Via mon ami Bernard Perroud
18 setembro 2017
José Clemente Orozco - mural «Cortés e a Malinche»
Mural na Escola de Santo Ildefonso, na Cidade do México. Malinche foi a intérprete, conselheira, amante e intermediária do conquistador espanhol Hernán Cortés.
17 setembro 2017
«respostas a perguntas inexistentes (366)» - bagaço amarelo
Um destes dias aproveitei um interregno da chuva para caminhar na praia. Desde a minha adolescência que falo do mar aos meus amigos como uma necessidade constante na minha vida e, mesmo que não o veja. preciso de saber que ele está ali. O Atlântico, digo.
Na verdade, para além do Atlântico, sinto o mesmo com alguns amigos e familiares. Posso não os ver durante algum tempo, mas preciso de saber que estão ali. Da mesma forma que os visito ou marco um café com eles de vez em quando para matar saudades, vou caminhar junto ao mar outras vezes pelo mesmo motivo.
O Inverno é a minha estação preferida para o fazer, talvez por as praias estarem desertas quando o tempo piora. Gosto do desconforto da areia molhada a entrar-me nos sapatos e de sentir a ameaça do mar a morrer devagar aos meus pés como se fosse um gigante que se aninha docemente quando me vê. Às vezes paro e olho para trás para ver as pegadas que deixo na areia a desaparecer com o vento e com a água. É um lugar comum, eu sei, mas lembra-me sempre as memórias da minha vida a diluírem-se no tempo que passou. E é então que elas vêm novamente à superfície.
Nesse dia, em que caminhava sozinho com o segredo do vento, reparei que alguém fazia o mesmo no sentido contrário ao meu. Era apenas um ponto escuro na areia a deslocar-se na minha direcção e agradou-me a ideia de que pudesse ser alguém com pensamentos similares aos meus. À medida que nos fomos aproximando, apercebi-me que era uma mulher. Os seus cabelos dançavam energicamente com o capucho de um casaco grosso e de vez em quando ela parava para olhar para trás. Tal como eu, talvez estivesse também a ver as sua próprias pegadas a desaparecer.
Quando finalmente nos cruzámos dissemos olá um outro e continuámos.
E se nos tivéssemos cruzado numa avenida qualquer da cidade? É claro que não nos cumprimentávamos e, muito provavelmente, nem reparávamos um no outro. Continuei com esta lucidez de que a aproximação a alguém só é possível com alguma intimidade e partilha. Neste caso concreto, a nossa partilha era o mar. A intimidade também.
Olhei para trás mais uma vez, já a alguns vinte metros de distância dela, e os nossos olhares cruzaram-se. Dissemos adeus um ao outro e continuámos cada um no seu percurso solitário.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Ou falta de pontaria?!
Patife
@FF_Patife no Twitter
16 setembro 2017
«Beijo» - Susana Duarte
beijar-te-ia os olhos,
se de ti se aproximassem as pálpebras e,
no ímpeto da proximidade,
pudesse encostar, a ti, o rosto.
seria a impulsividade do abraço,
o moto da vida e o caminho-espaço
onde o tempo se estreita
e se torna infinito. a infinitude
onde te abraço, é a cor púrpura
do peito e a negação da solidão.
alma.
nesta cor onde navegas,
habita uma ave, livre,
a paixão calma,
nomeada, dita, entretecida
nos momentos onde risos e lágrimas
se enleiam nos gestos
e se tornam eternidade em nós.
beijar-te-ia.
suave melopeia de quatro olhos
que se navegam.
urze viva.
beijar-te-ia o centro navegante das noites
e saberia se as aves
cantam em dueto.
ouviria as doces notas do teu canto.
pudesse eu encostar, em ti, os olhos
que tudo ouvem. esses, residem
no peito, escavado de doces memórias,
onde é nosso o sorriso
da lua.
beijar-te-ia. e saberias que é nosso o riso.
pudesse eu
saber das noites inscritas no tempo
onde não há tempo para ser
só.
não há tempo para ser só.
há tempo, apenas, para sermos
dois. um. eternidade inscrita no espaço
das estrelas. claras,
luzentes, belas. sabemos de nós,
e sabemos do peito. sabemos
do corpo, finito, estreito,
conjugado a dois nas noites de chuva.
