Caixa em resina pintada, tendo na tampa duas meninas a divertirem-se reciprocamente.
Esta peça veio dos Estados Unidos da América, já há alguns anos, para a minha colecção.
25 maio 2013
24 maio 2013
Prostituição - a minha história (XIV)
Outono de 1999... A rua estava praticamente deserta e as poucas personagens que passavam pareciam tão perdidas quanto eu. Muitas vezes os meus turnos no call center terminavam a meio da noite, tinha que esperar na rua pelo primeiro transporte da manhã para voltar a casa, dinheiro para gasolina ou táxi não chegava, o cansaço abundava, aceitava vários turnos seguidos para ganhar o suficiente para estudar. Não sei se a falta de dinheiro, por si só, me traria as memórias de um tempo em que a carteira estava sempre cheia, mas, certamente, o enorme cansaço e aquelas longas esperas no escuro pelo primeiro transporte matinal, faziam-me ruminar o desconforto, ruminar todas as coisas pequenas que não tinha e que se tornavam maiores no silêncio, ruminar até à revolta, ruminar a imbecilidade de um esforço diário que não me permitia mais do que sobreviver. Ruminar um somatório de instantes não mostra o resultado do somatório, o caminho que se constrói. O processo de percorrer as memórias de dias cheios das liberdades do dinheiro estava a ser lento, tinha começado fazia poucos meses, mas as memórias pareciam-me cada vez mais agradáveis, os detalhes menos agradáveis começavam a entrar na penumbra do pouco importante. Quando se pondera algo que se quer fazer e já se fez, a memória é mesmo assim, tem os seus caprichos, sublinha o bom e empurra o mau para um canto mais escuro e os passeios a esse canto mais escuro que sabemos bem existir tornam-se cada vez mais raros e mais curtos. Ali, sentada, à espera, pensava e pensava e pensava, tanto pensamento leva fazer o impensável! Nessa noite perguntei-me se estaria louca e não estaria a ver que o que considerava fazer era uma loucura. Como avaliar? Resolvi que, no dia seguinte, se tivesse coragem, falaria com uma grande amiga que trabalhava comigo e passava pelas mesmas dificuldades, confessar-lhe-ia o que tinha feito em tempos e o que me passava pela cabeça fazer. Se eu estivesse louca, pensava, ela havia de me dizer. (Continua)
Faz de conta que um dia
Faz de conta que um dia sentiste na pele o toque dos dedos que te escrevem agora uma prosa ficcionada, uma história construída sobre os alicerces de memórias como peças de lego num puzzle que alinhamos a dois em quartos separados, tira e põe, põe e tira, pedaços de fantasia encaixados em retalhos de vida conversada como ela também se faz.
Imagina um enredo e transforma-o num segredo que tencionas soprar, palavras confiadas ao vento que as carregue para só eu as ouvir, murmuradas lá fora na dança das folhas que se sonham páginas de um livro ainda por escrever, para só eu as ouvir e assim quase me poder sentir especial, quase protagonista.
Faz de conta, numa espécie de fogo de vista capaz de me incendiar ilusões, que um dia te despertei emoções proibidas, sensações vividas numa assoalhada clandestina da tua imaginação, como se alguém abrisse um alçapão no tecto dessa casa assombrada por fantasmas a fingir, o som distante de pessoas a rir das palavras oferecidas apenas porque sim, num dia em que fizeste de conta que pretendias ouvir contar uma história com sentimentos de brincar, beijos de encantar num guião improvisado sem um príncipe encantado que te pudesse fazer sentir na pele, faz de conta, o sopro quente da brisa de uma respiração carregada de palavras doces, clandestinas, levadas até ti pelo vento suão.
Imagina um enredo e transforma-o num segredo que tencionas soprar, palavras confiadas ao vento que as carregue para só eu as ouvir, murmuradas lá fora na dança das folhas que se sonham páginas de um livro ainda por escrever, para só eu as ouvir e assim quase me poder sentir especial, quase protagonista.
