07 janeiro 2015

«Malice In Wonderland» (Malícia no país das maravilhas)

Animação por Vince Collins e música por Edd Harris

«Foda em lágrimas» - Bartolomeu

"Lembra-me este post, uma garina com quem tive meia dúzia de faenas e que gostava que a comesse por trás. Deliciava-se; quando lhe colocava somente a cabeça e pouco mais à entrada e pegava o mastodonte e com ele lhe dava pancadinhas no grelo e voltava a meter só a cabecinha. Depois, quando entendia chegado o momento, enterrava a carola na almofada, segurava-me as nalgas com ambas as mãos e ela própria se encarregava de enterrar o nabo até aos catrafolhos. Era nessa altura que a cona dela desatava a roncar e a assobiar. Cada vez que o mangalho penetrava desde a entrada até ao fundo, sucedia-se uma quantidade interminável de peidos-conais e de assobios-borbulhantes. A porra é que, apesar de não perder o tesão, também não conseguia vir-me, enquanto ela gemia, apertava, estremecia, contraía-se, sustinha a respiração, ao ponto de eu julgar que ia asfixiar, tudo isto, num carrocel interminável. E ainda se dava ao luxo de me gritar: 
- Não pares, não pares, mete mais, mete, mete. 
E eu pensava; mas meto o quê, caralho, só se fossem os colhões? 
Bom, mas o ridículo da coisa acontecia quando era chegado o grand finale e a rapariga se voltava de papo para o ar, empinava a barriga, voltava a segurar-me pela cintura e, com ele todo encavado, me puxava cada vez com mais força, como se pretendesse que atrás do vergalho também eu entrasse dentro dela. Mantinha-se assim hirta, contraída, imóvel, de olhos cerrados e o corpo todo feito estátua, durante alguns minutos. Por fim, soltava um suspiro profundo, soltava-me as ancas, baixava o cu até ao colchão e começava a rir e a soluçar de uma forma quase convulsiva. 
Era quando a deixava e me dirigia à casa de banho para bater uma sarapitola e libertar o corpo daquele leite que já devia começar a ficar azedo devido ao excesso de temperatura. 
Conheci outra que no fim também chorava. Sentava-se na cama, tapava o rosto com as mãos e enquanto chorava dizia; 
- Não volto a fazer isto, o meu marido não merece, não volto a fazer... 
No dia seguinte já me estava a telefonar para saber quando nos voltaríamos a encontrar... Vendo bem as coisas, para uma mulher, uma boa foda é aquela que acaba em lágrimas... não em risos."

Bartolomeu

a funda são mora na filosofia [VII]



Nota prévia: não sou feminista. E se me encontrarem num daqueles dias em que estou integralmente vestida de preto e com botas de biqueira de aço facilmente vos digo que não sou gótica. Assim como digo aos meus alunos do 1º ciclo: eu não sou professora. Sou Joana, Joana Rita – foram estes os nomes escolhidos pela minha mãe e pelo meu irmão para me registarem.

O motivo para nunca ter abraçado o feminismo relaciona-se com o facto de considerar que as mulheres são diferentes dos homens – e de me regozijar com essa diferença. Diferença que deve ser, a meu ver, preservada pela eternidade fora. O mais fantástico disto tudo é que – espantem-se! – há mulheres muito diferentes entre si; ainda que tenham em comum o facto de terem trompa de falópio e seios, há muito que as diferencia. Umas gostam de usar batom vermelho, outras preferem nunca se maquilhar. Há mulheres que escolhem ser mães e ficam em casa, outras nem querem ouvir falar em ter filhos. E os homens? Conheço homens que têm mais produtos de beleza no armário do wc do que eu; outros nem sequer usam um hidratante quando fazem uma tatuagem por receio de perderem a masculinidade.

A sociedade passou anos e anos e anos a tentar normalizar tudo para que fosse mais fácil, não sei, existir? Sim, dá-nos jeito que haja tamanhos de roupa normalizados – mas todos sabemos como um fato à medida é que nos enche... as medidas! E o gosto! Tudo foi normalizado, codificado, categorizado, arrumado em gavetas, etiquetado. De vez em quando a natureza prega-nos partidas e quebra essa normalidade. Mais um exemplo: as doenças raras, com sintomas díspares de pessoa para pessoa e que tornam difícil de “etiquetar” e de investigar. Outro exemplo da saúde: confrontada com um problema que provoca a produção de insulina em excesso, o endocrinologista diz “sabe como é, não há assim tanta gente com este problema que justifique investigar e arranjar soluções. Aprenda a viver com isto.”

Resultado: vive-se uma espécie de ditadura da igualdade perante a qual dizer: “desculpe, mas eu acho que somos mesmo todos diferentes” é sinónimo de dizer “eu sou a favor da desigualdade”. E não é.

