o vazio não baila, nenhuma música nesse ser.
Sabes, foram apenas corpos vãos
sem água nas veias, sem sangue no copo.
Leio-lhes no olhos, nem sabem arder
quebrei o tempo, rasguei-lhes a razão
dei-me a eles, por não te conhecer."

Joana Well


Ilustração: Replicação de DNA - ck12.org

«enche as tuas mamas de inveja»

Anúncio das sapatilhas Reebok EasyTone

A família brasileira


Alexandre Affonso - nadaver.com

07 março 2010

E ao 5º dia o blog foi desbloqueado



Obrigada a todos os que sempre mantiveram a fé em Eros.

Shark - "Welcome back, sua proscrita!"
São Rosas - "Proscrituta"

(Pre) Sentidos

Ouço-te
nas cataratas de uma memória feita de areia
e na areia deitei o meu corpo
e a areia acariciava o meu peito
e a areia é tudo o que me rodeia

Vejo-te
nos caminhos que formam linhas nas margens
e nas margens imprimi as minhas asas
e as páginas escreveram-se nas minhas pernas
e as páginas são as minhas únicas imagens

Toco-te
na ebulição de recordar que derrama do leito
e no leito mergulhei as minhas ancas
e o leito inundou as minhas coxas
e o leito é tudo quando me deito

Provo-te
na saudade que tempera a água a perder a nascente
e na nascente lavei o ventre nu
e a nascente trespassou-me como tu
e a nascente era ontem e horizonte.

Sinto-te
nos braços que devolvem as ondas ao seu mar
e no mar lavei os cabelos para te ter
e o mar salgou-me o corpo para te receber
e o mar era todo o meu ar.

Brincadeiras eróticas da colecção do Kinsey Institute

Um dia destes faço um video idêntico com as brincadeiras da minha colecção. Como acontece com muitas outras colecções de arte erótica, aqui mostram algumas peças que eu gostava de ter... mas também tenho algumas que ali ficariam muito bem.

«Erotica Batalha - Cruzada»

"Tua latejante buceta palpitante
Meu amargo cacete perfilando
Ovos batem continência à beira do saco
Como um guerreiro de merda
o cu recua ante a dura ofensiva
Grandes e pequenos lábios
batem palmas e riem
Meu cacete é a bandeira nacional!
A guerra é santa e eu avanço!"


Vi aqui... e gostei

Presentes interesseiros


crica para visitares a página John & John de d!o

Assédio ao Óscar



HenriCartoon

06 março 2010

Animais

A tromba rude do elefante magoava o pescoço delicado da gazela. O feio elefante investia selvaticamente o pesado corpo no delicado corpo dela. A gazela, em dor, gemia. O elefante, em gozo, grunhia, gania. O elefante, bestial, copulava como um animal. São tão pouco humanos, os elefantes.

Azul: eu


Olho para o presente
(como se não fosse eu)
e vejo-o azul (tu sabes que sim),
vivo-o em todos os tons
em que o imagino.

Azul – disseste - falas sempre de azul.
Pois é.
Não sei por que o faço,
mas: faço-o.

Quantas coisas não sabemos
por que as fazemos: mas fazemos.

De azul vestida, semi despida,
digo eu,
regresso sempre de azul;
agora nua:
eu sou azul.

Foto e poesia de Paula Raposo