Esta semana conheci uma moura. Era algarvia de gema e tinha sangue mourisco, o que me fez de pronto recordar as lendas das mouras encantadas. Estava eu sossegado a passear por Alfama quando a vi, tal e qual como reza a lenda das mouras encantadas, que as descreve como jovens donzelas de grande beleza, perigosamente sedutoras, que aparecem frequentemente cantando e penteando os seus longos cabelos, louros como o ouro ou negros como a noite, e prometem tesouros a quem as libertar do encanto. Assim que a ouvi cantarolar à janela rústica enquanto penteava os cabelos soube que tinha de descobrir onde ela guardava o tesouro, o que, numa lenda contemporânea, seria certamente na pachacha. Convidei-a para passear e ela acedeu. Íamos de eléctrico até ao Chiado quando outra sardanisca me liga a perguntar o que eu estava a fazer, certamente porque queria levar nas bimbas. Como a despachei a bom despachar, começou logo a urdir impropérios e terminou com um: para estares a despachar-me assim é porque há moura na costa. Apeteceu-me dizer-lhe que não, mas que em breve haveria uma moura na minha posta. Mas achei profundamente indelicado, por isso disse-o na mesma. Finalmente lá chego a casa e, oh céus, que a moça era uma cavaleira mourisca de alto gabarito, habituada a cavalgar sem sela nem freio. Montou-me como se não houvesse amanhã, e confesso que durante a cavalgada cheguei mesmo a desejar que não houvesse amanhã, para que aquele cavalganço pélvico nunca mais terminasse. Mas no final apercebi-me que aquela longa e enérgica pinada me tinha deixado uma cova mesmo no meio do colchão. O que foi uma chatice pois, dada a maratona com a moura, acabámos por adormecer e a meio da noite os corpos resvalaram das bordas do colchão para o meio, dando uma ilusão de queridice a todos os títulos de vomitar. Agora a minha cama parece uma pachacha gigante, com duas bordas de lado e uma grande cova no meio. É a minha versão da cova da moura.
Patife
Blog «fode, fode, patife»
29 novembro 2012
«T-shirts Moloko 2» - por Luis Quiles
"Aquí os dejo unos cuantos diseños que tambien podreis encontrar en nuestra tienda de camisetas Moloko . En este caso se trata de (...) hacer un homenaje al porno de los años 80, especialmente cutre y especialmente entrañable, como modelos he utilizado a Traci Lords y Ron Jeremy. Dos de los actores porno mas representativos de la época."
Luis Quiles
28 novembro 2012
«conversa 1929» - bagaço amarelo
Ela - As sogras, as mulheres e os maridos constituem uma cadeia alimentar.
Eu - Uma cadeia alimentar?!
Ela - Sim, pelo menos no meu caso quando jantamos os três juntos. A minha sogra dá-me na cabeça porque acha que eu já devia ter filhos e nunca mais engravido, eu dou na cabeça do meu marido porque acho que ele devia mandá-la calar e nunca manda.
Eu - Então o teu marido está no fundo da cadeia alimentar e não dá na cabeça de ninguém. É isso?
Ela - É. Ele cala-se e bebe vinho.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Eu - Uma cadeia alimentar?!
Ela - Sim, pelo menos no meu caso quando jantamos os três juntos. A minha sogra dá-me na cabeça porque acha que eu já devia ter filhos e nunca mais engravido, eu dou na cabeça do meu marido porque acho que ele devia mandá-la calar e nunca manda.
Eu - Então o teu marido está no fundo da cadeia alimentar e não dá na cabeça de ninguém. É isso?
Ela - É. Ele cala-se e bebe vinho.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Casal gay de pinguins se reencontrará em breve
Pedro e Buddy, dois pinguins africanos machos, uma espécie em extinção, do zoológico de Toronto. Ambos tinham nascido em cativeiro, e são um casal homossexual, mas haviam sido separados para que pudessem reproduzir sua espécie. Mas o zoológico prometeu, após alguns protestos, que reuniria o casal novamente.
Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/
27 novembro 2012
«Passos» - Susana Duarte
revejo-te na luz silente da tua pele, e na noite ambígua
das tuas mãos. revejo os teus pés de romã e a língua rubra
de todas as manhãs. é na luz submersa do despertar
que sinto os teus passos, que não oiço, que não vejo.
são nebulosas, os teus passos. são passos ausentes,
os teus passos. são pássaros de fogo e eternidade
na luz débil das estrelas. são a água que escorre dos
meus braços e a língua de fogo do meu ventre escondido.
revejo-te silencioso, nas estórias que me conto e na memória
de uma noite sob a água e a chuva e a dança das mãos.
da tua pele, fiz uma manta de retalhos de sombras,
e com ela teci a obnibulada manhã do despertar dos ossos.
