19 julho 2016

Os exuberantes e picantes anos 20

«The roaring twenties - a spicy pop-up book for adults only». Livro de 1984 com textos de Peter Seymour, design de Dick Dudley, engenharia de papel de Rodger Smith e Dick Dudley, e ilustrações de Borje Svensson.
Mais um excelente livro pop-up para a minha colecção.
















A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

18 julho 2016

Durex Play - «Shatter the cliches» (estilhaça os clichés)

Postalinho de Sintra

"Escultura de Luís Araújo, «manto da Rainha Santa Isabel», que faz parte da exposição pública com o tema «Rainhas e Sonhos», em Sintra."
Paulo M.




Eva portuguesa - «Sensualidade»

Estou deitada em cima da cama nua, a deixar-me embalar pela preguiça e sensualidade deste calor. 
Ligo a ventoinha num som suave e monótono que me desperta os sentidos. 
Uma gota de suor escorre-me por entre os seios. 
Entreabro lentamente as pernas. 
Sinto o fresco no meu sexo. 
Desço uma mão suavemente. 
Fecho os olhos. 
Penso em ti...

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«Educação sexual para adultos» - Chiara Ghigliazza



Via Voluptama

17 julho 2016

A minha página no Facebook foi cancelada... e pode ser mesmo eliminada

O motivo foi a publicação automática do post de hoje, «PI das brincadeirinhas». Normalmente, o que faço é remover os conteúdos que saem lá com imagens mais... fortes. Mas hoje não pude eliminar logo essa imagem... e eles fizeram-no. «Recorri» dessa decisão. Irão analisar e podem mesmo eliminar permanentemente a página...

"De momento, a tua Página não está visível no Facebook. Reparámos que o conteúdo publicado na tua Página não cumpre os Termos do Facebook e os Padrões da comunidade, pelo que a publicação da mesma foi cancelada. Estes Termos e Padrões ajudam a garantir que o Facebook permanece um ambiente acolhedor e respeitável.
O Facebook tem uma política rigorosa que proíbe a partilha de conteúdo pornográfico. Também impomos limites à nudez.
Se pensas que a publicação da tua Página foi cancelada por engano, podes recorrer desta decisão. Antes de recorreres, sugerimos que elimines da tua Página qualquer conteúdo desrespeitador. Tem em atenção que a tua Página é eliminada permanentemente se o teu recurso for negado.

Recorreste desta decisão (Hoje às 19:18)"




Eles andam aí



HenriCartoon

Luís Gaspar lê «Reparastes…» de João Garcia de Guilhade

Português moderno

Reparastes, donas, que no outro dia
o meu namorado, comigo falou
Como se queixava? Tanto se queixou
que lhe dei o cinto.
Dei-lhe o que podia:
e pede-me agora o que não devia.

Vistes (antes nunca tal coisa se visse!)
que à força de muito, muito se queixar,
fez-me da camisa o cordão tirar:
o cordão lhe dei: no que fiz tolice:
e o que pede agora, antes não pedisse.

Das minhas ofertas, João de Guilhade,
enquanto as quiser, não o privarei,
que muitas e boas, já dele alcancei;
Nem lhe negarei, minha lealdade.
Mas… de outras loucuras, tem ele vontade!

Português antigo

Vistes, mias donas, quando noutro día
o meu amigo comigo falou,
foi mui queixos’e, pero se queixou,
dei-lh’eu entón a cinta que tragía,
mais el demanda-m’or’outra folha.

E vistes (que nunca, nunca tal visse!)
por s’ir queixar, mias donas, tan sen guisa,
fez-mi tirar a corda da camisa
e dei-lh’eu dela ben quanta m’el disse,
mais el demanda-mi al, que non pedisse.

Sempr’haverá don Joán de Guilhade,
mentr’el quiser, amigas, das mias dõas,
ca ja m’end’el muitas deu e mui bõas,
des i terrei-lhi sempre lealdade,
mais el demanda-m’outra torpidade.

João Garcia de Guilhade
João Garcia de Guilhade foi um trovador português, nascido em Milhazes, concelho de Barcelos. Desenvolveu a sua arte poética em meados do século XIII. Apesar de ser reconhecida a sua capacidade e mestria poética, muita da sua produção tem um caráter brejeiro. É autor de poemas mordazes e célebres, como «Ai Dona fea, fostes-vos queixar», que vamos ouvir e coube-lhe introduzir o tema dos «olhos verdes» na poesia portuguesa, com «Amigos, non poss'eu negar».
Este poema faz parte do iBook “Coletânea da Poesia Portuguesa – I Vol. Poesia Medieval”
disponível no iTunes.
Transcrição do Português antigo para o moderno de Deana Barroqueiro.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«coisas que fascinam (193)» - bagaço amarelo

Hoje perdi as minhas chaves e atrasei-me a um encontro por causa disso. Tinha a porta de casa aberta mas sabia que, se saísse, não voltava a entrar facilmente. Infelizmente, o mundo não está virado para sairmos e deixar o que é nosso ao Deus-dará. Procurei nos bolsos das calças que tinha atirado para dentro da máquina de lavar, nas confusas estantes do meu quarto e no labirinto desarrumado da sala de estar. Nada. Demorei um quarto de hora a perceber que estavam no bolso do casaco que eu havia de vestir assim que saísse, talvez porque os lugares onde procurei primeiro fossem os mais óbvios.
Podemos perguntar também onde está o nosso Amor quando não sabemos dele. É legítimo. Às vezes o Amor é apenas algo que se perdeu e tudo o que se perde pode encontrar-se de novo. Se não pode, pelo menos faz bem acreditar que sim. Acreditemos que é uma questão de procurar, então. Mesmo que não seja, claro.
Cheguei atrasado porque tinha demorado a encontrar as minhas chaves de casa. Ela não se chateou, pelo menos a julgar pelo sorriso largo que fez assim que abriu a porta. Abraçou-me e deu-me a mão, como se eu precisasse de um guia para os dez metros que distanciam a porta de entrada da casa dela da sala. Depois largou-me como se larga um balão de ar quente e eu não voei. Fiquei ali, preso ao doce suor da mão dela.
Tirou-me um café com um fundo de aguardente, pôs música a tocar no velho rádio que conheço do tempo em que ela me dava a mão todos os dias e esticou as almofadas que adornam o sofá. O gato dela resmungou um pouco e depois assumiu a propriedade de uma delas. Ri-me. Ela também.
Ali, numa sala que já foi minha, procurei o meu Amor como se procura um objecto qualquer. Até o procurei nos olhos claros dela e nos cabelos que voavam em electricidade estática. Procurei-o em cada canto da memória, mas não o encontrei nestes lugares óbvios. Já não está lá.
Talvez esteja mais perto de mim, numa espécie de bolso de casaco que hei-de vestir outra vez um dia destes.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI das brincadeirinhas


Maitena - Condição feminina 36