Alexandre Affonso - nadaver.com
14 dezembro 2011
13 dezembro 2011
Eva portuguesa - «Homens»
"Informo-vos de que não sou infeliz!
Para muitos poderá ser uma contradição: aparentemente entrego-me a homens que nada significam para mim, numa mera transacção económica; alguns que me tratam como um mero objecto e que não me valorizam como pessoa...
Mas, felizmente,a maior parte das vezes não é assim!
Tenho tido o privilégio de conhecer seres humanos extraordinários, alguns com histórias tristes, outros alegres... homens normais, que procuram prazer sem problemas, companhia descomplicada, sexo sem compromisso... e poucos são aqueles que me têm feito sentir como uma mulher-objecto. Alguns chegam a ser realmente meus amigos.
Noto, sobretudo, uma imensa solidão: casados ou solteiros, divorciados ou viúvos... ou porque não tiveram tempo de consolidar uma relação ou porque a perderam ou porque não se acham capazes ou merecedores; porque não sabem como fazê-lo, onde procurar, quem procurar...
Alguns são assumidamente viciados em adrenalina, em sexo; outros têm curiosidade; alguns querem «pisar o risco»; uns querem variedade; outros procuram apenas uma companhia feminina...
Há aqueles que procuram colmatar uma falha nos seus relacionamentos; há os que procuram um relacionamento; e depois há aquele grupo... das taras, dos fetiches; que não conseguem admitir a ninguém, nem a si próprios, que não imaginam concretizar com uma mulher «decente»... Taras por vezes tão sujas e tão anti-natura que jamais se atreveriam a assumir e concretizar que não com uma prostituta...
Mas esses... desses... falaremos noutra altura...
Homens... na sua maioria excelentes, carentes, generosos, honestos, educados, carinhosos, desejosos não só de receber mas também de dar... estes homens que me procuram e conquistam... os homens da minha cama..."
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Para muitos poderá ser uma contradição: aparentemente entrego-me a homens que nada significam para mim, numa mera transacção económica; alguns que me tratam como um mero objecto e que não me valorizam como pessoa...
Mas, felizmente,a maior parte das vezes não é assim!
Tenho tido o privilégio de conhecer seres humanos extraordinários, alguns com histórias tristes, outros alegres... homens normais, que procuram prazer sem problemas, companhia descomplicada, sexo sem compromisso... e poucos são aqueles que me têm feito sentir como uma mulher-objecto. Alguns chegam a ser realmente meus amigos.
Noto, sobretudo, uma imensa solidão: casados ou solteiros, divorciados ou viúvos... ou porque não tiveram tempo de consolidar uma relação ou porque a perderam ou porque não se acham capazes ou merecedores; porque não sabem como fazê-lo, onde procurar, quem procurar...
Alguns são assumidamente viciados em adrenalina, em sexo; outros têm curiosidade; alguns querem «pisar o risco»; uns querem variedade; outros procuram apenas uma companhia feminina...
Há aqueles que procuram colmatar uma falha nos seus relacionamentos; há os que procuram um relacionamento; e depois há aquele grupo... das taras, dos fetiches; que não conseguem admitir a ninguém, nem a si próprios, que não imaginam concretizar com uma mulher «decente»... Taras por vezes tão sujas e tão anti-natura que jamais se atreveriam a assumir e concretizar que não com uma prostituta...
Mas esses... desses... falaremos noutra altura...
Homens... na sua maioria excelentes, carentes, generosos, honestos, educados, carinhosos, desejosos não só de receber mas também de dar... estes homens que me procuram e conquistam... os homens da minha cama..."
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Frases do Ricardo Esteves - pode ser que pegue
O Ricardo Esteves está no Facebook, no YouTube, no blog Quotidiano Hoje e no Tumblr
12 dezembro 2011
respostas a perguntas inexistentes - «dar uma foda»
"«Dei uma foda» é a pior maneira de dizer que se fodeu com alguém, mas há quem o faça. O verbo «dar» é um verbo merdoso para usar no Amor e no Sexo que, digam o que disserem, têm muito em comum e ainda bem. Não é que foder e Amar seja a mesma coisa, porque não é, mas que uma coisa implica a outra lá isso implica. Pelo menos enquanto houver força na verga.
