HenriCartoon
25 janeiro 2012
24 janeiro 2012
Eva portuguesa - «A Eva começa a trabalhar»
Diz o ditado que quem não sabe é como quem não vê e é bem verdade!
Tendo decidido enveredar pelo caminho da "putaria" e criado a Eva, não sabia qual seria o passo seguinte... É verdade, com 30 anos e sem saber como fazer, onde anunciar, quanto cobrar, etc.
Respondi, então, a um anúncio num jornal que pedia meninas cultas, educadas e desinibidas para apartamento de alto nível. Ainda acrescentavam: ganhos elevados!
Combinada a hora e o local, encontrei-me com aquela que viria a ser a minha "patroa": uma miúda bem mais nova do que eu.
Após a conversa da praxe, pergunta-me se sou completa. Eu, na minha ignorância desta terminologia, pergunto:
- O que é isso?
- Se fazes anal.
- Ah!...
Entro ao serviço no dia a seguir.
O apartamento, de luxo, não tinha nada.
Trabalhavam lá mais duas brasileiras e uma telefonista.
O anúncio era o mesmo e ia à porta uma de cada vez.
O convívio era completo, de 1 hora e o cliente pagava 50€, dos quais metade era para "a casa".
Conclusão: oral, anal e vaginal durante uma hora revertiam em 25€ para mim...
Clientes de luxo, nunca os vi...
O lençol era o mesmo para todas as meninas e para todos os homens, durante pelo menos 2 dias.
As toalhas, depois de utilizadas, eram postas a secar e dadas a outro cliente como estando lavadas. Cada toalha devia "rolar" uns 6 homens antes de tornar a ser lavada.
Afinal, a patroa queixava-se que gastávamos muito dinheiro em água e gás, e que também não havia necessidade de tomarmos banho cada vez que atendíamos....
Enfim...o começo da Eva revelou-se pobre (ganhava menos do que no meu trabalho "normal"), nojento, sujo e sujeito à exploração, ordens e humores de uma proxeneta...
A minha sorte foi uma das brasileiras que lá estava e que, não sei se por receio da concorrência ou por bondade pura, me falou na história de trabalhar sozinha, como devia fazer, etc.
A ela o meu obrigada e da Eva.
O início da Eva foi nesta casa "manhosa" e com um cliente horrível: um velho com mais de 80 anos, sem dentes e que obviamente a única coisa que queria (e conseguia) fazer era beijar e lamber (boca e pipi)... Ainda hoje tremo de nojo ao pensar nisso! Mas foi o primeiro e, na altura, eu ainda tinha a mentalidade do trabalhador burguês por conta de outrem: tinha que deixar o cliente satisfeito ou a patroa podia despedir-me...
Se eu soubesse o que sei hoje!...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Tendo decidido enveredar pelo caminho da "putaria" e criado a Eva, não sabia qual seria o passo seguinte... É verdade, com 30 anos e sem saber como fazer, onde anunciar, quanto cobrar, etc.
Respondi, então, a um anúncio num jornal que pedia meninas cultas, educadas e desinibidas para apartamento de alto nível. Ainda acrescentavam: ganhos elevados!
Combinada a hora e o local, encontrei-me com aquela que viria a ser a minha "patroa": uma miúda bem mais nova do que eu.
Após a conversa da praxe, pergunta-me se sou completa. Eu, na minha ignorância desta terminologia, pergunto:
- O que é isso?
- Se fazes anal.
- Ah!...
Entro ao serviço no dia a seguir.
O apartamento, de luxo, não tinha nada.
Trabalhavam lá mais duas brasileiras e uma telefonista.
O anúncio era o mesmo e ia à porta uma de cada vez.
O convívio era completo, de 1 hora e o cliente pagava 50€, dos quais metade era para "a casa".
Conclusão: oral, anal e vaginal durante uma hora revertiam em 25€ para mim...
Clientes de luxo, nunca os vi...
O lençol era o mesmo para todas as meninas e para todos os homens, durante pelo menos 2 dias.
