05 março 2018

Postalinho do calhau contente

"Equilíbrio e erotismo, muito pertinho de Castelo Branco."
Fernando Oliveira



«Pequena grande crônica sobre o esforço vil para manter relacionamentos falidos e a importância do sexo no casamento» - Cláudia de Marchi

"A gente tá lutando para o nosso casamento dar certo". Filhinhos, seguinte: relacionamento tem que ser "facinho"! Tem que ter cuidado mútuo, bom humor, diálogo, tesão, aquelas fodas fora da cama para sair da rotina, entrosamento!
Não tem que ter mimimi terapia de casal, mimimi mènage ("não tenho tesão na minha mulher, vou colocar outra no meio, porque um processo de separação é muito dispendioso")! Casamento tem que ser bom, divertido e prazeroso para ambos!
Se for pra ser "lutado" é porque a "coisa" morreu e você tem preguiça de enterrar, não por amor, mas para não ferir o ego, afinal, o que será das suas redes sociais sem as fotos da "família linda que Deus lhe deu"?! Ah, como se vive de aparência neste mundo fútil pós-moderno!
Querida, se for pra passar sufoco dobra lençol de elástico, corre uma maratona, corta os carboidratos da dieta, relação é para ser simples e prazerosa, chega de romantizar a "luta" para manter-se ao lado de alguém pisando na sua dignidade e amor próprio por puro orgulho e egocentrismo!
Quem ama não deixa o outro de lado. Quem ama percebe pela voz e até pela digitação se o outro está feliz ou triste, incomodado ou animado. Quem ama tenta agradar. Quem ama seduz.
Quem ama não esquece que tem um parceiro gostoso na cama só porque tem duas crianças (geradas por intenção própria!) dormindo no quarto ao lado. Quem ama presta atenção no outro.
Por outro lado, quem tem orgulho ferido, inventa que ama por covardia e medo da solidão na hora do necessário rompimento.
Amor é cuidado, atenção, prezar, preocupar-se com o bem estar, além da paixão e tesão, sim senhor! À vocês que dizem que "sexo não é tudo numa relação" comecem a dizer que fidelidade e lealdade também são desimportantes, porque em relacionamento sem tesão vai ter traição sim!
"Nada" é "tudo" num relacionamento! Há de existir sintonia, cuidado e dedicação mútua, ausência de comodismo, loucuras em comum, desejos em comum, libido em comum, parceria, predileções, valores, amizade! Mas, não sejam hipócritas: casamento sem sexo é amizade, logo ter um cão ou gato sai mais barato e pode ser bem mais divertido, além de digno.
Parem, portanto de propagar essa ideia imbecil e machista de que homem tem mais libido do que mulher! Acontece que a mulher na sociedade patriarcal é educada pra "catar" um marido e parir.
Dai vem fraldas, amamentação, preocupação com o lar e filhos (aliás, você "marido libidinoso", ajuda sua parceira nas tarefas cotidianas?), mudança hormonal, além do fato lá no início comentado: na busca pela aliança e do "até que a morte os separe" tem mulher assexual (já escrevi aqui sobre os assexuais) se fazendo de tarada pra "engatar" o macho e depois perde a razão do disfarce e só transa pra cumprir tabela! Simples!
Assim como tem homem sem ou com apetite sexual reduzido, existem mulheres assim! Tem macho que prefere encher a cara, cheirar, chegar em casa broxa e dormir! Tem gente para todos os gostos neste mundo, a questão é saber qual é o seu e viver bem, ao invés de "suportar" uma vida merda por comodismo!
A gente fode muito bem sem amar, mas depois que ama cada foda é uma demonstração de amor! De corpo e alma! Sexo é divino e, sim, independente do amor, ah, mas o amor? Depende do sexo para ter graça! Oh, se depende!

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

Deslumbrante!