O problema disto é que o verbo «dar» é um verbo padreca, ou seja, é um verbo próprio da desigualdade e, portanto, da misericórdia. Alguém dar uma coisa a outro quer dizer que alguém tinha a mais do que o outro. No Amor isso é mentira. Pelo menos no Amor a sério, aquele em que o Sexo tem um fade out de quinhentos beijos enquanto o tesão amolece com o entardecer. No bom Sexo fode-se mas nunca se dá uma foda.
Depois sobra o défice de quem dá. Quem dá uma esmola na rua a um pobre raramente percebe que do outro lado está uma pessoa, ou seja, uma vivência. É por isso que considera o verbo «dar» adequado à situação. É esse o défice do benfeitor e o riso de quem recebe. Mas «dar» é o verbo mais estúpido do mundo, porque também é o mais hipócrita e mentiroso. Ninguém dá nada a ninguém. Na melhor das hipóteses redistribui, e portanto repõe alguma justiça no mundo mundo, ainda que pouca. É assim na Economia, em que há ricos e pobres. Não é assim no Amor, em que só há ricos.
Na Economia, de facto, dá-se uma foda. No Amor fode-se."
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
_______________________
Kikas: "Eu sou uma purista da língua e,como tal, gosto de foder em bom português.
Em matéria de sexo, devemos deixar o singular fora da jogada. Não é que o "eu" e o "tu" tenham pouca relevância mas devemos utilizar preferencialmente a 1ª pessoa do plural.
Ou seja, perguntas do tipo "queres-me foder" ou "queres que te foda" têm implicações demasiado individualistas e anti natura. Parece que um fode e o outro assiste ... embora o voyeurismo activo ou passivo seja muito interessante, deve ser praticado na vertente ficcionada, seja a ler o Trópico de não sei quê ou a ver a Garganta da não sei quantas.
"Bora lá foder" é a frase imperativa que interessa praticar no novo léxico ou no novo acordo ortográfico ou no mais velho
E se o léxico for praticado com o amor à lingua mater, melhor é a foda "
O problema disto é que o verbo «dar» é um verbo padreca, ou seja, é um verbo próprio da desigualdade e, portanto, da misericórdia. Alguém dar uma coisa a outro quer dizer que alguém tinha a mais do que o outro. No Amor isso é mentira. Pelo menos no Amor a sério, aquele em que o Sexo tem um fade out de quinhentos beijos enquanto o tesão amolece com o entardecer. No bom Sexo fode-se mas nunca se dá uma foda.
Depois sobra o défice de quem dá. Quem dá uma esmola na rua a um pobre raramente percebe que do outro lado está uma pessoa, ou seja, uma vivência. É por isso que considera o verbo «dar» adequado à situação. É esse o défice do benfeitor e o riso de quem recebe. Mas «dar» é o verbo mais estúpido do mundo, porque também é o mais hipócrita e mentiroso. Ninguém dá nada a ninguém. Na melhor das hipóteses redistribui, e portanto repõe alguma justiça no mundo mundo, ainda que pouca. É assim na Economia, em que há ricos e pobres. Não é assim no Amor, em que só há ricos.
Na Economia, de facto, dá-se uma foda. No Amor fode-se."
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
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Kikas: "Eu sou uma purista da língua e,como tal, gosto de foder em bom português.
Em matéria de sexo, devemos deixar o singular fora da jogada. Não é que o "eu" e o "tu" tenham pouca relevância mas devemos utilizar preferencialmente a 1ª pessoa do plural.
Ou seja, perguntas do tipo "queres-me foder" ou "queres que te foda" têm implicações demasiado individualistas e anti natura. Parece que um fode e o outro assiste ... embora o voyeurismo activo ou passivo seja muito interessante, deve ser praticado na vertente ficcionada, seja a ler o Trópico de não sei quê ou a ver a Garganta da não sei quantas.
