É natural que nesta altura muitos (e muitas, e muitas) de vós já assumam um ligeiro desconforto próprio de quem já sente alguma falta de piroca.
Não serei hipócrita ao ponto de afirmar que entendo esse fenómeno, pois em matéria de piroca só sentiria falta de mim mesmo e isso parece-me tão lógico e razoável como uma rapidinha dada em cima do tapete de pregos de um faquir.
Feito este intróito e deixada no ar uma imagem tão sedutora começo por apresentar as minhas desculpas pelo intervalo de tempo tão prolongado (mas por isso mesmo coerente) desde a última que vos dei.
Como devem calcular, e a menos que permitam que me aproxime imenso da vossa genitália, estou dependente do coiso agarrado a mim para comunicar. Ou seja, só vos posso dar uma (ou mesmo duas) quando ele entende colaborar. Claro que isso é de uma injustiça flagrante, pois quando trocamos de posições neste raciocínio eu assumo de imediato a condição de porta voz(*) dos seus anseios e expectativas e ergo-a (a voz) até que o prepúcio me doa ou o coiso esteja à beira de uma coisinha má, o exagerado.
Contudo, também se escreve direito por pilas tortas e cá estou eu de novo com a carola no ar em busca de novos aspectos interessantes para partilhar convosco, querendo aproveitar o ensejo para vos enfiar pelos olhos uma verdade insofismável: este período de abstinência não permite associações fáceis de ideias tolas em matéria de inactividade da parte da piroca, de todo! Com esta piroca colossal ninguém morre à míngua.
A abstinência foi apenas verbal. E esse departamento é mais da língua...
(*) sim, daí aquela conotação fálica popular ao microfone. Tenho que vos explicar tudo...