03 fevereiro 2011
02 fevereiro 2011
Pelas ancas
Deitou-a de lado, levantando-lhe uma perna, e começou a passear-lho sem pressas pela periferia daquilo que pretendia comer. Devagar, acabou aos poucos por entrar enquanto lhe observava as mudanças de expressão e a via bonita como sempre acontecia quando ela se oferecia ao seu olhar.
Degustou-a com os outros sentidos também, deliciado, absolutamente encantado com o privilégio que representava aquele momento que era só seu. E dela, que se contorcia como uma gata e cravava as unhas na almofada com que tentava abafar os gritos que precisava dar quando o sentia forçar mais e mais o seu corpo em plena levitação.
Degustou-a com os outros sentidos também, deliciado, absolutamente encantado com o privilégio que representava aquele momento que era só seu. E dela, que se contorcia como uma gata e cravava as unhas na almofada com que tentava abafar os gritos que precisava dar quando o sentia forçar mais e mais o seu corpo em plena levitação.
Mal tocava com os pés no chão quando ele a dobrava e depois a agarrava pelas ancas e literalmente a pendurava em si.
Dia Mundial das Zonas Húmidas
Apresentamos duas imagens para reforçar esta divulgação, porque hoje é o Dia Mundial das Zonas Húmidas!
"...Em 2011, o material de divulgação preparado para as comemorações do Dia Mundial das Zonas Húmidas, que se comemora a 2 de Fevereiro, chama a atenção para a necessidade duma visão integrada de toda as "Zonas"..., quando se pretende gerir as que respeitam às zonas húmidas, daí o tema deste ano ser “Por esta "bacia"... abaixo, as zonas húmidas ligam-nos uns aos outros.”
Carlos Car(v)alho
Blog Tuna Meliches
Rascunho Negro
Ele encontrou a desambiguação do ser e do estar numa só matéria humana de sobressalto pelo caminho que lhe traçaram.
Caminha solitário sobre as pedras rubras, do sangue que lhe cai das veias pela permeabilidade que não esconde.
Não disfarça...
O seu corpo é transparente, a alma invisível, as veias secaram e o coração assume a cor de uma castanha por verter todo o vermelho que bombeava.
Ainda assim, vive.
Ou vai andando apenas, pelos socalcos, tropeçando, deambulando torso e ébrio a cada passo que tenta.
Pára.
Contempla o céu negro, sem estrelas, procurando que qualquer coisa lhe faça sentido, através daqueles olhos macilentos e pobres... de alma e vida.
Caminha solitário sobre as pedras rubras, do sangue que lhe cai das veias pela permeabilidade que não esconde.
Não disfarça...
O seu corpo é transparente, a alma invisível, as veias secaram e o coração assume a cor de uma castanha por verter todo o vermelho que bombeava.
Ainda assim, vive.
Ou vai andando apenas, pelos socalcos, tropeçando, deambulando torso e ébrio a cada passo que tenta.
Pára.
Contempla o céu negro, sem estrelas, procurando que qualquer coisa lhe faça sentido, através daqueles olhos macilentos e pobres... de alma e vida.
Das coisas "pequenas"
Uma vez disseste-me que escrevesse das coisas que vejo na rua, pequenos movimentos de pernas, redondos passos de mãos, as pessoas que passam mais ou menos do que são nas ruas àquela hora, a pedra que dorme no chão e as esquinas que segredam atrás da mãe que leva os filhos de volta a casa enquanto sonha com a juventude e o amante imaginário espreita à espera da loucura que não chega porque o tédio mata mas nunca se divorcia da lucidez, o homem que atravessa a estrada a correr em fuga da coragem porque nunca mais quer enfrentar as somas dos talões do supermercado e o dia e noite só de horas a fio, as chaminés que cantam as fomes emocionadas para cada estômago quente e triste, comer para amanhã acordar noutro dia de igual manhã e talvez sejam felizes nos intervalos das coisas ou nas recordações de coisas que só agora percebem felizes, um menino de joelhos negros joga um jogo que tem gatos amarelos a miar aflitos, são tantas coisas nas mãos pequeninas de cada garoto, um mundo inteiro entre dedos de sorrir, eu ainda quero um pijama macio e um beijo. Não percebi porque me disseste; alguma vez eu escrevi outra coisa que não das pedras e almas que me atravessam a estrada das palmas, pernas feitas de pontas de dedos?