Faz de conta, numa espécie de fogo de vista capaz de me incendiar ilusões, que um dia te despertei emoções proibidas, sensações vividas numa assoalhada clandestina da tua imaginação, como se alguém abrisse um alçapão no tecto dessa casa assombrada por fantasmas a fingir, o som distante de pessoas a rir das palavras oferecidas apenas porque sim, num dia em que fizeste de conta que pretendias ouvir contar uma história com sentimentos de brincar, beijos de encantar num guião improvisado sem um príncipe encantado que te pudesse fazer sentir na pele, faz de conta, o sopro quente da brisa de uma respiração carregada de palavras doces, clandestinas, levadas até ti pelo vento suão.
Manual do abraço masculino
Aprendam como um abraço másculo deve ocorrer.
O abraço não pode durar mais que 5 segundos.
Capinaremos.com
O abraço não pode durar mais que 5 segundos.
Capinaremos.com
23 maio 2013
O que tem a ver um arcebispo alemão com um burro de Coimbra?
Na minha página no Facebook (que cada vez mais é onde se concentram os comentários e as partilhas, tendo já à volta de 700 "gostos"), além de divulgar o que é publicado aqui, pomos (eu e mais malta da fundiSão, mas tudo como São Rosas) conteúdos exclusivos. E, como é natural, de vez em quando surgem pérolas. Como esta, que tenho de partilhar convosco aqui.
A Carla Guerra (uma das que São Rosas no Facebook) encontrou uma imagem de uma estátua de "Konrad Von Hochstaden - Arcebispo muito flexível de Colónia 1238-1261".
Fiz umas pesquisas e descobri que esta estátua está no meio de outras, na fachada da torre da Kölner Rathaus, edifício do município da cidade de Köln (Colónia - Alemanha). Vamos fazer uma abordagem de aproximação à... coisa:
Pelo que li na internet, "a figura de um homem a puxar as calças para baixo e a mostrar o rabo tem sido uma parte da história de Colónia desde a Idade Média". Só que esta figura vai mais longe. E não é, nem por sombras, um exclusivo da cidade de Colónia. Em Portugal também há gárgulas da Idade Média com figuras de falos erectos (como esta entesoada criatura do castelo de Sabugal), rabos de fora (como o cu da Guarda, virado deliberadamente para Espanha) e, para a estocada final, gárgulas de homens a fazerem um broche a si próprios, idênticas à figura de Colónia (como uma gárgula da igreja de Nossa Senhora da Oliveira, virada para a Praça da Oliveira, bem no centro histórico da cidade de Guimarães... ou a gárgula de uma casa em Miranda do Douro, a que até chamámos «69 mirandês» quando a descobrimos mas que é, vendo bem, um auto-suficiente e invejável mestre do contorcionismo).
Então... e o burro de Coimbra? - perguntais vós, que estais atentos...
Esta alegre figura aos pés do arcebispo relembrou uma história à Teresa B., que aqui partilho, tal como apareceu na minha página do Facebook:
Teresa B. - Jasus, Maria e José! Até parece o burro do Loreto, que quando a ferramenta o atrapalhava, dava impulso e enfiava-a na boca...
São Rosas - Credo, Teresa!... Tu conheces cada burro!...
Teresa B. - Meus deuses! Eu não conheço. O feliz animal existiu antes de eu ser gente... mas a minha Tia conta muitas vezes as aventuras e desventuras desse burro que, pelos vistos, tinha muitos espectadores...
São Rosas - Não seria lenda? É que eu não acredito se ler no Facebook...
Teresa B. - Menina, a minha Tia tem muita idade, mas uma memória prodigiosa...e quando as memórias são de 'malandrices', é especialmente refinada! Parece que as senhoras, depois dos maridos saírem para os empregos, arranjavam um tempinho para, em grupo, ir ver o espectáculo do burro, que naquele tempo não havia muitas distracções...
Seria isto nos anos 40/50 e o burro estava nuns terrenos adjacentes à LUFAPO...
São Rosas - Esse burro merecia ser beatificado!
_________________________
E o OrCa ode isto tudo:
"ai, arcebispo, arcebispo,
a teus pés um tal deboche
já nem sei se és arcebispo
ou serás mais arcebroche..."
A Carla Guerra (uma das que São Rosas no Facebook) encontrou uma imagem de uma estátua de "Konrad Von Hochstaden - Arcebispo muito flexível de Colónia 1238-1261".