é com ela que me visto. é com ela que te visito.
é assim que te sei. manhã submersa de cada recanto
dos meus olhos. tecido estranho das vestes das noites.
visão ansiada das pálpebras da realidade. pés que caminham
sobre o chão que piso. geometria de tudo o que sei. pele.
(foto de Ivano Cetta)
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Para perceber o Tantra... não é sexo, mas também é sexo
Tantra Loveway
Convite aos audazes :-)
Na Sessões de Grupo e Workshops exploramos várias dinâmicas: individuais, em casal ou a pares, Meditações Activas de OSHO e Meditações Tantricas, Dança e Movimento, Respiração, Terapias Corporais e de Desbloqueio Emocional.
Fazemos vários exercícios em que trabalhamos com Energia, com os Chakras e com Toque e Massagem do coração.
Site do Tantra LoveWay
Convite aos audazes :-)
Na Sessões de Grupo e Workshops exploramos várias dinâmicas: individuais, em casal ou a pares, Meditações Activas de OSHO e Meditações Tantricas, Dança e Movimento, Respiração, Terapias Corporais e de Desbloqueio Emocional.
Fazemos vários exercícios em que trabalhamos com Energia, com os Chakras e com Toque e Massagem do coração.
Site do Tantra LoveWay
Eva portuguesa - «O vestido vermelho»
Pediste-me para te receber vestida. Assim o fiz. Escolhi um vestido vermelho justinho, realçando ainda mais as formas de viola do meu corpo, com um decote que mais mostrava do que escondia dos meus seios (agora) grandes e firmes. Sapatos de salto agulha também vermelhos, a condizer. Por baixo, apenas uma cuequinha fio dental preta, a pedir para ser despida...
Abri-te a porta... e sustive a respiração. Olhei para o azul claro dos teus olhos e perdi-me neles. Fiquei sem saber o que dizer ou fazer...
Tu entras e dizes: "És uma mulher lindíssima!" e percebi que estavas tão nervoso como eu...
Beijei-te nos lábios doces que tens e senti a tua língua atravessar os meus e explorar a minha boca...
Foi um (ou vários?) beijo infinito, em que mergulhei na tua alma e tu na minha...
Arfávamos os dois de desejo e expectativa.
E ali mesmo, à entrada, soltaste os meus seios do pouco que os cobria e chupaste com avidez os meus mamilos erectos. Senti-te crescer e ficar duro na cumplicidade do nosso abraço...
Atabalhoadamente, tentei despir-te e ter livre acesso ao teu membro rijo que chamava por mim. Abocanhei-o, chupei e lambi até sentir que não irias aguentar muito mais.
Enquanto isso, percorrias o meu corpo com a tua boca e repetias: "és linda!"
Eu tentava não me entregar totalmente a ti.
Quem és tu?! - pensava eu para mim... - onde tens estado?!
E, olhando-me olhos nos olhos, entraste em mim de uma forma ao mesmo tempo carinhosa e brusca, meiga e bruta, como se te pertencesse, como se tu me pertencesses....
E naquele momento, olhando para o vestido vermelho caído no chão, percebi que já não era a Eva que estava contigo... e senti-te como há muito não sentia ninguém... e beijei-te, agarrei-te, amei-te numa entrega total... e quando saíste, pensei muito baixinho: será que me vou apaixonar?...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Abri-te a porta... e sustive a respiração. Olhei para o azul claro dos teus olhos e perdi-me neles. Fiquei sem saber o que dizer ou fazer...
Tu entras e dizes: "És uma mulher lindíssima!" e percebi que estavas tão nervoso como eu...
Beijei-te nos lábios doces que tens e senti a tua língua atravessar os meus e explorar a minha boca...
Foi um (ou vários?) beijo infinito, em que mergulhei na tua alma e tu na minha...
Arfávamos os dois de desejo e expectativa.
E ali mesmo, à entrada, soltaste os meus seios do pouco que os cobria e chupaste com avidez os meus mamilos erectos. Senti-te crescer e ficar duro na cumplicidade do nosso abraço...