01 fevereiro 2011
“A geometria da picha” ou “Os falos deles e os delas”
Por mais instrumentos de medida que se tirem da cartola, ninguém se entende quanto a isto da “geometria da picha”, mesmo porque “a coisa” depende muito do ângulo. (Os ângulos rectos, por exemplo, são muito apreciados… mas depois também há os obtusos, os agudos, e as pichas vistas de esguelha…).
Aqui há tempos a propósito do post “As 10 melhores pilas do mundo”, da autoria de um ilustre Tubarão, e de uma alusão ao “tamanho de senhora”, escrevi um comentário no “a funda São” que acho que vale a pena retomar:
"Tamanho de senhora"?? Há tempos quis comprar um berbequim, aconselhei-me supostamente com um especialista, e o gajo vendeu-me um de senhora. Não gostei nada da brincadeira!! (Custou 100€. Vendo por 50€ em estado novo!) Já com a pá de trolha sucedeu o contrário... só havia modelos masculinos... comprei... saíram-me as contas furadas... e lá tive que ir em busca duma segunda via "tamanho de senhora".
Bom. A pila... se não funciona não tem graça. O tamanho não é tudo, nem de longe nem de perto (pronto! talvez de longe...), mas tudo o que é demais, é moléstia, tanto para cima como para baixo. Depois, há a forma, cheiro, sabor... e, claro, a "coisa" com pernas e olhos a que vem atarraxada também tem a sua importância... não fosse isso mais valeria ir escolhê-la a gosto a uma loja. Coisa, aliás, que, numa perspectiva prática, qualquer senhor poderá fazer se não estiver satisfeito com a ferramenta que possui. O problema está na troca de prazer. De onde, concluindo, a pila que merece a taça seja, a meu ver, a que tem maior potencial de troca. O restante, haja inteligência e criatividade, é negociável”.
Na verdade, do ângulo em que me encontro, de mera observadora e conhecedora apenas na perspectiva de utilizador, dentro do que seja uma “geometria normal” e “medidas padrão”, parece-me que o mais importante numa picha é mesmo o cérebro. Pois! Uma picha modelo aprende a falar vários idiomas e a conhecer e a apreciar o som da flauta do encantador que melhor a tira da cesta e ainda é capaz de pensar com mais de três artérias a funcionar, e compreender perfeitamente as leis elementares do mercado de trocas de prazer: saber dar e saber receber. Nesta perspectiva, tem havido quanto a mim um erro nos instrumentos de medida utilizados para aferir a geometria mais favorável de uma picha. Réguas e fitas métricas com medidas de comprimento e perímetro em centímetros é mais coisa para elevar egos de rapazes do que para fazer gozar meninas… a minha sugestão, dada a complexidade do problema, é que se passe a utilizar um SIMP (Sistema Internacional de Medidas de Picha) incluindo graus (para ângulos de preferência de noventa para cima) e quilómetros por hora.
Aqui há tempos a propósito do post “As 10 melhores pilas do mundo”, da autoria de um ilustre Tubarão, e de uma alusão ao “tamanho de senhora”, escrevi um comentário no “a funda São” que acho que vale a pena retomar:
"Tamanho de senhora"?? Há tempos quis comprar um berbequim, aconselhei-me supostamente com um especialista, e o gajo vendeu-me um de senhora. Não gostei nada da brincadeira!! (Custou 100€. Vendo por 50€ em estado novo!) Já com a pá de trolha sucedeu o contrário... só havia modelos masculinos... comprei... saíram-me as contas furadas... e lá tive que ir em busca duma segunda via "tamanho de senhora".
