Era elegante e graciosa, com uma essência feminina assinalável, e cantava jazz como uma sereia contemporânea. Mas também tinha umas mamas generosas. Dirão as más-línguas que foi esse o único motivo que me fez engatá-la e levá-la para casa. E estarão cobertas de razão. Tão cobertas como ficaram as mamas dela pela nhanha aqui do Pacheco. Mas confesso que a voz também ajudou. Foi, por isso, com alguma dose de estranheza que reparo que na cama a magana não emitia um único barulho. Depois de décadas a pinar como gente grande foi a primeira vez que uma sardanisca não me desatou a gemer de forma histriónica como se estivesse com um coqueiro entre as pernas, o que, convenhamos, não andará muito longe da realidade. Esta deve ter vindo com silenciador, pensei. É nesse momento que me armo em Fittipaldi da canzana e lhe meto a quinta a fundo, aumentando o ritmo de bombada para a red zone das rotações pélvicas. Ela mordia os lábios, o rosto ia aumentando de tonalidade de vermelho, o corpo trepidava como se estivesse a ter um ataque epilético, mas, foda-se, que nem um gemido saía daquela boquinha. E já nem queria saber de atingir um orgasmo. Naquele momento o meu objectivo de vida passou a ser apenas um: Conseguir que a magana soltasse um mísero sonzinho que fosse. Sou um pouco como as crianças. Quando não consigo uma coisa não resisto a esgotar todas as possibilidades para descobrir o que se passa e dar a volta à questão. Invade-me sempre um pensamento Proustiano e assemelho-me a esses miúdos que desmontam um despertador para saber o que é o tempo. Por isso tive de inspecionar de perto. Tirei-lhe a jiboia de dentro das guelras e lancei-me nas artes do abocanhamento. Invisto com técnicas aprimoradas e devidamente comprovadas por centenas de pachachas lambuzadas e esta sirigaita continuava sem um único espasmo vocálico. Fulo da vida e prestes a desistir, é aqui que me revolto. Afasto o meu corpo do corpo dela e penso alto, soltando inadvertidamente um desapontado mas nada ofensivo: PUTA!. Haviam de ver: o corpo dela explode, soltando o acumular do prazer pelas refinadas técnicas nela investidas nas últimas horas e começa numa sucessão de uivos articulados com impropérios profundamente ordinários e por isso impróprios de serem reproduzidos neste espaço. Eu fiquei impávido a observar o descontrolo orgástico da moça, todo altivo e de peito cheio a olhar de longe com superioridade, satisfeito por ter conseguido desvendar o enigma. Ao vê-la a ter um orgasmo assim, recordei então uma pérola literária do Miguel Esteves Cardoso que legendaria este momento na perfeição: “E conseguir vir-se no vácuo, a grande puta”.
"Caricatura de Traci Lords de su etapa como pornstar en los 80's. Es un dibujo muy antiguo del que no estoy especialmente satisfecho pero que me sirve para hablar de un tema que me intriga.
Hay una frase que repito habitualmente: "esto podría ser el principio de una peli porno".
A veces sentado en una cafetería con amigos o en el trabajo, o en cualquier situación cotidiana en la calle, observo a la gente de alrededor mientras mantengo una conversación y traslado la escena que veo a una peli porno.
Igual que en un musical la gente se pone a bailar y cantar sin venir a cuento y normalmente de una manera bastante artificial. Lo mismo pasa en el porno donde de la mas ridicula e intranscendental conversación o situiación, deriva hacia una escena de sexo.
Quizas en una realidad paralela pasa esto y la gente pasa de preguntar cuanto vale un libro a practicar sexo salvaje encima del mostrador. En cualquier caso es un entretenimiento divertido trasladar situaciones completamente normales a otras que por suerte o por desgracia no lo son."
A idade é uma vara curta. Pensamos na quantidade de anos que alguém já viveu e imediatamente sabemos como se deve comportar. Se sair dessa lógica, dizemos muito naturalmente que "já não tem idade para isso" ou que "já tem idade para ter juízo".