Atabalhoadamente, tentei despir-te e ter livre acesso ao teu membro rijo que chamava por mim. Abocanhei-o, chupei e lambi até sentir que não irias aguentar muito mais.
Enquanto isso, percorrias o meu corpo com a tua boca e repetias: "és linda!"
Eu tentava não me entregar totalmente a ti.
Quem és tu?! - pensava eu para mim... - onde tens estado?!
E, olhando-me olhos nos olhos, entraste em mim de uma forma ao mesmo tempo carinhosa e brusca, meiga e bruta, como se te pertencesse, como se tu me pertencesses....
E naquele momento, olhando para o vestido vermelho caído no chão, percebi que já não era a Eva que estava contigo... e senti-te como há muito não sentia ninguém... e beijei-te, agarrei-te, amei-te numa entrega total... e quando saíste, pensei muito baixinho: será que me vou apaixonar?...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Comentários de um casal fixe que visitou a minha colecção
"Olá, São Rosas
Queria desde já agradecer-te pela tua disponibilidade para me mostrares a colecção com todas as explicações.
Foram duas horas bem passadas e fiquei espantado com toda a documentação e objectos por ti coleccionados.
Obrigado e até um próximo encontro."
Fernando O.
"Felizmente, em tempos de crise há quem nos faça sorrir e nos lembre que nem só de pão vive o homem e que o sexo e o erotismo estão presentes no nosso dia-a-dia, trazendo colorido e apimentando as nossas vidas. Basta estar atento e gostar do tema, claro.
Um convite para conhecer a colecção de arte erótica da São Rosas aguçou-me a curiosidade e resolvi ir visitar. Foram duas horas bem passadas, por entre milhentos objetos de toda a espécie, livros, gravuras, postais, quadros, autênticas obras de arte, preciosidades criativas e artísticas que nos colocam um brilhozinho no olhar e um sorriso malicioso nos lábios.
Adorei ver e verifiquei como o ser humano é criativo num tema afinal tão presente nas nossas vidas. É caso para concluir:
O sexo comanda a vida e sempre que um homem «sexa» o Mundo pula e avança."
Teresa C. B.
Queria desde já agradecer-te pela tua disponibilidade para me mostrares a colecção com todas as explicações.
Foram duas horas bem passadas e fiquei espantado com toda a documentação e objectos por ti coleccionados.
Obrigado e até um próximo encontro."
Fernando O.
"Felizmente, em tempos de crise há quem nos faça sorrir e nos lembre que nem só de pão vive o homem e que o sexo e o erotismo estão presentes no nosso dia-a-dia, trazendo colorido e apimentando as nossas vidas. Basta estar atento e gostar do tema, claro.
Um convite para conhecer a colecção de arte erótica da São Rosas aguçou-me a curiosidade e resolvi ir visitar. Foram duas horas bem passadas, por entre milhentos objetos de toda a espécie, livros, gravuras, postais, quadros, autênticas obras de arte, preciosidades criativas e artísticas que nos colocam um brilhozinho no olhar e um sorriso malicioso nos lábios.
Adorei ver e verifiquei como o ser humano é criativo num tema afinal tão presente nas nossas vidas. É caso para concluir:
O sexo comanda a vida e sempre que um homem «sexa» o Mundo pula e avança."
Teresa C. B.
26 novembro 2012
Um espectáculo a descer a plateia
«Parterre» - Festival Clandestin na Maison des Metallos (Março de 2009)
«respostas a perguntas inexistentes (217)» - bagaço amarelo
Nunca verbalizámos o Amor. A primeira vez que abri a boca para lhe dizer que a Amava ela tocou com o dedo indicador da mão esquerda nos meu lábios, encostando um ao outro como se os quisesse coser com um único ponto.
- Chiu!
Depois beijou-me e fizemos Amor.
A partir daí não precisou mais de usar os dedos. Quando eu falava em nós, tentando dar existência a essa primeira pessoa do plural, ela mudava de expressão. Passou a bastar-lhe o olhar para me silenciar.
Uma vez, por fim, explodi. Não com ela, mas com a situação. Foi como se as palavras que eu engolia há meses me tivessem provocado uma congestão. Vomitei-as, dizendo-lhe que a Amava. Só que o Amor nunca pode ser um vómito.
Depois beijei-a e não fizemos Amor.
Naquele tempo o corpo dela era o meu Éden, uma extensão de vales e montanhas perfumadas onde tudo, menos falar de Amor, me era permitido. E foi assim que fui expulso.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Subscrever:
Mensagens (Atom)