Bom. A pila... se não funciona não tem graça. O tamanho não é tudo, nem de longe nem de perto (pronto! talvez de longe...), mas tudo o que é demais, é moléstia, tanto para cima como para baixo. Depois, há a forma, cheiro, sabor... e, claro, a "coisa" com pernas e olhos a que vem atarraxada também tem a sua importância... não fosse isso mais valeria ir escolhê-la a gosto a uma loja. Coisa, aliás, que, numa perspectiva prática, qualquer senhor poderá fazer se não estiver satisfeito com a ferramenta que possui. O problema está na troca de prazer. De onde, concluindo, a pila que merece a taça seja, a meu ver, a que tem maior potencial de troca. O restante, haja inteligência e criatividade, é negociável”.
Na verdade, do ângulo em que me encontro, de mera observadora e conhecedora apenas na perspectiva de utilizador, dentro do que seja uma “geometria normal” e “medidas padrão”, parece-me que o mais importante numa picha é mesmo o cérebro. Pois! Uma picha modelo aprende a falar vários idiomas e a conhecer e a apreciar o som da flauta do encantador que melhor a tira da cesta e ainda é capaz de pensar com mais de três artérias a funcionar, e compreender perfeitamente as leis elementares do mercado de trocas de prazer: saber dar e saber receber. Nesta perspectiva, tem havido quanto a mim um erro nos instrumentos de medida utilizados para aferir a geometria mais favorável de uma picha. Réguas e fitas métricas com medidas de comprimento e perímetro em centímetros é mais coisa para elevar egos de rapazes do que para fazer gozar meninas… a minha sugestão, dada a complexidade do problema, é que se passe a utilizar um SIMP (Sistema Internacional de Medidas de Picha) incluindo graus (para ângulos de preferência de noventa para cima) e quilómetros por hora.
[blog Libélula Purpurina]
Enganos
Confundir o amor com a necessidade de amar é como afogares-te na sede quando estás em frente ao mar: se caíres na tentação do desejo de beber, mais depressa vais secar, mais depressa poderás morrer ou seco viver uma vida inteira; o sal entra nos olhos e o que te queima e arde é apenas a cegueira.
Rasga-me
Rasga-me os sentidos
quando o nosso grito
ecoa uníssono
e as paredes vibram
no oportuno desenlance;
O punhal escondido
diz bem da tua condição
e, então:
rasga-me só mais uma vez.
Poesia de Paula Raposo
Cerveja «L'Alsacienne sans culottes»
A Daisy e o Alfredo Moreirinhas já me tinham oferecido esta base para copos. Agora ofereceram-me a garrafa. E depois a malta admira-se que eu ande sempre toda molhadinha...
Não sei porquê, adoro esta Alsaciana...
Não sei porquê, adoro esta Alsaciana...
31 janeiro 2011
Poliamorismos machões
É mais descarado o poliamoroso que traz outra mulher para casa para que as duas se possam revezar na satisfação dos seus desejos ou o que traz outro homem para casa no sentido de repartirem as tarefas mais pesadas, nomeadamente aturá-la?
Não a Mim, Domine
Não, é apenas uma ligeira melancolia nostálgica dos momentos em que os sentidos se trocaram. Acções jazidas. Não a mim Domine, não a mim, mas em Teu nome pela felicidade de alguém a quem me resumi. Em quem me resumi. Em palavras, em silêncio.
Cavalgo em estreito caminho de espinhos em permanente desvio, olhando para trás e vendo a Luz à frente. Salto as barreiras que me colocas aguentando o corcel erguido e agora a caminhar, aproximando-me do clarão cada vez mais apagado.
O rodopio em torno de mim traça sulcos na terra que piso. Perfeitas trincheiras solitárias de complexo acesso que sequer a visão chega.
Túneis de sentido único que outrora imperfeitos, deixam entrar brisas frescas augurando luzes de alegria do lado de lá.
Cavalgo em estreito caminho de espinhos em permanente desvio, olhando para trás e vendo a Luz à frente. Salto as barreiras que me colocas aguentando o corcel erguido e agora a caminhar, aproximando-me do clarão cada vez mais apagado.
O rodopio em torno de mim traça sulcos na terra que piso. Perfeitas trincheiras solitárias de complexo acesso que sequer a visão chega.
Túneis de sentido único que outrora imperfeitos, deixam entrar brisas frescas augurando luzes de alegria do lado de lá.
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