03 janeiro 2014

Beija-me como se o mundo acabasse uns minutos depois

Todas as pessoas, com ou sem uma pila como eu, apreciam beijos. Sim, eu vejo-os nessas marmeladas e até acabo sempre por tentar alinhar na festa. É algo que não podem negar, essa vossa apetência pelas bocas e pelo que elas são capazes em matéria de prazer.
Neste contexto, sinceramente não consigo perceber porque vos escandaliza tanto que um pénis aprecie tanto essa manifestação de carinho ou de desejo que encontram nuns lábios quentes e carnudos.
Nós, as pilas, também temos mecanismos emocionais e até são independentes da mixórdia, nessa matéria, dos coisos agarrados a nós. Não temos é boca para expressarmos aquilo que nos vai na alma e às tantas é por isso que, de forma instintiva, procuramos incessantemente uma.
No entanto, raramente os coisos agarrados a nós verbalizam a vontade que lhes dá, generosos, de conduzirem aquela boca linda e acolhedora até nós, de partilharem connosco essa fonte inesgotável de emoção e de prazer que parece cortar-vos a respiração.
Sim, nós invejamos a vossa emoção quando se beijam. E queremos sentir também essa aceleração, esse remoinho de sensações que vos deixa com um ar absolutamente deliciado e palerma quando cada beijo mais intenso chega ao fim.

E nós, pilas, também sabemos dar valor a uma história, ou apenas um momento especial, cuja acção conduza de forma inevitável a um final prazenteiro e, por isso mesmo, estupidamente feliz. 

serviço público, pela vossa saudinha...

Acabadinha de chegar à redacção, aqui fica a informação proveniente do Brasil:

No país onde o Ministro da Saúde diz que sexo é o melhor remédio para hipertensão, já tem gente usando a punheta como genérico.

Por cá, podemos presumir que a medida venha a acolher forte aplauso do «nosso» conselho de ministros. Aliás, como sempre percursores, já tínhamos um tal Miguel a promover o «bate-punho»...

Arrisque mais

Oportunidades podem não voltar.



É melhor dois fudidos em uma pena do que um solitário voando sozinho.

Capinaremos.com

02 janeiro 2014

«Piranha» - FURFUR Magazine


Piranha from FURFUR Magazine on Vimeo.

«O naco» - Patife

Esta convidou-me para jantar. Sendo mais virado para o sim do que para o não, acabei por aceitar. Confesso que com esta idade já não tenho muita pachorra para ter de as levar a jantar antes de as pinar. Um gajo com uma picha deste tamanho não devia ser sujeito a isto. O Pacheco já varreu muita pachacha ao longo da vida para ainda ter de passar pelos pró-formas de uma refeição pré-pranchada. Mas como sou educado aceitei. Pensei que íamos comer, beber e sair num instante para começar a pinar desenfreadamente. Mas não. Ao que parece esta queria conversar e “conhecer-me melhor”. “Conhecer melhor” antes de pinar é coisa de quem já tem muitos quilómetros de picha na senisga e que agora tenta, em vão, recuperar alguma da honra fodenga. Mas como eu já tenho muitos anos disto, apressei-me a pedir o prato ao garçon para despachar o assunto. E não me enganei. Eu comi naco. Já ela comeu nacona.

Patife
Blog «fode, fode, patife»

Gajas!...

Crica para veres toda a história
Inveja


1 página

01 janeiro 2014

E...



Marco António

«Sem esforço, nem acerto» - João

"Acordei sem razão especial nem hora marcada. Rodei a cabeça na direcção do relógio e passava pouco das três da manhã. A tua perna estava lançada sobre mim, como tantas vezes acontecia. Gostavas de fazê-lo, e eu também. Talvez fosse para eu não fugir. Não sei. Não me importa. Sentindo o meu corpo mover-se, mexeste-te e mudaste de posição, de costas para mim. E eu cheguei-me a ti, encostei-me ao teu corpo, também como tantas vezes. Gostava de fazê-lo. E tu também. Por felicidade da nossa anatomia, enquanto perdia o meu nariz no teu cabelo e as nossas coxas se tocavam, perfeitamente alinhados e tu molhada, o meu caralho cresceu até entrar sozinho na tua cona. Sem esforço, nem acerto. Só compasso, naquela hora do lobo, em que afundado nos teus cabelos e tu gemendo baixinho nos permitimos vir, ficando depois assim, agarrados, apertados, alheios ao frio do mundo, até ser dia novamente e partirmos, mundanos, aos afazeres interrompidos, a espaços, por sorrisos silenciosos que ninguém sabia ao que vinham, mas eram apenas a antecipação de mais uma noite, de mais um inconfessável entre as nossas paredes."
João
Geografia das Curvas