04 março 2018

«coisas que fascinam (209)» - bagaço amarelo

Gostava de me conhecer melhor. Às vezes parece que sou um pouco tímido e não me digo tudo o que me passa pela cabeça, sobretudo no que diz respeito ao Amor. Não é bem vergonha, é timidez. É como se eu pensasse que não tenho estofo suficiente para aguentar o que eu tenho para me dizer.
Hoje convidei-me para tomar um café, num sítio onde costumo ir e gosto muito. Aceitei, mas acabei por não me dizer nada do que tinha para me dizer. Na verdade, o facto de não estar disponível para me ouvir contribuiu um bocado. Aliás, das poucas coisas que me disse foi isso mesmo: "se vieste aqui para não ouvir, mais valia não teres vindo!". Mas não me liguei.
Sinto-me um bocado distante de mim mesmo, como se a minha relação comigo estivesse por um fio. Quando a comunicação termina é porque terminou tudo. Depois do café perguntei-me "já bebeste o café e posso ir embora?". Estava para não responder, mas acabei por concordar. Afinal de contas, não sou o único com quem isto me acontece.
Há uns tempos convidei a M. para um café e foi igual. Ela ficou o tempo todo em silêncio, a olhar para mim como se a sua presença fosse ao mesmo tempo um favor e um incómodo. Ia perguntar-lhe como anda, mas tive a sensação que não queria responder. Igualzinho a hoje, portanto.
Nunca me perguntei, nunca me respondi.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Hi Yo Silver



Aquele chapéu de cowboy acima do torso descoberto, tal e qual o Brad Pitt no Thelma e Louise, com uma mão pousada na fivela do cinto era por demais electrizante para só me apetecer amarinhar, não pelas paredes, mas  mesmo pelo espécimen em causa.

Vai daí que avancei para a fivela e olhos nos olhos, abri-a sem obstrução nenhuma. Abri o fecho éclair com muito cuidadinho porque tal como supunha não havia nada mais a proteger a cobra ali guardada. Apeteceu-me assobiar embora tenha antes metido ambas as mãos pelas calças abertas já que é sabido que é uma forma mais eficaz de endurecer bichos sem coluna vertebral. E assim amassei muito bem tudo quanto convém para fazer a cobra levantar e baixei-lhe as calças de ganga para ganhar para a minha boca um melhor acesso. E confidencio-vos que tanto ele como o seu animal de estimação estavam de pé como as árvores, enquanto eu me segurava com ambos os joelhos no chão e as mãos a escalar.

Um pouco depois, quando senti que algo podia tombar e ele estaria quase a gritar Hi Yo Silver, empunhei o meu melhor sorriso, deitei a língua de fora e disse-lhe Faz de mim a tua dodot!

Deveria ser um mini-jantar?!

Não tenho muita pachorra para ter de as levar a jantar antes de pinar. Um gajo com uma picha deste tamanho não devia ser sujeito a isto.

Patife
@FF_Patife no Twitter

03 março 2018

«silêncio» - Susana Duarte

aconchego o silêncio
nas palavras sossegadas
pelas lágrimas da noite

encontro-o, cartografado
nas linhas vorazes do voo
sempre que escreves

vozes sobre a pele

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Pin-up artist

Livro de banda desenhada de Noe, o autor de «The convent from hell», um clássico da banda desenhada erótica. Juntam-se na minha colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Energia eólica - Mrzyk & Moriceau

02 março 2018

Postalinho de Florença - 8

"Scamorzone. Queijo italiano de leite de vaca.
Queijo bem erótico (com várias leituras)."
Paulo M.


«A Comme Amour» - Mário Lima




"Sinto em Ti o Amor Entre Lençóis Amarrotados"

Mário Lima

#vidismo - Ruim

"Vai lá fazer as tuas coisas que eu vou à minha vida" ou algo parecido. Quando uma mulher diz uma coisa deste género, raramente a questionamos. Não queremos saber. Assumimos - mal ou bem - que ela vai fazer coisas que qualquer ser humano faz. Ter com as amigas para meter a conversa em dia, ir às compras ou arranjar a unhaca. Ora, quando nós homens cometemos a loucura de dizer "vai lá fazer as tuas coisas que eu vou à minha vida" todo um conjunto de cenários catástroficos surgem em milésimos de segundo naquela mente feminina e, por essa mesma razão, podem perguntar "mas vais fazer o quê?" e um gajo sente-se perseguido. E com toda a razão, f#da-se. Porque, vida que não seja para ir comer duas gémeas de 19 anos equipadas à jogadoras de volley com champanhe e cocaína nas mamas seguido de entrecosto com batata frita e tinto é decente para um homem. Nenhum homem vai meter a conversa em dia com os amigos. Nenhum homem vai às compras quando "vai à sua vida". Ou muito menos vai arranjar as unhas.

Nós fazemos merda quando vamos à nossa vida.

Elas têm razão.

Ruim
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