"Bora lá foder" é a frase imperativa que interessa praticar no novo léxico ou no novo acordo ortográfico ou no mais velho
E se o léxico for praticado com o amor à lingua mater, melhor é a foda "
Frases do Ricardo Esteves - o novo leiteiro
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11 dezembro 2011
«A surpresa» - por Rui Felício
Faz agora um mês…
Depois de 3 semanas fora do País, regressou a casa. Saiu do aeroporto de Lisboa, chamou um táxi que o levou até ao carro que deixara perto do Campo Grande antes de ter viajado.
Já a caminho de casa, enquanto guiava pela auto estrada, ansiava pelo momento da chegada. Imaginava a lareira já acesa, o jantar pronto, o abraço saudoso da Gabriela que devia estar impaciente para o beijar, para o encher de carícias, para recuperar da tristeza deste tempo de separação. De manhã, antes de tomar o avião para Lisboa, tinha-a avisado da hora de chegada, dizendo-lhe que não valia a pena ela ir esperá-lo ao aeroporto.
Ligou-lhe logo que o avião se imobilizou na pista e repetiu a chamada mais algumas vezes durante o percurso.
Estranhamente a Gabriela não atendia! Certamente queria fazer-lhe uma surpresa. Claro, só podia ser isso, pensou para consigo, com um meio sorriso compreensivo.
Só não conseguia adivinhar que surpresa seria. Mas, fosse ela qual fosse, essa era a prova de que, finalmente, tinha encontrado a mulher da sua vida.
Ela sabia estar atenta a estes pormenores…
Tinham-se conhecido casualmente num restaurante há pouco mais de três meses e a empatia surgira forte, indisfarçável, num simples lampejo de olhares. Viveram dias de rara felicidade, o amor tão glosado nos romances estava ali, constante, nos mais insignificantes actos, indestrutível, eterno!
Envolto na revisitação mental desses momentos, quase nem se apercebeu da chegada. Quando deu por si, estava à porta de casa.
Ansioso por abraçar a Gabriela, deixou a bagagem no carro, saiu apressado, meteu a chave à porta e preparou-se para a surpresa.
Tacteou o interruptor, pressionou-o e a luz jorrou. Semicerrou os olhos, adaptando-os à claridade. O hall de entrada estava completamente despido de móveis. Deu uns passos, intrigado. A sala estava vazia também. Nem sofás, nem quadros, nem candeeiros de pé, nem televisão, nem a pequena mesa, nem o computador habitualmente em cima dela, a lareira apagada…
Estugou o passo. Quase a correr, foi abrindo portas. Todas as restantes divisões estavam completamente vazias, despojadas de móveis, de livros, de objectos decorativos.
Na cozinha não havia frigorífico, nem fogão, nem máquina de lavar louça, nem microondas. Das gavetas e armários tinham sido retirados os talheres, os panos, os pequenos utensílios eléctricos, os pratos,os copos, as travessas, as panelas e os tachos.
Nos roupeiros não havia um único fato. Até as gravatas com as quais ele tinha uma relação quase imaterial, tinham desaparecido todas. E eram umas largas dezenas, todas elas ligadas a episódios, a memórias. Perdidas!
A excepção, encontrou-a no seu quarto. Ali, a cama tinha ficado. Só com o colchão, sem roupa, sem lençóis, sem edredon. Mas pelo menos não dormiria no chão.
Agora, prostrado, tem passado os dias a pensar na falta que lhe faz o computador.
Escrever era o seu vício. Sem ele, não conseguiria dar largas à sua imaginação, à sua vontade de escrever pequenas histórias para mandar para o blog onde costumavam ser publicadas…
Ainda tentou escrever com a caneta de tinta permanente que trazia sempre consigo e que, por isso, tinha escapado.
Mas até o tinteiro lhe levaram!
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Tão bem que se está deitado...
... ou «vistas de mar e de serra».
Estatueta em pedra, da Índia, esculpida à mão.
11,5x3,2x7,5 cm
A partir de agora, na minha colecção.
Estatueta em pedra, da Índia, esculpida à mão.
11,5x3,2x7,5 cm
A partir de agora, na minha colecção.
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