«conversa 2037» - bagaço amarelo

Ela - Mas que naco de gajo que conheci hoje!
Eu - Então?
Ela - Um homem com umas mãos enormes. Sempre adorei homens com mãos grandes.
Eu - Mãos grandes?! A que propósito?
Ela - Tenho mesmo que te explicar?
Eu - Tens.
Ela - olha bem para mim.
Eu - Sim...
Ela - O que é que eu tenho grande e que precisa de mãos grandes para apertar?
Eu - O nariz?
Ela - Eu tenho mãos pequenas, mas levas já duas chapadas.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Aceita os meus cumprimentos...



Via Bernard Perroud

31 dezembro 2013

«Balkan Erotic Epic» - Marina Abramovic

A ideia é esta: Marina Abramovic explora neste trabalho/ instalação a forma como a sexualidade foi definida pela tradição pagã balcânica.


Marina Abramovic - Balkan Erotic Epic - from HaufenMag on Vimeo.

A FODA COMO ELA É (VII) - Formação Profissional: Escolas de Putedo

Ginásio do Instituto de Formação Profissional do Amor, projecto de Tomás Taveira
Por esta altura, já todos se puseram de acordo sobre o assunto, entretanto despido das vestes garridas da controvérsia. Os préstimos ancestrais das mercenárias, mercenários, bi-trans-mercenários - puta de confusão! - do amor, deviam ser legalizados, profissionalizados e tributados, como acontece em países de civilização mais fina. Mas em momentos de cavaqueira, o "ora veja" amiúde fica-se pela tributação, dada a irresistível tendência lusitana para a torpe inveja. Avancemos um pouco no exercício conjectural.

Está, então, a prostituição regulamentada por decreto-lei, publicado em Diário da República, e quem a exerce passa factura, paga IRS e o cardápio inclui preços com IVA. O negócio organiza-se e complica-se, nascem empresas de serviços generalistas e especializados, com entrega ao domicílio, departamentos de recursos humanos, linhas de apoio ao cliente, livro de reclamações e toda a parafernália. Naturalmente, aumenta a exigência sobre as competências das horizontais, no exercício de seu mister. A saída da clandestinidade desvia parte da atenção do cliente, da situação para a qualidade do serviço. E já não chegam as dicas de calejadas, nem os work-chupe das madames para se manterem as páginas imaculadas de reclamações. Impõe-se formação sistematizada, com teoria e prática, oficialmente certificada pelo ministério competente. Não é só escachar o chispe, arregaçar prepúcios a eito, enfim passar o rato reclinada numa poltrona, tasquinhando tremoços de uma selha em plástico ao alcance da mão, enquanto o outro se alivia. A profissional de categoria conjuga na mesma pessoa a hábil, delicada gueisha com a mais devassa Messalina. Um comentário desacertado pode inutilizar um broche de valor histórico. Pelo contrário, sempre que puta de talento sabe predispor, o êxtase de seu amigo é completo. Ficai certos de que levará dali mais do que uma insistente comichão no escroto, em jeito de recordação. 
Diz-se ser a mais velha das ocupações, mas será também a que sofre os piores efeitos da falta de profissionalismo. É por estas que critico putanheiro que esfregue as mãos de contente à ideia da legalização. Não estão a ver bem o filme: sem uma Escola Técnica de Putedo, encartada pelo Estado, seria o mesmo que transformar esquinas em casas de banho públicas. Muito higiénico, mas nada erótico.

«Verbo» - Susana Duarte

um dia, saberei conjugar todos os verbos
-mesmo os verbos de ser arriba
escarpada
sobranceira-
e, ao conjugá-los, saberei onde estás:

manhã orvalhada de todas as palavras
de antes, desfloradas em neblinas
onde gotas de geada quebram folhas
suaves, lentas folhas
de chuva antiga
que me acende (caminhos?)

conjugo o verbo-palavra mitigada
pelo bater de asas suave
da leve
ondulação das águas
e, ao dizer da eloquência
dos sons, procuro ainda.

procuro o abrigo das asas

rectrizes de todos os uivos,

voos lentos dos meus braços curvos.



Susana Duarte
Blog Terra de Encanto