13 abril 2011

Têm é fome de conversa

Nem que seja por uma questão de coerência gosto de tratar todos os assuntos com elevação.
Aqui há dias calhou ouvir, acho que num programa de televisão, várias pessoas a debaterem o problema de uma tal de homossexualidade que eu nem sabia de quem se tratava mas qualquer coisa na palavra prendeu a minha atenção.
Acabei por perceber que se referiam a coisos agarrados a pirocas que não gostavam só da sua. E parece que entre as pessoas o tema é muito controverso e gera imenso paleio embora não levante mais do que pó verbal.
Foi então que me lembrei que já tinha calhado em conversa com outra piroca esse assunto, o coiso agarrado a ela tinha esse gosto por outros coisos e pronto.
Para uma piroca a polémica não faz muito sentido pois não só não sabemos distinguir bem onde nos metem(os), na maioria das vezes nem temos tempo para ver nada, como no fim, pelo que me disseram, o resultado é o mesmo.
Bom, eu confesso que gosto das preferências do coiso agarrado a mim. Seria hipócrita se afirmasse o contrário e até o admiti à tal companheira de luta que trocou comigo uma impressões assim de corrida (que o assunto a nós diz pouco). Contudo, pasmo com a gritaria entre as pessoas por causa desse detalhe que, julgava eu, era igualmente irrelevante para toda a gente menos para o próprio e quando muito poderia haver uma piroca mais rebelde e que se recusasse a funcionar na presença de uma homóloga ou assim.
Honestamente não sei como reagiria, mas a menos que me transplantem não estou a ver que algum dia me veja perante essa situação e por isso deverei morrer na ignorância.

Acho é que, a avaliar pelo sururu a propósito da tal de homossexualidade (continuo até hoje sem saber quem seja) que tem a ver com os coisos que gostam de coisos (também disseram que as coisas podem gostar de outras coisas mas nisso recuso-me a acreditar e só pode ser porque não deram às suas passarinhas uma oportunidade de terem uma conversa franca comigo), em matéria de ignorância estamos equilibrados e ninguém me tira da cabeça que aqueles coisos mais valia pensarem com as das suas pirocas.
Não fariam pior figura...

Ser homossexual é apenas uma fase...

Disponibilizo serviço de «bra fitting» gratuito

Poucas mulheres sabem escolher os soutiens mais adequados.
Já tinha explicado aqui os conceitos de tamanho e copa.
Pois hoje vou continuar a fazer serviço púbico, indicando-vos uma empresa com um nome muito bem conseguido - «Dama de Copas» - que presta um serviço de «bra fitting». Têm salões em Lisboa e no Porto e, na sua página internet, apresentam vários artigos sobre o soutien perfeito, mulheres e soutiens, mitos e factos, etc.
Como anuncio no título, se não vos der jeito passar pela «Dama de Copas», ofereço-me (à borla, caso contrário não seria oferecer-me) para fazer este serviço púbico a qualquer mulher que disso necessite. Não sou egoísta e nisto temos que ser umas para as outras...

Galhos





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12 abril 2011

Vai um chatzinho?

Ele: não estou interessado em relacionamentos

Ela: e em sexo? Estás interessado?

Ele: em sexo estou muito interessado

Ela: óptimo

Ele: mas o sexo para mim envolve afectos… e não quero magoar ninguém

Ela: :(

(Gajos!!!)

Encontra-te comigo lá

Encontra-te comigo lá, as cadeiras não balançam e o café está quente e doce; podemos falar de tudo sem que as nossas amantes mais ternas, as constantes metáforas nos sirvam o fim do texto ao ponto onde não podem entrar.
Guardas o meu segredo? Vou-te mostrar o eu, um eu que ninguém sabe que é meu. É um eu que faço nascer agora, um que existe faz muito tempo dentro de mim, que me engravida o ser e sempre respirou camuflado; dei-lhe agora pernas - um dia dar-lhe-ei asas, quem sabe; dei-lhe agora o seu primeiro e pequeno passo, nem eu sei quem esse eu vai ser, eu não o libertei para ser um alguém, libertei-o apenas. O meu segredo maior cobre o meu maior segredo. Quem me espreita de um lado, raramente, muito raramente, pode espreitar do outro; levantei a cauda enorme deste gato pintado no véu e é ali, na junção dos dois lados, que me encontro toda. Encontra-te comigo lá, tu sabes bem onde, onde as cadeiras não balançam e o café está quente e doce.

Sei

Sei que existes,
Oiço a tua voz,
Vejo os teus olhos
Cheios de doçura,
Que brilham por aí,
E me procuram.

Leio as tuas palavras
E imagino-te
Esculpindo a pedra,
Criando figuras mágicas,
Soltas no teu passado.

Sei que existes
E sabes de mim,
Da distância
Que nos afasta,
E do amor que sentimos.

Neste medo que nos percorre,
Não nos queremos magoar,
Por saber que existes,
Envolvo-me em ternura,
Na poesia que te dou.
A respirar os sentidos,
Nos versos que te escrevo.


Poesia de Paula Raposo

Placa de ferro* com malta a divertir-se

Esta placa de ferro do século XIX tem 18 x 8 cm e 1 cm de espessura.
Vista por trás, parece uma tablete de chocolate, só que bem mais pesada.
A partir de agora, faz parte da minha colecção.



* o tipo que me vendeu isto descreveu a placa como sendo em bronze. Mas o Rui, sempre atento, comentou: "Isso é um bronze da Idade do Ferro, não?"