As toalhas, depois de utilizadas, eram postas a secar e dadas a outro cliente como estando lavadas. Cada toalha devia "rolar" uns 6 homens antes de tornar a ser lavada.
Afinal, a patroa queixava-se que gastávamos muito dinheiro em água e gás, e que também não havia necessidade de tomarmos banho cada vez que atendíamos....
Enfim...o começo da Eva revelou-se pobre (ganhava menos do que no meu trabalho "normal"), nojento, sujo e sujeito à exploração, ordens e humores de uma proxeneta...
A minha sorte foi uma das brasileiras que lá estava e que, não sei se por receio da concorrência ou por bondade pura, me falou na história de trabalhar sozinha, como devia fazer, etc.
A ela o meu obrigada e da Eva.
O início da Eva foi nesta casa "manhosa" e com um cliente horrível: um velho com mais de 80 anos, sem dentes e que obviamente a única coisa que queria (e conseguia) fazer era beijar e lamber (boca e pipi)... Ainda hoje tremo de nojo ao pensar nisso! Mas foi o primeiro e, na altura, eu ainda tinha a mentalidade do trabalhador burguês por conta de outrem: tinha que deixar o cliente satisfeito ou a patroa podia despedir-me...
Se eu soubesse o que sei hoje!...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Dá-lhe um bigode
Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)
O Ricardo, cartoonista de São Paulo (Brasil), é o novo elemento da fundiSão e vai passar a fazer-nos companhia aos domingos. Que bem te venhas, Ricardo
23 janeiro 2012
«lamechices» - bagaço amarelo
Ela pergunta-me porque é que os homens nunca falam de Amor, mas não é sobre os homens que ela quer saber seja o que for. É sobre mim. Quer saber porque é que eu nunca lhe digo que gosto dela, que a Amo ou pelo menos que eu defina verbalmente a importância dela para mim. Não sou capaz de o fazer e, pior do que isso, nem sequer sou capaz de lhe dizer que sou incapaz de o fazer. Sou homem, é isso, e portanto espero que ela adivinhe tudo o que eu sinto por ela. Não sei como, mas tenho esperança que o consiga fazer. Afinal de contas é mulher.
Ser homem é difícil porque um homem tem que parecer o mais forte a vida toda, e todos sabem que parecer uma coisa é bem mais difícil do que sê-lo. Ainda noutro dia fomos passear na praia que o Inverno limpou de gente. Ela descalçou-se e abraçou-me. Eu descalcei-me e deixei-me abraçar. Caminhámos durante largos minutos com os pés enterrados no seu silêncio, e eu sabia que ela estava à espera que eu lhe dissesse qualquer coisa. Um "Amo-te tanto!", por exemplo. Mas eu não consegui. Nunca consigo. Cheguei a elaborar uma frase qualquer com as palavras "gosto" e "sorte", mas os meus dentes bloquearam-na quando ela estava prestes a sair da boca. Demos meia volta e regressámos mais distantes, com as mãos enfiadas nos bolsos, eu com a sensação que estava a esconder o que sentia num deles.
Foi a semana passada que me contou a história dum filme qualquer que viu na televisão, numa noite dessas em que eu fico horas seguidas sentado em frente ao computador sem concluir nada do que começo a fazer. Era sobre um homem incapaz de falar de Amor e que acabava um alcoólico solitário por causa disso. Eu percebi onde ela queria chegar mas respondi-lhe que o argumento me parecia "mais uma lamechice qualquer". Vi-a sorrir com a minha resposta mas com um sorriso triste, como se engolisse duma só vez a réstia duma esperança qualquer. E eu, que pareci mais uma vez o mais forte, na realidade senti-me mais fraco.