Usar a idade como argumento para o que quer que seja, revela o quão falsos e ingratos podemos ser. Dizer a alguém que a sua idade não se adequa ao comportamento que teve é, antes de mais, revelar que não se tem argumento melhor e que apenas se quer chatear a pessoa em questão. "Sou um merdas, por isso digo-te que a tua idade não te permite fazer isso!".
Isto é tão assim, que o próprio Amor parece não se adequar a partir duma certa idade. É muito raro, para não dizer inexistente, vermos idosos de mãos dadas e aos beijos na rua, como se os sentimentos secassem dentro de nós com o passar do tempo. É, provavelmente, o maior medo que tenho.
É que nos meus quarenta e um anos sinto-me apaixonado como quando tinha quinze ou dezasseis e, pior ou melhor, sofro da mesma maneira. Basta-me estar uma tarde sem receber um telefonema de quem Amo, que começo a sentir no peito uma espécie de novelo de lã molhado. É uma sensação de abandono e uma mistura de tristeza com felicidade extrema. Nem sei bem o que é, mas sei que sempre tive e ainda tenho idade para isto.
Quando isto desaparecer em mim, eu também desapareço.
Durante a passagem de Sandy, em Manhattan, a modelo Coco Austin, esposa do rapper Ice-T coloca seus imensos peitos à prova do furacão e mostra o que é ser devassa.
Já Sandy, continua cantando: "eu tenho inveja do vento que te toca".
Hoje sonhei contigo. Não se foi um sonho, uma ilusão, uma visão ou a antecipação de uma realidade quase demasiado boa para ser verdadeira... Mas, sabes, muitas vezes dou comigo a sonhar acordada, a imaginar a minha vida de outra maneira, a ver os meus sonhos serem cumpridos....
Mas hoje foi contigo....
Chegavas, abraçavas-me bem forte, deixando-me sentir a segurança e o calor que o teu corpo me transmitia... e ali, aninhada nos teus braços, sentia algo que há muito não sinto... como se o mundo pudesse desabar, que tu não deixarias que nada de mal me acontecesse, nem que nada nos separasse...
Olhavas dentro dos meus olhos, tentando chegar às profundezas da minha alma; e nessa partilha de uma intimidade única, verdadeira e cúmplice, dizias que me amavas, que eras o princípe que eu há tanto esperava e que o único receio que eu tinha que ter era o de ser demasiado feliz...
Tentando fugir a mais uma desilusão, perguntei-te: porquê eu? E como podes tu amar uma mulher que faz o que eu faço? Tu sorriste e beijaste-me na testa, perguntando-me como seria possível não me amares... E nesse momento entreguei-te o meu coração, o meu ser, a minha vida, a minha felicidade, o meu destino. O beijo que trocámos foi também uma entrega de almas... foi uma promessa de felicidade,o início de um compromisso e de uma vida nova.
E amei-te... amei-te como não amava alguém há muito tempo... como já me esquecera de o fazer. Decorei o teu cheiro, o teu sabor, o teu toque... e rezei... rezei para que aquele momento durasse para sempre... rezei para que fosse real este meu sonho... rezei para que tu existisses, assim, tal e qual como te vi e senti... e que fossem puras e honestas as tuas palavras e os teus sentimentos...
Imaginei o anel no meu dedo, que me daria a certeza que partilharias a tua vida comigo... e que eu faria parte integral e inequivocamente de ti, da tua vida, do teu presente e do teu futuro...
Ainda não sei se existes realmente... ainda não estou segura de seres real... mas espero... por ti... por nós... porque hoje sonhei contigo.
«Presépio» em barro sobre novelo de lã.
Comprei-o numa loja de artesanato de Guimarães, para a série da minha colecção «objectos que supostamente não seriam eróticos».
Ela - Já viste o rabo daquela gaja lá fora?
Eu (olhando) - É grande...
Ela - Grande?! É enorme.
Eu - E porque é que estás com uma cara tão feliz de repente? É por veres uma mulher com o rabo grande?
Ela - Não, não... nem sei bem porque é...