Fiz umas pesquisas e descobri que esta estátua está no meio de outras, na fachada da torre da Kölner Rathaus, edifício do município da cidade de Köln (Colónia - Alemanha). Vamos fazer uma abordagem de aproximação à... coisa:
Pelo que li na internet, "a figura de um homem a puxar as calças para baixo e a mostrar o rabo tem sido uma parte da história de Colónia desde a Idade Média". Só que esta figura vai mais longe. E não é, nem por sombras, um exclusivo da cidade de Colónia. Em Portugal também há gárgulas da Idade Média com figuras de falos erectos (como esta entesoada criatura do castelo de Sabugal), rabos de fora (como o cu da Guarda, virado deliberadamente para Espanha) e, para a estocada final, gárgulas de homens a fazerem um broche a si próprios, idênticas à figura de Colónia (como uma gárgula da igreja de Nossa Senhora da Oliveira, virada para a Praça da Oliveira, bem no centro histórico da cidade de Guimarães... ou a gárgula de uma casa em Miranda do Douro, a que até chamámos «69 mirandês» quando a descobrimos mas que é, vendo bem, um auto-suficiente e invejável mestre do contorcionismo).
Então... e o burro de Coimbra? - perguntais vós, que estais atentos...
Esta alegre figura aos pés do arcebispo relembrou uma história à Teresa B., que aqui partilho, tal como apareceu na minha página do Facebook:
Teresa B. - Jasus, Maria e José! Até parece o burro do Loreto, que quando a ferramenta o atrapalhava, dava impulso e enfiava-a na boca...
São Rosas - Credo, Teresa!... Tu conheces cada burro!...
Teresa B. - Meus deuses! Eu não conheço. O feliz animal existiu antes de eu ser gente... mas a minha Tia conta muitas vezes as aventuras e desventuras desse burro que, pelos vistos, tinha muitos espectadores...
São Rosas - Não seria lenda? É que eu não acredito se ler no Facebook...
Teresa B. - Menina, a minha Tia tem muita idade, mas uma memória prodigiosa...e quando as memórias são de 'malandrices', é especialmente refinada! Parece que as senhoras, depois dos maridos saírem para os empregos, arranjavam um tempinho para, em grupo, ir ver o espectáculo do burro, que naquele tempo não havia muitas distracções...
Seria isto nos anos 40/50 e o burro estava nuns terrenos adjacentes à LUFAPO...
São Rosas - Esse burro merecia ser beatificado!
_________________________
E o OrCa ode isto tudo:
a teus pés um tal deboche
já nem sei se és arcebispo
ou serás mais arcebroche..."
4ª lição
Após praticar com afinco a terceira lição, a mulher está quase
apta a permitir que o macho conduza os movimentos de penetração. Não pode, no
entanto, facilitar a aceleração que tendencialmente o homem vai impor.
A atenção deve centrar-se no entranhar do pénis na vagina.
Os músculos devem comprimir o corpo do falo, apertando-o espaçadamente. O rodar
ligeiro das ancas, quando o pénis está inserido por completo, possibilita a
fricção do clítoris encostado aos pelos púbicos do macho e, no interior
encharcado da vagina, a movimentação da glande pelas paredes que a acolhem.
A subida do pénis deve ser acompanhada pelo distender e
relaxar vaginal. O homem deve sentir a brutalidade do abandono e a urgência de
refúgio. A vagina é a caverna que Platão não referiu como local do mais
perfeito egoísmo e insaciabilidade.
A introdução e a saída do falo devem agora variar de
intensidade. A mulher reconhece facilmente o ritmo que deve aplicar, avaliando
a respiração que se torna mais rápida, a frequência com que o “coração” que nos
lateja dentro da vagina, o peso e o volume dos testículos e a dureza do pénis
que se torna granítico quando se aproxima o apelidado platô.
Os gemidos, os ganidos, os vagidos, os murmúrios e os
sussurros, são para ignorar durante esta fase, embora a audição seja
afrodisíaca.
Entretenha-se
a mulher a oscilar no tempo e no templo do prazer de modo eficaz e dominado até
à quinta lição que se aproxima.
Camille
Vestiário masculino
E sua variação de acordo com a idade de seus utilizadores.
Eca, não quero entrar num vestiário de velhos.
Capinaremos.com
Eca, não quero entrar num vestiário de velhos.
