Ela - Achas bem que uma mulher ande com um homem vinte anos mais velho?
Eu - Não acho bem nem acho mal. Não acho nada...
Ela - Caraças! Nem se pensares que quando ele tinha vinte anos ela ainda era um bebé?
Eu - Que raio de conversa, sinceramente.
Ela - Tinha esperança que tivesses uma resposta na ponta da língua...
Eu - E para que é que tu querias que eu tivesse uma resposta na ponta da língua?
Ela - Para quando os meus pais me perguntarem o mesmo.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
02 março 2012
01 março 2012
Hidromassagem
– Sexo.
– Sexo?
– Sim, sexo.
– Sexo, o quê?
– Uma das coisas que agora são melhores.
– Desculpa?!
– Não me perguntaste o que é melhor, agora que estamos separados?
– Perguntei.
– É isso.
– O sexo é melhor?
– É. Não achas?
– Se eu acho que o sexo que tu tens, agora que estamos separados, é melhor?!
– Sim, não achas?
– Tu estás a perguntar-me se eu acho que…
– Sim. Estou. Não achas?
– Sei lá… O que eu acho é que tu devias ter vergonha.
– De quê?
– De me estares a dizer isso e a perguntar se eu não acho.
– Tu é que me perguntaste!
– Sim mas não foi agora.
– Mas eu estou a responder-te agora.
– Porque é que tu nunca respondes às coisas quando eu te pergunto?
– Boa pergunta.
– Típico!
– O quê?
– Não respondeste.
– Nisso não melhorámos.
– Tu não melhoraste! Tu!
– Mas no sexo melhorámos.
– Eu melhorei.
– Melhoraste?
– Sim, agora tenho melhor sexo.
– Temos.
– Tenho.
– Apesar de estarmos separados, se temos os dois: temos.
– Sim mas nem sempre ao mesmo tempo.
– Hã?!
– Ah!
– Ah?!
– Agora é que eu percebi.
– Agora é que percebeste o quê?
– O sexo e o facto de me estares a dizer assim.
– A dizer assim, como?
– A anunciares com esse ar…
– Que ar?
– Como se fosse uma coisa boa.
– E é.
– Sim, agora já percebi isso mas, ao princípio, não estava a perceber.
– Eu é que não estou a perceber.
– Ao princípio pensava que estavas a gozar comigo, por isso é que te disse que achava mal estares a dizer-me e a perguntar se eu não achava.
– Porque é que havia de estar a gozar contigo?... Tem sido realmente melhor, não achas?
– Sim, claro. Tem sido realmente melhor.
– O que é?
– O meu soutien?
– Vais-te já embora?
– Tenho de ir… Ah! Está aqui! Queres as tuas cuecas?
– Importaste que eu fique?
– Aqui?
– Sim.
– Não. Fica. Eu é que tenho de me ir mesmo embora.
– Vou aproveitar a banheira de hidromassagem. Não te importas?
– Não, Paulo. Fica… É uma das coisas boas de estarmos separados.
– O quê?
– Fazermos o que nos apetece.
– Isso é verdade.
– Beijos.
– Falamos amanhã?
– Provavelmente… Boa hidromassagem.
– Obrigado… Olha, Ana!
– Diz?
– Só não percebi uma coisa: nem sempre ao mesmo tempo, o quê?
– Nada, depois falamos. Não adormeças na banheira.
29 fevereiro 2012
«os senhores dos anéis» - bagaço amarelo
Às vezes ponho-me a pensar nas coisas que nós fazemos e que não têm sentido nenhum. Manter um casamento onde já não existe pinga de Amor, por exemplo, é uma delas. O absurdo chega ao ponto de haver quem mantenha o casamento sendo vítima de violência doméstica. E eu, que acho que o Amor tem sempre que estar primeiro do que qualquer relação contratual, não compreendo.
Um casamento é isso mesmo, para o mal e para o bem, um contrato. Como é também, ou devia ser, por exemplo, o programa eleitoral dum partido. No casamento está-se a contratualizar, sobretudo, um Amor. Não se está a abrir portas para que o cônjuge use e abuse da vida do outro. Casamos, assinamos um papel, trocamos anéis, beijamo-nos e a vida continua. Deve continuar, aliás, como era antes, com Amor e cuidado de parte a parte.
Às vezes ponho-me a pensar nas coisas que nós fazemos e que não têm sentido nenhum. É quando percebo, por um momento, porque é que os portugueses (ou a maior parte deles) são uns falhados no Amor. É porque são absurdamente capazes de manter um casamento sem sentido. Sem sentimento também. São os senhores dos anéis e de mais nada. Talvez seja uma questão de comodidade e de aparência. Talvez. Só isso.