beijar-te-ia.
apenas isso sei.
declino em ti a maré.
e tudo o que és,
é aquilo que sei. do mundo,
nada mais importa.
a vida vive em ti.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook
se de ti se aproximassem as pálpebras e,
no ímpeto da proximidade,
pudesse encostar, a ti, o rosto.
seria a impulsividade do abraço,
o moto da vida e o caminho-espaço
onde o tempo se estreita
e se torna infinito. a infinitude
onde te abraço, é a cor púrpura
do peito e a negação da solidão.
alma.
nesta cor onde navegas,
habita uma ave, livre,
a paixão calma,
nomeada, dita, entretecida
nos momentos onde risos e lágrimas
se enleiam nos gestos
e se tornam eternidade em nós.
beijar-te-ia.
suave melopeia de quatro olhos
que se navegam.
urze viva.
beijar-te-ia o centro navegante das noites
e saberia se as aves
cantam em dueto.
ouviria as doces notas do teu canto.
pudesse eu encostar, em ti, os olhos
que tudo ouvem. esses, residem
no peito, escavado de doces memórias,
onde é nosso o sorriso
da lua.
beijar-te-ia. e saberias que é nosso o riso.
pudesse eu
saber das noites inscritas no tempo
onde não há tempo para ser
só.
não há tempo para ser só.
há tempo, apenas, para sermos
dois. um. eternidade inscrita no espaço
das estrelas. claras,
luzentes, belas. sabemos de nós,
e sabemos do peito. sabemos
do corpo, finito, estreito,
conjugado a dois nas noites de chuva.
beijar-te-ia.
apenas isso sei.
declino em ti a maré.
e tudo o que és,
é aquilo que sei. do mundo,
nada mais importa.
a vida vive em ti.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
La vie en rose
Revista francesa de 1902, erótica e de humor sobre os costumes da época, com ilustrações interessantíssimas.
Junta-se a muitas outras revistas de época, na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Junta-se a muitas outras revistas de época, na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
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15 setembro 2017
Eva portuguesa - «Broncos»
É domingo à noite e estou eu calmamente no relax, apesar de ter os telefones ligados. Toca um por volta da uma hora da manhã e oiço muitas vozes com um sotaque terrivelmente acentuado do Norte. Um pergunta:
- Olha lá, não queres bir ter cunosco a Santos?
Respondi:
- Boa noite. Querido,eu não faço domicílios.
- Oh, mas a gente bai-te pagar o táxi - diz o bronco, como se estivesse a anunciar que me oferecia 500€ a mais!...😒🙈.
Voltei a repetir que não fazia, que tenho apartamento, ao que o FDP diz:
- Oh! Que sá fouda!
😒😒😒😒
Eu vou muitas vezes ao Porto (daqui a uma semana estou lá novamente 🤗) e as pessoas lá não são assim!
Estes são mesmo broncos, daqueles tipo cromos idiotas, burros e mal 🤧 educados que ninguém quer ter na coleção...😏
Kisses with misses.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
- Olha lá, não queres bir ter cunosco a Santos?
Respondi:
- Boa noite. Querido,eu não faço domicílios.
- Oh, mas a gente bai-te pagar o táxi - diz o bronco, como se estivesse a anunciar que me oferecia 500€ a mais!...😒🙈.
Voltei a repetir que não fazia, que tenho apartamento, ao que o FDP diz:
- Oh! Que sá fouda!
😒😒😒😒
Eu vou muitas vezes ao Porto (daqui a uma semana estou lá novamente 🤗) e as pessoas lá não são assim!
Estes são mesmo broncos, daqueles tipo cromos idiotas, burros e mal 🤧 educados que ninguém quer ter na coleção...😏
Kisses with misses.
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
«Lavou, Tá Novo - Episódio 05: “Onde cabem três...”» - Humores Urbanos
Conheça Maria Clara, a ex-namorada de Leonardo que o trocou 15 anos atrás por Rafael. Agora ela se une a Gisele e Oswaldo e todos estão sem lugar para ficar...
Talvez Leonardo tenha uma solução, mesmo que não goste da ideia.
Talvez Leonardo tenha uma solução, mesmo que não goste da ideia.
Reencontra-a-Funda!
