23 dezembro 2017

Apanhado, o Pai Na tal...

«s/t» - Susana Duarte

porto-pranto-praga:
eis a dúvida,
a dor,
o poema.

talvez o Amor,
talvez, apenas,
fonema.

verbo inacabado,
ou verbo por parir:
flores azuis,
água,
devir.
ser onde
(ou o que ) não sou:

água do poema,
asa que findou.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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"Vou-me deixar tentar pelos frutos de mar..."

Menu de copo de água de casamento, de 1988, ilustrado com uma gravura de Raymond Peynet, com publicidade ao Champagne Perrier.
Mais uma demonstração, na minha colecção, da faceta erótica de Raymond Peynet, autor dos célebres «namorados de Peynet», dos anos 60.




A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Cantora egípcia é condenada a dois anos de prisão por este videoclip

Um tribunal do Cairo condenou a cantora egípcia Shima Ahmed por "incitação à devassidão, libertinagem e alusões sexuais explícitas" no seu videoclip «Andi Zorof». O director, Mohamed Gamal, recebeu a mesma condenação. Ambos ainda terão que pagar uma multa de 10.000 libras egípcias. Ambos podem recorrer da sentença.
"Apreciem o vídeo e digam-me o que tem de criminoso", tinha eu preparado... mas, entretanto, foi removido. Deixo-vos este «resumo» de qualidade duvidosa, mas que já dá para ter uma ideia do que deu direito a uma pena de 2 anos de prisão. Isto, se entretanto não removerem também isto.

22 dezembro 2017

Luís Gaspar lê «Soneto VII» de Florbela Espanca

São mortos os que nunca acreditaram
Que esta vida é somente uma passagem,
Um atalho sombrio, uma paisagem
Onde os nossos sentidos se poisaram.

São mortos os que nunca alevantaram
De entre escombros a Torre de Menagem
Dos seus sonhos de orgulho e de coragem,
E os que não riram e os que não choraram.

Que Deus faça de mim, quando eu morrer,
Quando eu partir para o País da Luz,
A sombra calma de um entardecer,

Tombando, entre doces pregas de mortalha,
Sobre o teu corpo heróico, posto em cruz,
Na solidão dum campo de batalha!

Florbela Espanca
Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, é uma conhecida e popular poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotismo, feminilidade e panteísmo.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«No escurinho do cinema» - Mário Lima


Entro no cinema ainda as luzes estavam acesas. Procuro o meu lugar e os meus olhos pousaram em ti. Tua pele morena contrastava com a palidez do resto das raparigas que contigo estavam. Teu olhar fixou-se no meu quando caminhava pela fila que me colocou a teu lado.

No palco, a cortina grossa que tapava o ecrã, foi-se abrindo enquanto o sonoro anunciava o início do filme.

Os mais atrasados precipitavam-se em direcção a seus lugares. Olhei-te de soslaio. Os teus olhos olhavam a tela, as primeiras imagens eram projectadas na cortina que continuava a abrir lentamente. A luz ia diminuindo de intensidade, ficando as luzes de emergência acesas ainda que mortiças. A escuridão era quase completa. O filme começou, as pessoas iam-se calando depois de muitos “shiuuuu” da assistência.

Senti a tua perna a encostar-se à minha. Pensava que, porventura, tivesse sido um pequeno descuido teu. Mas insistias, comecei a sentir-me desconfortável sem saber o que fazer.

A tua mão deslocou-se através do apoio, deixaste-a cair sobre a tua saia e devagar foste-a colocando sobre a minha. Eu suava, as emoções foram-se apoderando de mim. O desconforto subia à medida que me puxavas a mão e a colocavas na tua perna.

A minha mão subiu, a tua saia, curtíssima, não impedia coisa nenhuma. Os meus dedos entraram na tua cuequinha e sentiram a humidade do teu sexo. Enquanto o filme decorria, senti o teu arfar, lentamente fui acariciando o teu pontinho sensível. Tive receio que as tuas colegas se apercebessem do que se estava a passar, mas tu sossegaste-me com os olhos brilhando no escurinho do cinema.

Depois senti em ti o relaxar, tinhas conseguido o orgasmo. Devagar fui retirando a mão. Ajeitaste a saia, a tua mão deslizou pelas minhas calças e…

As luzes acenderam-se, levantei-me e saí. Não me lembro, até hoje, que filme estava a decorrer no ecrã!

Mário Lima
Blog O sonhador

#ondeéqueelesandam? - Ruim






A minha avó Lucinda sempre me avisou para ter cuidado nas danceterias porque havia pessoas a meter coisas nas bebidas.

Deve ter sido fresca, a velha.

Ruim
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21 dezembro 2017

«Voyeur» - Porta dos Fundos

Mais activo

A entrada numa actividade física organizada melhora a circulação sanguínea e aumenta o apetite. O homem é estimulado não só pela melhoria do seu próprio corpo, mas também pela melhoria na forma dos corpos alheios. E mesmo em actividades mais ou menos organizadas notam-se melhorias. Talvez pelo incentivo de, objectivamente, perseguir objectivos, as actividades melhoram substancialmente. Para as restantes poderá haver um incentivo extraordinário de fuga e de manutenção da boa forma. E na hora de regressar a casa, alguém terá que pagar com o corpo...

«Homens e livros» - Adão Iturrusgarai