fui-me à Pica a Cucujães para um encontro de pica
com alguns filhos e mães que a saudade fornica
pelo caminho a cedilha que no bolso transportava
cravou-se-me na virilha - dali não sai nem por nada
há pois cedilhas danadas que num encontro de amigos
em se sentindo encostadas só olham p’ra seus umbigos
esta então - e por preceito - lança em redor atenção
a todo o umbigo de jeito - o que faz sem contenção
é pois cedilha das finas - veio à Pica por prazer
a fazer-se de menina que dá bola até sem querer
à cautela então te peço
amiga se me abraçares
mede o aperto que eu meço
não vá ela dar-se a ares
e em momento perverso
quando menos esperares
vai-se a cedilha à Taberna
bebe uns copos fica terna
e pede-te para a agarrares
que ela é cedilha com pica
indómita - garganeira
se lhe tocas ela estica
cola-se à Pica matreira
… e fica de outra maneira
quem na viu – quem na sentiu nessa nova condição
da cedilha garantiu ser ponto de exclamação!
- No rescaldo da XIII Encontra-A-Funda – 12 e 13 de Junho de 2010 - outro momento bem passado, na Taberna da Pica, algures entre Cucujães e a Oitava Avenida...