Esborrachou o rosto contra as mamas generosas com o entusiasmo de um gaiato que se atira à última fatia de um bolo divinal. Durante uns segundos ficou ali, passeando a pele na fina seda que o acolheu, e depois a boca desceu até onde ela o conduzia com a leve pressão das mãos nos cabelos despenteados por dedos agitados num compreensível frenesim.
Guloso, não escondeu o apetite que trazia enquanto beijava e lambia, deliciado com o som do prazer que ela fazia ecoar pelas paredes que os ouviam em confissão. Ele confessava um tesão incontrolável e ela gemia satisfação pelo homem que a servia e ao mesmo tempo parecia sorver aquele corpo à sua disposição, rendido num orgasmo inaugural que ela gritou porque não conseguiu evitar, e ele não parava de estimular-lhe a vontade de ter mais.
Já o sentia, tão quente, a passear pelas redondezas do espaço que iria ocupar pouco depois com aquele bilhete de identidade da sua inequívoca masculinidade que exigia de uma boca que ela não lhe negou e foi por ali que ele entrou como em casa sua, proprietário no seu estatuto temporário de titular daquele espaço de arrumação que lhe aumentou ainda mais o tesão que ela queria sentir por toda a casa que se aceitou personificar, toda ela anfitriã para receber o visitante inesperado que sem se fazer anunciado a tomou por detrás depois de ele lhe fincar os dedos nas nádegas que roçou até ao ponto que escolheu e sabia pronto para o albergar a seguir.