Um dos piores casamentos que os portugueses (ou a maior parte deles) mantêm é com políticos estúpidos. Casam repetidamente com eles de quatro em quatro anos assinando um contrato, dizendo que sim no mais importante dos altares, fazendo a festa, trocando anéis. Depois encolhem-se perante a violência de que são vítimas diariamente. Sofrem todos os dias em silêncio e, quando finalmente parece que o martírio está a acabar, lá vem o agressor com as desculpas do costume. Promete que vai mudar, pede mais uma oportunidade, que a vida vai ser melhor, que vai deixar as más companhias. Por fim, que ainda sente Amor. Mas não, não sente.
A Democracia não se pode limitar a um casamento de quatro em quatro anos, depois dessas desculpas esfarrapadas, porque o Amor não se pode confundir com casamento nenhum. É por isso que os portugueses (ou a maior parte deles) falha no Amor e na vida, mas é também por isso que pode, duma vez por todas, acertar o passo em ambos. Divorciem-se, porra! Casem com outr@. Agora que já nos levaram os anéis, só somos senhores de nós mesmos. Levantemo-nos.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Um casamento é isso mesmo, para o mal e para o bem, um contrato. Como é também, ou devia ser, por exemplo, o programa eleitoral dum partido. No casamento está-se a contratualizar, sobretudo, um Amor. Não se está a abrir portas para que o cônjuge use e abuse da vida do outro. Casamos, assinamos um papel, trocamos anéis, beijamo-nos e a vida continua. Deve continuar, aliás, como era antes, com Amor e cuidado de parte a parte.
Às vezes ponho-me a pensar nas coisas que nós fazemos e que não têm sentido nenhum. É quando percebo, por um momento, porque é que os portugueses (ou a maior parte deles) são uns falhados no Amor. É porque são absurdamente capazes de manter um casamento sem sentido. Sem sentimento também. São os senhores dos anéis e de mais nada. Talvez seja uma questão de comodidade e de aparência. Talvez. Só isso.
Um dos piores casamentos que os portugueses (ou a maior parte deles) mantêm é com políticos estúpidos. Casam repetidamente com eles de quatro em quatro anos assinando um contrato, dizendo que sim no mais importante dos altares, fazendo a festa, trocando anéis. Depois encolhem-se perante a violência de que são vítimas diariamente. Sofrem todos os dias em silêncio e, quando finalmente parece que o martírio está a acabar, lá vem o agressor com as desculpas do costume. Promete que vai mudar, pede mais uma oportunidade, que a vida vai ser melhor, que vai deixar as más companhias. Por fim, que ainda sente Amor. Mas não, não sente.
A Democracia não se pode limitar a um casamento de quatro em quatro anos, depois dessas desculpas esfarrapadas, porque o Amor não se pode confundir com casamento nenhum. É por isso que os portugueses (ou a maior parte deles) falha no Amor e na vida, mas é também por isso que pode, duma vez por todas, acertar o passo em ambos. Divorciem-se, porra! Casem com outr@. Agora que já nos levaram os anéis, só somos senhores de nós mesmos. Levantemo-nos.
bagaço amarelo
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Frases do Ricardo Esteves - três pratos
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28 fevereiro 2012
Piroca Colossal - O Regresso
É natural que nesta altura muitos (e muitas, e muitas) de vós já assumam um ligeiro desconforto próprio de quem já sente alguma falta de piroca.
Não serei hipócrita ao ponto de afirmar que entendo esse fenómeno, pois em matéria de piroca só sentiria falta de mim mesmo e isso parece-me tão lógico e razoável como uma rapidinha dada em cima do tapete de pregos de um faquir.
Feito este intróito e deixada no ar uma imagem tão sedutora começo por apresentar as minhas desculpas pelo intervalo de tempo tão prolongado (mas por isso mesmo coerente) desde a última que vos dei.
Como devem calcular, e a menos que permitam que me aproxime imenso da vossa genitália, estou dependente do coiso agarrado a mim para comunicar. Ou seja, só vos posso dar uma (ou mesmo duas) quando ele entende colaborar. Claro que isso é de uma injustiça flagrante, pois quando trocamos de posições neste raciocínio eu assumo de imediato a condição de porta voz(*) dos seus anseios e expectativas e ergo-a (a voz) até que o prepúcio me doa ou o coiso esteja à beira de uma coisinha má, o exagerado.
Contudo, também se escreve direito por pilas tortas e cá estou eu de novo com a carola no ar em busca de novos aspectos interessantes para partilhar convosco, querendo aproveitar o ensejo para vos enfiar pelos olhos uma verdade insofismável: este período de abstinência não permite associações fáceis de ideias tolas em matéria de inactividade da parte da piroca, de todo! Com esta piroca colossal ninguém morre à míngua.
A abstinência foi apenas verbal. E esse departamento é mais da língua...
(*) sim, daí aquela conotação fálica popular ao microfone. Tenho que vos explicar tudo...
Penacova, 24 de Fevereiro de 2012
"Tenho duas possíveis legendas para a foto que vos envio.
«Uma boa poda!» ou «Queres fiado? Toma!»
Abraço"
Jotta Leitão
«Uma boa poda!» ou «Queres fiado? Toma!»
Abraço"
Jotta Leitão
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