23 maio 2013

4ª lição

Após praticar com afinco a terceira lição, a mulher está quase apta a permitir que o macho conduza os movimentos de penetração. Não pode, no entanto, facilitar a aceleração que tendencialmente o homem vai impor.

A atenção deve centrar-se no entranhar do pénis na vagina. Os músculos devem comprimir o corpo do falo, apertando-o espaçadamente. O rodar ligeiro das ancas, quando o pénis está inserido por completo, possibilita a fricção do clítoris encostado aos pelos púbicos do macho e, no interior encharcado da vagina, a movimentação da glande pelas paredes que a acolhem.

A subida do pénis deve ser acompanhada pelo distender e relaxar vaginal. O homem deve sentir a brutalidade do abandono e a urgência de refúgio. A vagina é a caverna que Platão não referiu como local do mais perfeito egoísmo e insaciabilidade.

A introdução e a saída do falo devem agora variar de intensidade. A mulher reconhece facilmente o ritmo que deve aplicar, avaliando a respiração que se torna mais rápida, a frequência com que o “coração” que nos lateja dentro da vagina, o peso e o volume dos testículos e a dureza do pénis que se torna granítico quando se aproxima o apelidado platô.
Os gemidos, os ganidos, os vagidos, os murmúrios e os sussurros, são para ignorar durante esta fase, embora a audição seja afrodisíaca.

Entretenha-se a mulher a oscilar no tempo e no templo do prazer de modo eficaz e dominado até à quinta lição que se aproxima.


Camille