21 maio 2012

«conversa 1890» - bagaço amarelo

Ela - A minha vida só está a andar para trás. Tenho que ver se consigo dar a volta a isto.
Eu - Isso mesmo, optimismo é essencial.
Ela - Pois é, mas eu sinto que estou quase a perdê-lo.
Eu - Mas ficaste sem emprego?
Ela - Não, emprego ainda tenho...
Eu - Não me digas que te separaste do teu marido.
Ela - Não, nós gostamos muito um do outro.
Eu - Ah! mas o que é que se passa?
Ela - Nenhum dos meus vestidos de Primavera/Verão me serve.
Eu - Estás a gozar comigo...
Ela - Não estou nada, é verdade. Estive a experimentá-los ontem.
Eu - Não é isso. Estás a gozar comigo por achares que isso é a tua vida a andar para trás...
Ela - Não seria se eu tivesse tempo para emagrecer, mas o tempo quente está aí à porta.
Eu - A mim pareces-me muito bem com essa roupa que tens vestida.
Ela - Mas isto são calças de ganga e uma camisola de algodão. Não queres que eu ande assim no Verão, pois não?
Eu - Eu percebo a preocupação. Só não acho que seja um problema assim tão grave.
Ela - Sinto-me menos mulher, percebes?
Eu - Não, para ser sincero não percebo.
Ela - Deixa lá, eu explico-te devagarinho um dia destes.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Fiat - «implantes nas mamas»

Até ao casamento

Nada como uma tarde sozinho com a namorada…




estamos no século 21, né…

Capinaremos.com

20 maio 2012

«Hotel do Coração Partido» - Porta-Curtas

Género: Animação
Director: Raoni Assis
Duração: 5 min Ano: 2006

Sinopse: Ronaldo era especial. Seu coração era evidentemente maior que os corações normais...

Há caracóis!



O calor da esplanada empurrava a cerveja e os caracóis goela abaixo como as minhas pupilas nos seus lábios molhados. Até que os resquícios de espuma nos seus beiços os tornavam mais macios e absorventes e eu não resistia a debicá-los e a trocar restos do molho dos bichinhos na ponta da língua. As suas mãos besuntavam-me os joelhos com a esperança de se alongarem e eu protestava a injustiça de não lhe poder encher as calças de nódoas. Ele fazia notar, de sobrancelhas levantadas e olhos fixos entre as minhas alcinhas que também não corria o risco de ser multado por atentado ao pudor catapultando-me as mamas para fora dos triângulos de pano que trazia suspensos por fios.

Ao cabo de um número de imperiais que não inviabilizava desenvolvimentos posteriores  levantámos-nos da mesa dando passagem gentil e oficialmente ao outro para esconder o intuito mútuo de não falhar um apalpão no traseiro.

Fomos pagar ao interior do tasco  onde uma tela gigante emitia futebol. E vi os olhos dele plasmarem-se naquelas pernas a correrem pelo relvado aos pontapés enraivecidos a uma bola. Puxei-o para fora do balcão e num sussurro pedi que me garantisse que era homossexual ou que não gostava de futebol que da trindade masculina eu só suportava a cerveja.

Sem fim de coceguinhas



Exemplo de vida





Ricardo - Vida e obra de mim mesmo
(crica na imagem para abrir aumentada numa nova janela)

19 maio 2012

Homens, aprendam a fazer um «orgasmo» (um shot!)

«rotundas» - bagaço amarelo

Hoje de manhã, numa das muitas rotundas da cidade de Aveiro, dois homens chatearam-se de tal maneira que cada um saiu do seu automóvel para intensificar a zanga. Um deles tinha feito a rotunda quase toda por fora, obrigando o outro a uma travagem brusca para evitar a colisão. Não colidiram os carros, colidiram depois os condutores. E quando eu passei pelo local, já eles estavam numa espécie de jogo do empurra.
Quando uma discussão passa a conter o elemento físico, é porque já nenhum dos intervenientes quer demonstrar que tem razão. Quer, isso sim, impor a sua maneira de ver as coisas. É esclarecedor que as rotundas dêem tantas dor de cabeça aos portugueses. Por um lado quer dizer que não as sabem fazer, por outro quer dizer que insistem em fazê-las.
Um país que têm problemas com as rotundas é, inevitavelmente, um país com problemas de Amor. A violência doméstica é também isso mesmo. Uma discussão física numa rotunda em que alguém se esqueceu que há uma estrada, ou várias, a percorrer já a seguir. Naquela rotunda, rodando sobre ela mesma para todo o sempre, fica uma vida perdida.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Casal no banho

Mais um dos azulejos da minha colecção.

Um sábado qualquer... - «Crises»





Um sábado qualquer...

18 maio 2012

Se não podes vencê-los...



Desenho de Erika Moen visto em É bom p'ra quem gosta.

A posta dos 18 aos 80


Enquanto estudioso amador do fenómeno da pornografia, um ramo do conhecimento que abracei na puberdade com a análise exaustiva de cada edição das revistas Gina e Weekend Sex, tenho tentado perceber as várias lógicas da coisa no sentido de concluir se existem de facto algumas.
Sem querer entrar em domínios que não pertencem à minha área específica, nomeadamente as explicações psicológicas para a insistência no mesmo happy end para quase todos os guiões, gostaria de partilhar convosco o resultado de uma observação atenta, empenhada e rigorosa que incidiu na questão linguística (o inglês é a língua oficial desta actividade, apesar dos esforços castelhanos para impor o seu vernáculo con todo el cariño) com particular destaque para a sua aplicação na segmentação etária das profissionais do ramo.
E não, quando refiro a questão linguística não estou a fazer alusão ao que possa ter acorrido às mentes mais rápidas no gatilho...

Existe de facto uma relação entre alguns termos correntes da indústria porno e a faixa etária das protagonistas, como a seguir tentarei comprovar.
Na verdade, conseguimos identificar com clareza quatro escalões etários para outros tantos segmentos de mercado e isso indicia uma organização com uma abordagem cuidada e, digamos, dotada de grandes argumentos para singrar no mercado em que a actividade está inserida.
Temos as teen, as milf, as mature e depois ainda temos as outras todas, devidamente destacadas em função da cor da pele e/ou do cabelo ou das respectivas especialidades.
Teen, como o nome indica, é um engodo para chalados que apreciam pitinhas. Claro que depois a pessoa vê a cena com atenção e percebe que por debaixo dos totós e do uniforme escolar há na verdade uma trintona muito bem conservada, mas a ideia é mesmo atrair os bacanos com desvios sérios no funcionamento das suas carolas.
Mature é o contraponto. Depois de repetida vezes sem conta a fórmula de sucesso, a indústria viu-se obrigada a apontar para os nichos de mercado mais fáceis de identificar a olho e toca de recrutar veteranas com idade para serem avós da maioria da audiência para fazerem uma perninha como complemento de reforma. O estatuto de mature parece ser atribuído a colaboradoras a partir dos 50/55 anos de idade e estende-se até onde a coisa funcionar.
Por fim as milf, um grupo deveras apreciado, quase o gourmet da pornografia. Na verdade, a sigla deriva da expressão a Mother I'd Like to Fuck e assim percebemos que é aqui que encaixam as quarentonas, sempre tão apetecíveis para os apreciadores do género por reunirem the best of both worlds no que respeita aos atributos que está em causa sublimar.

Muito mais haveria a dizer acerca desta área específica de um fascinante e sempre próspero ramo de actividade, mas nisto das postas o terceiro parágrafo tem quase o mesmo estatuto da terceira sacudidela...