Agora estamos aqui num café dos subúrbios da cidade, onde algumas dezenas de pessoas preenchem boletins do totoloto como se isso lhes pudesse salvar a vida, e ela pergunta-me porque é que os homens nunca falam de Amor. Eu sei que responder pode salvar a minha vida, mas as ideias enrolam-se no meu cérebro como um áspero novelo de lã. Os olhos dela pousaram no meus como o pé dum vencedor que pisa o corpo imóvel do morto, e o meus parecem insectos à procura dum local para descansar. "Eu Amo-te", digo-lhe baixinho. Depois concluo que não faço a mínima ideia porque é que os homens não falam de Amor. Ela levanta-se e dá-me um beijo na testa antes de sair a correr para o trabalho. Pareço mais fraco mas sinto-me mais forte.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Ser homem é difícil porque um homem tem que parecer o mais forte a vida toda, e todos sabem que parecer uma coisa é bem mais difícil do que sê-lo. Ainda noutro dia fomos passear na praia que o Inverno limpou de gente. Ela descalçou-se e abraçou-me. Eu descalcei-me e deixei-me abraçar. Caminhámos durante largos minutos com os pés enterrados no seu silêncio, e eu sabia que ela estava à espera que eu lhe dissesse qualquer coisa. Um "Amo-te tanto!", por exemplo. Mas eu não consegui. Nunca consigo. Cheguei a elaborar uma frase qualquer com as palavras "gosto" e "sorte", mas os meus dentes bloquearam-na quando ela estava prestes a sair da boca. Demos meia volta e regressámos mais distantes, com as mãos enfiadas nos bolsos, eu com a sensação que estava a esconder o que sentia num deles.
Foi a semana passada que me contou a história dum filme qualquer que viu na televisão, numa noite dessas em que eu fico horas seguidas sentado em frente ao computador sem concluir nada do que começo a fazer. Era sobre um homem incapaz de falar de Amor e que acabava um alcoólico solitário por causa disso. Eu percebi onde ela queria chegar mas respondi-lhe que o argumento me parecia "mais uma lamechice qualquer". Vi-a sorrir com a minha resposta mas com um sorriso triste, como se engolisse duma só vez a réstia duma esperança qualquer. E eu, que pareci mais uma vez o mais forte, na realidade senti-me mais fraco.
Agora estamos aqui num café dos subúrbios da cidade, onde algumas dezenas de pessoas preenchem boletins do totoloto como se isso lhes pudesse salvar a vida, e ela pergunta-me porque é que os homens nunca falam de Amor. Eu sei que responder pode salvar a minha vida, mas as ideias enrolam-se no meu cérebro como um áspero novelo de lã. Os olhos dela pousaram no meus como o pé dum vencedor que pisa o corpo imóvel do morto, e o meus parecem insectos à procura dum local para descansar. "Eu Amo-te", digo-lhe baixinho. Depois concluo que não faço a mínima ideia porque é que os homens não falam de Amor. Ela levanta-se e dá-me um beijo na testa antes de sair a correr para o trabalho. Pareço mais fraco mas sinto-me mais forte.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
«a funda São» entre a "Educação" e "Escolares e Jornais de Escolas"
A malta do blog Aventar decidiu nomear este blog para o concurso Blogs do ano 2011.
Não acho nada eróticas, quaisquer competições. Mas achei piada, na primeira fase do concurso, terem posto a categoria «Eróticos» a seguir a «Escolares e Jornais de Escolas». Deixei lá este comentário, nessa altura:
"Em nome da fundiSão (a equipa do blog erótico «a funda São»), parabéns pela iniciativa.
Achei curioso e engraçado que a categoria “Escolares e Jornais de Escolas” apareça, desde o início, fora da ordem alfabética (em que ficaria depois de “Eróticos”). Entendi que não quisessem pôr o erotismo entre a educação e as escolas… ihihihihih"
Pois a malta do Aventar respondeu...
"Freud teria uma palavra a dizer sobre este deslize, São, mas juro que foi sem querer…"
... e corrigiu isso nesta 2ª fase. Lá estão, então, os blogs "Eróticos" no sítio devido: entre os blogs de "Educação" e os "Escolares e Jornais de Escolas". Boa Educação!
22 janeiro 2012
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