20º Encontra-a-Funda
Coimbra - 21 e 22 de Outubro de 2017
Estão abertas as inscrições.
Está tudo explicadinho na página do evento, no Facebook, mas também podes enviar-me um e-mail.
Coimbra - 21 e 22 de Outubro de 2017
Estão abertas as inscrições.
Está tudo explicadinho na página do evento, no Facebook, mas também podes enviar-me um e-mail.
#expectativismo - Ruim
Aos 16, para me apaixonar, só precisavam de respirar e ter uma temperatura corporal aceitável:
Ela: "Olá..."
Eu: "Amo-te para todo o sempre! Devíamos usar uma aliança como símbolo do nosso amor."
Ela: "Eu conheci-te ontem..."
Eu: "Eu sei. Devíamos ter ido logo à ourivesaria..."
Aos 22, para me apaixonar, só precisavam de... bom, não precisavam de muito mais:
Ela: "Eu sou uma galdéria de primeira apanha, uma vadia, uma vaca, provavelmente tenho algumas doenças venéreas mas já devem ser tantas que se anulam umas às outras. Ando sempre assim vestida, pronta a ganhar 20€ em qualquer esquina que pare para fumar um cigarro. Mas faço tudo..."
Eu: "O que é tudo?"
Ela: *segreda ao ouvido e aponta para várias zonas do corpo*
Eu: "És tu a mãe dos meus filhos. Amo-te, Nadya!"
A partir dos 30, para me apaixonar, só preciso disto:
Eu: "Podes por favor não me tentar matar durante a noite e deixar-me ser um animal à mesa? Isto inclui comer com as mãos e limpar a boca à toalha. Gosto bastante de andar de pijama o dia todo pela casa e vou coçar o rabo várias vezes quando estiver parado em frente ao frigorífico a escolher o que vou comer pela 2ª vez depois de jantar. Posso fazer um esforço para não me peidar que nem um Lorde de Westeros ao pé de ti, mas não prometo nada. Não vejo as tuas séries de merda, tu não vês as minhas e nem vamos comer o juízo um ao outro para as vermos em conjunto. Eu vejo porno. Bué. Eu sei que os namorados das tuas amigas não vêem porno, porque são todos muito bons e perfeitos e eu sou o filho da Rainha de Inglaterra. Mas as coisas são como são *arroto*"
Ela: "Pode ser..."
Eu: "Ok, então vamos lá ver como isto corre..."
Ruim
no facebook
Ela: "Olá..."
Eu: "Amo-te para todo o sempre! Devíamos usar uma aliança como símbolo do nosso amor."
Ela: "Eu conheci-te ontem..."
Eu: "Eu sei. Devíamos ter ido logo à ourivesaria..."
Aos 22, para me apaixonar, só precisavam de... bom, não precisavam de muito mais:
Ela: "Eu sou uma galdéria de primeira apanha, uma vadia, uma vaca, provavelmente tenho algumas doenças venéreas mas já devem ser tantas que se anulam umas às outras. Ando sempre assim vestida, pronta a ganhar 20€ em qualquer esquina que pare para fumar um cigarro. Mas faço tudo..."
Eu: "O que é tudo?"
Ela: *segreda ao ouvido e aponta para várias zonas do corpo*
Eu: "És tu a mãe dos meus filhos. Amo-te, Nadya!"
A partir dos 30, para me apaixonar, só preciso disto:
Eu: "Podes por favor não me tentar matar durante a noite e deixar-me ser um animal à mesa? Isto inclui comer com as mãos e limpar a boca à toalha. Gosto bastante de andar de pijama o dia todo pela casa e vou coçar o rabo várias vezes quando estiver parado em frente ao frigorífico a escolher o que vou comer pela 2ª vez depois de jantar. Posso fazer um esforço para não me peidar que nem um Lorde de Westeros ao pé de ti, mas não prometo nada. Não vejo as tuas séries de merda, tu não vês as minhas e nem vamos comer o juízo um ao outro para as vermos em conjunto. Eu vejo porno. Bué. Eu sei que os namorados das tuas amigas não vêem porno, porque são todos muito bons e perfeitos e eu sou o filho da Rainha de Inglaterra. Mas as coisas são como são *arroto*"
Ela: "Pode ser..."
Eu: "Ok, então vamos lá ver como isto corre..."
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