Capinaremos.com
22 maio 2013
«Anda cá» - João
"Anda cá. Disseste. Anda cá, vá, e viraste-te de costas para mim ao mesmo tempo que te encostavas e deixavas o corpo ondular, mordendo lábios. Anda cá, vá, disseste, vem passar a noite comigo, vem aquecer-te junto a mim debaixo destes lençóis. Vem servir-me o teu peito para te escutar o coração bater. Vem dar-me vida, vem dar-me as tuas pernas para eu sobre elas lançar as minhas. Anda cá, vá. Avançando sobre as horas da noite, sob os pingos grossos da chuva que cai lá fora quando a madrugada se recolhe e o dia preguiçoso começa a leste. Sempre mais a leste. Anda cá, esgueirar-te, anda cá beijar-me, anda cá cansar-me os músculos. Anda cá, já, depressa, enfia-te aqui. Entra em mim. Fundo, sempre mais fundo. Agarra-me os cabelos, bate-me, morde-me. Anda cá depressa amor, que te vou cravar as unhas, que te vou massacrar, que vais sair daqui dorido, partido, sofrido.
Anda cá, sem apelo nem agravo. Utterly sim, with no recourse to appeal, ontem, antes disso, anda cá que vens tarde, que te vou comer, com requinte ou sem requinte, tanto faz, desde que depois tenhas peito com coração lá dentro, que bata para mim, desde que depois tenhas braços para me segurar, desde que me ampares, que não me deixes descontrolar, que não me abandones quando a madrugada se recolhe e o dia preguiçoso começa a leste. Porque há sempre mais leste. Mais sol. Mais dia. Somos o que somos, sem apelo nem agravo. Sempre assim, anda cá. Vem a pé. Vem como quiseres, desde que venhas. Sete, setenta, todas as vezes, vem.
Não me digas que fique quieta. Não me digas que não me mexa. Não me digas nada que não seja o meu nome, não me digas nada que não seja fode-me, ama-me, segura-me. Anda cá, disseste. Anda cá."
João
Geografia das Curvas
Anda cá, sem apelo nem agravo. Utterly sim, with no recourse to appeal, ontem, antes disso, anda cá que vens tarde, que te vou comer, com requinte ou sem requinte, tanto faz, desde que depois tenhas peito com coração lá dentro, que bata para mim, desde que depois tenhas braços para me segurar, desde que me ampares, que não me deixes descontrolar, que não me abandones quando a madrugada se recolhe e o dia preguiçoso começa a leste. Porque há sempre mais leste. Mais sol. Mais dia. Somos o que somos, sem apelo nem agravo. Sempre assim, anda cá. Vem a pé. Vem como quiseres, desde que venhas. Sete, setenta, todas as vezes, vem.
Não me digas que fique quieta. Não me digas que não me mexa. Não me digas nada que não seja o meu nome, não me digas nada que não seja fode-me, ama-me, segura-me. Anda cá, disseste. Anda cá."
João
Geografia das Curvas
«conversa 1979» - bagaço amarelo
Eu - Vais deixar o teu namorado?
Ela - Credo! Achas que o meu namorado é um banana?
Eu - Não é bem isso. Desculpa, saiu-me.
Ela - Estava a falar do fruto chamado banana.
Eu - Ah! E porque é que tens que deixar as bananas?
Ela - Por causa dos meus intestinos...
Eu (silêncio)
Ela - Que cara é essa?!
Eu - Preferia não saber isso...
Ela - Não saber o quê?
Eu - Que tens que te deixar de bananas por causa dos intestinos...
Ela - Mas o que é que raio estás a pensar? Não sabes que as bananas prendem os intestinos?! Estou a falar de prisão de ventre, homem.
Eu - Ah!
Ela - Ah?!?! Mas o que é que tu estavas a pensar?
Eu - Em nada de especial. Mudemos de assunto.
Ela - Temos que voltar a essa de achares que o meu namorado é um banana.
Eu - Não acho nada disso. Foi apenas a primeira hipótese que pus, tu achares que ele é um banana. Eu cá não acho nada. Nem o conheço bem...
Ela - Não acredito em ti.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Prioridades
Eu gosto do meu pénis, mas confesso que não lhe atribuo uma importância por aí além.
Bem vistas as coisas, dou mais pela falta dos polegares.
Bem vistas as coisas, dou mais pela falta dos polegares.
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