Defender a diferença é fundamental para mantermos a riqueza daquilo que nos torna seres humanos, cada um de nós único e irrepetível.

Calma, calma. Não ignoro que as mulheres tenham sido – e sejam ainda – discriminadas em várias áreas da sociedade, só pelo facto de serem mulheres. O rótulo “mulher” revelou-se um obstáculo para que muitas pessoas (humanas) pudessem ascender a cargos de direcção ou gestão, por exemplo. O que sinto é que ser mulher também não pode ser uma garantia de qualidade para o que quer que seja – e o contrário para os homens.

Quando leio sobre aquilo que se faz em nome do feminismo, gosto de pensar que estas batalhas que se travam têm um alcance maior: a defesa dos direitos das pessoas humanas (sim, esta é uma expressão que eu uso amiúde e com convicção). Contem comigo.

Quem tem unhas, só toca guitarra!


06 janeiro 2015

Como seria um filme porno realizado por Tim Burton...

Código da estrada


Bom dia. Levem a sério o estado do piso, diz-vos quem atacou a rotunda com demasiada virilidade e acabou a fazê-la em "marcha-atrás".

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«onde as mãos se liquefazem» - Susana Duarte

despojado de luz, o olhar das sereias
tornou-se abraço nunca dado, mar
salgado onde os sonhos não flutuam,
ser etéreo de horizontes estranhos.
despojado de luz, o olhar das mulheres,
onde as mãos se liquefazem: ausência.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

O estado das Urgências



Postais ilustrados do Butão

Lote de 3 postais ilustrados com figuras fálicas pintadas no exterior das casas, típicas do Butão.
Oferecidos pela Daisy e pelo Alfredo Moreirinhas para a minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)






05 janeiro 2015

«I love Texas» - Texas BBQ Thickburger

Com Hannah Ferguson e Paris Hilton.

«Caneta de aparo» - João

"No momento em que me preparo para mergulhar o aparo no tinteiro, para chupar a tinta para o cartucho que me alimentará a escrita por algum tempo, aproximas-te de mim e colocas as tuas mãos nos meus ombros, e comentas divertida que lá está o senhor doutor de volta das suas canetas, e se não podia escrever com esferográficas como toda a gente. Sorri, e pensei na tinta, como ela flui do aparo, deste aparo, e se enamora do papel, como o impregna e deixa uma marca forte, e de como a minha mão deixa uma caligrafia mais arrastada, num traço onde nem sempre se percebe tão bem onde a tinta termina, enquanto penetra as fibras do papel. As outras tintas são coisas que se depositam no papel, ficam em cima dele. Mas esta não, esta casa-se com o papel, entra nele, funde-se. Amor, disse, escrever com caneta de aparo é como quando fodemos. Não sentes como quando fodemos ficamos unos? Como explode o céu à volta? Como deslizamos? É a mesma coisa entendes? Podias foder com qualquer um, eu poderia foder com qualquer uma, mas isso seria apenas foder, assim como uma esferográfica é apenas o despejo de umas letras num papel qualquer. O que nós fazemos é mais requintado, é mais profundo, ultrapassa tudo. Fodermo-nos, disse-lhe, é como escrever com uma caneta de aparo. Sim, eu sei, respondeu-me, com esferográficas qualquer um sabe escrever, mas foder assim, só nós."
João
Geografia das Curvas

«respostas a perguntas inexistentes (291)» - bagaço amarelo

O Amor é um pudim

Quase ninguém pensa no Amor que está a viver como o Amor que está a viver, mas sim como o Amor que quer viver a vida toda. Toda mesmo, até ao fim. É sempre um problema, porque uma vida toda não cabe no presente. É demasiado grande, e mesmo que às vezes custe perceber que é assim, ainda bem que o é.
É que o Amor é um pudim. Quando sabe bem, depois da primeira colherada não queremos que ele acabe nunca mais. À medida que o vamos saboreando vamos também sofrendo por ele estar cada vez mais pequeno.
Um Amor acaba, outro Amor começa. O sabor pode nunca ser o mesmo, mas a intensidade certamente que o é. O truque é saber aguentar o tempo entre um e outro pudim, como quando se vai lambendo os restos que ficaram entre os dentes. A imagem talvez não seja a melhor, é verdade. Ainda assim é a mais real, porque o Amor também é saliva, bactérias e restos de comida.
Dos pudins que se comem, no entanto, pode haver um que dure mais tempo do que o normal. Diria eu, pelo menos. Quando não se quer mudar, aprenda-se a cozinhar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do Serro Ventoso

"Ai fazem-se?!"
Paulo M.