10 novembro 2017

Salma Hayek dança no filme «Dusk Till Dawn»

MAAAADEEEIRAAAAA!

Crica para veres toda a história
Esquadrejamento *


* esquadrejamento - acto ou efeito de esquadrejar; corte ou disposição em esquadria

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«O nosso tango» - Mário Lima


Encostado a uma coluna, com um cigarro nos lábios, cigarro que usava só nesses momentos para uns instantes de “banga”, de estilo que a puberdade nos dá mesmo que não tenhamos estilo nenhum, mas é próprio da idade, olhava para mais um rodopio no salão onde tantas vezes nos víamos. Outros pares dançavam mas eu não tinha pressa. Sabia que mais tarde ou mais cedo iríamos enlaçar nossos braços.

A esperança que domingo a domingo me fazia ali voltar era que não havia volta a dar que não fossem as voltas ao som de uma música que nos enlevasse, nos transportasse para um outro lugar e nada mais contaria.

Os rapazes de longe faziam sinais para as “garinas”, de longe e não de perto não fossem levar uma “tampa” e seria um riso perdido e de chacota entre os amigos por esse motivo.

As músicas continuavam e eu sem me mexer, aguardando a música ideal.

Aqui e ali os pais olhavam as filhas não fosse o “marmanjo” aproveitar-se da ocasião, afoitar-se demais e colocar a sua perna entre as pernas da menina, ou encostar-se aos peitos e mesmo com “travão” não havia forma de evitar o aperto. O olhar severo do pai tudo dizia, nada de excessos!

De repente ouvem-se os acordes de um tango, Apago o cigarro, dirijo-me para o local onde te encontravas com as tuas amigas.

Faço-te sinal com a cabeça, dirigiste-te a mim, enlaçamos os braços, tudo parou e o salão foi só nosso.

Mário Lima
Blog O sonhador

#zzzzzzzz - Ruim

Estive à conversa com um amigo meu que foi pai há coisa de uns meses. Inocentemente, disse que esta última noite eu tinha dormido quase 11 horas. Se vissem a expressão do homem, como se eu lhe tivesse acabado de dizer que tinha traçado duas gémeas de 19 anos.
- "11 horas? Tu dormiste 11 horas?"
- "Ya. Deitei-me ontem, passei a mão na almofada só para a sentir e depois foi sem parar.... a noite toda"
- "Como é que aguentas tanto?"
- "Epá, ó Nuno eu não me quero aqui gabar..."
- "Opá, diz lá. Isto um gajo é pai e sabes que o dormir não é nada como antes. Nem com a mesma regularidade, se é que me entendes."
- "O truque é teres o estore todo fechadinho para não deixar entrar um raio de luz que seja. Havias de ver-me. Ali. 11 horas, sempre a dar, troca de posição, bocejo, coço o rabo, viro-me para o outro lado, bufo-me, ronco que nem um porco e é até não poder mais"
- "F#da-se, sinto falta de uma cena assim. Estou tão excitado que tenho de me ir aliviar sozinho. Vou dormir aqui neste cadeirão dez minutos, vê lá se vem aí alguém!"
- "Tu és um tarado, Nuno..."

Ruim
no facebook

09 novembro 2017

«Amante no armário» - Porta dos Fundos

Falo de sexo

Pela escrita, e também pela conversa, se nota quem escreve mais do que aquilo que pratica. Não pela ausência ou fartura da sua prática, mas mais pela desfasagem entre o desejo e o acto consumado. A verborreia alimenta-se da necessidade de preencher o vazio que só quem escreve sente, lá bem no fundo. Este desejo profundo que cria prosadores e poetas, quer sempre mais. Numa insatisfação permanente, qual musa, usa e abusa das palavras como escape para o acto que não lhe enche as medidas. Que fica sempre aquém do desejado. Que se desculpa com a ausência, com a distância, com a correspondência, com o desencontro. E por isso fala com o resto do corpo... A satisfação contenta, coarcta, colmata, faz perigar o desejo. A insatisfação não consegue, mas tenta. Não acalma, mas perturba. Não conserva, mas corrói. Não assimila, mas chupa do corpo, intumescendo a vontade...

Pompom inapropriado com tufo aparado

Pompom em lã com formato de vulva, feito de forma artesanal.
Faz parte de um trio de coisinhas fofas na minha colecção.
A autora enviou instruções para repor o "formato agradável" dos pompons, depois de desembalados.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Espelho, espelho meu…» - Adão Iturrusgarai


08 novembro 2017

De todas as vezes

De todas as vezes que foste meu, eu nunca fui tua. Lamento mas nunca senti em ti, a tua alma para te poder dar a minha.
Tinhas apenas o meu corpo, davas-lhe uso com precisão e desafiavas-me como se fosses melhor que eu no sexo.
"Se eu sou melhor a foder? Só o facto de enalteceres a tua pobre foda, faz da minha a da tua vida como aliás mencionaste várias vezes". Os homens podem vir a cheirar a torradas queimadas e o seu sorriso , os seus gestos me derreterem e podem vir com Maserati e dar meia volta. Eu escolhia, hora e pessoa, todos sabiam disso e obedeciam...

E eras tu que ias às estrelas, eu era a estrela

As medidas das candidatas a Miss Peru 2017

Na última edição da Miss Peru 2017, as candidatas transmitiram mensagens no momento em que supostamente diriam as suas medidas corporais, com o objectivo de agitar consciências e alertar para a violência contra a mulher. Violência física, psicológica, abuso e assédio sexual, exploração sexual, tráfico humano e violência contra menores.

Postalinho do pomar

"Uma pera roliça"
Patrícia Vicente


Firme e hirto



07 novembro 2017

«não me sorrias» - Susana Duarte

não me sorrias a partir de onde as gárgulas
denunciam medos,
nem de onde os olhares são furtivos
segredos
de quem, entre si e o outro,
esconde as mãos,

frenesim oculto

dos olhos pousados além da vontade
e do desejo.

não me sorrias, se é a partir delas
que me olhas, prisioneiro
dos rituais, com receio dos dedos
todavia entrelaçados

de solidão
e de folhas caídas.

não me sorrias, se no sorriso escondes
as veias,
esqueces as vidas,
prolongas ameias e te escudas no norte,

prisioneiro da morte
das mãos vividas, entrelaçadas
de sol, onde reside a loucura amena

da paixão.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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