18 março 2018
Ponto de marmelo
O marmelo tinha uns trinta anos mas vociferava para o comensal da frente, segurança de profissão como ele, que a honra é que é o ponto. Contava em decibéis largos que tinha sido abandonado pela mulher com quem vivia há bastantes meses e infernizava-o ela ter feito questão de lhe comunicar a coabitação com outro, logo a ele, que era como o seu paizinho que nunca traíra a sua mãe, que ele bem o sabia, embora já ela, coisa que ele nunca lhe perdoaria, se tivesse metido na cama com outro homem que não o seu paizinho, mesmo tendo ela pedido desculpa e recordado que o pai lhe batia como ele vira tantas vezes e que não o podia abandonar a ele e à irmã mas que uma mulher não era de ferro e tinha de ter alguma alegria na vida.
O casaco do uniforme militarizado estava nas costas da cadeira e ele cofiava o cabelinho de um milímetro de altura enquanto desfiava o rosário de lhe ter tocado a ele uma coisa daquelas, a ele que nunca gostara de pretos desde os tempos da escola da Damaia e que teve logo de ir meter-se com uma brasileira. Branca claro, mas brasileira que só porque encontra um gajo mais giro o deixa logo apeado, a ele um defensor da monogamia, quanto mais não seja por causa das doenças.
Levou a mão à face para conferir a pele escanhoada e virou-se ostensivamente para a minha bica lhe ler o futuro, quiçá nas borras do café e lá tive de lhe responder que o futuro só podia ser um penso higiénico, branquinho e absorvente mas tão cheio de coisas putrefactas e fétidas que o mais ecológico seria reciclá-lo.
17 março 2018
«o teu corpo» - Susana Duarte
o teu corpo
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook
é no teu corpo
que incendeio o verbo
e colho
a tempestade
das mãos
descubro, nelas,
o latejar
das luzes
secas
as palavras
e o corpo
o meu,
na memória nua
com que te deito
os braços
e me cubro
e vivo.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Postalinho da Feira sem Regras
"Na Feira sem Regras, em Santa Clara (Coimbra), mostra-se que há alguns cafés que fazem melhor companhia do que outros."
Paulo M.
Paulo M.
A autobiografia de uma pulga
Romance erótico de autor anónimo.
Uma pulga coscuvilheira junta-se a outros clássicos do erotismo na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Uma pulga coscuvilheira junta-se a outros clássicos do erotismo na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
16 março 2018
A senhora à beira da A1
Ao escavar os arquivos fotográficos, deparei com esta fotografia que estava esquecida num canto ciberneticamente mais poeirento, registada no decurso de um pequeno périplo pela Croácia.
Mas o que significa afinal isto e onde se situa?
Basicamente, quem viajar pela auto-estrada A1 que liga Split a Zagreb e decidir que precisa de relaxar ou -porque não?- eventualmente de fazer um pouco de exercício, pode sempre parar na área de serviço de Krka e visitar esta senhora, que se encontra todos os dias no mesmo sítio, à beira da estrada. Aliás, ao que parece, é visitada todos os dias por dezenas e, nos dias mais movimentados, até por centenas de viajantes.
Trata-se, evidentemente da Gospa od Puta, Nossa Senhora da Boa Viagem em bom português, e é a maior estátua mariana deste país dos Balcãs. Do sítio onde se encontra tem-se uma vista fantástica sobre o estuário do Brljansko.
Foto tirada daqui
#pichaférica - Ruim
Tomem lá parte do texto do standup de 28/10/2017 na Mundet Factory
(...) Mas o verdadeiro terror vem a seguir nos balneários quando nos despimos. Estar nu ao pé de um gajo do crossfit é a coisa mais descolhoante do mundo. É que até a picha daqueles gajos é musculada e tem um six pack. A minha picha não é gorda e deveria ser, segundo a mesma lógica *transição*
Amanha já estou a ver a cena: vocês todos na página a dizer que eu olho para as pichas em balneários. “Txiiii… o Ruim curte bué picha!”. Eu gosto de dizer picha. É engraçado, não é? “PICHA”. “PICHOTA”. Tem uma fonia agradável à boca. Eu tenho uma picha. Não tenho uma pila. Os miúdos é que têm pilas. Também não tenho um C#RAAAAAAAAAAAAALHO. Isso é muito agressivo. O meu pénis não é um c#ralho, o meu pénis é uma picha.
Não costumo olhar para pichas em balneários. Elas andam lá. Há uma diferença entre VER uma picha e OLHAR para uma picha. Olhar para uma picha é observar a picha, ok? É tipo *gesto de observação* hmmm.. bela picha!”. É algo intencional e tem um objectivo. Ver uma picha é completamente circunstancial. Algo do momento. E quando ocorre, é devido à visão PICHAFÉRICA. Todos os homens a têm. Num balneário as regras são simples: frente a frente, olhos nos olhos. Fixos *gesto*. Não descola. Aqui em baixo, as sardas *gesto*. Olhos nos olhos, ok? À nossa volta estão dezenas de pichas e nenhum de nós está a olhar para elas, mas a visão pichaférica está a vê-las. Não há nada a fazer em relação às pichas.
Eventualmente e por acidente, num desses momentos se virmos uma picha fabulosa, o nosso olhar pode descair. Há por aí muita picha fantástica e… nós olhamos e “uau.. que picha fantástica”. E não podemos elogiar. É algo que tem de ficar em segredo. O que eu adoraria de dizer a amigos meus que adoro as pichas deles. São pichas fantásticas.
Uma picha fantástica. Algo que eu nunca disse a ver porno... *transição*
Ruim
no facebook
(...) Mas o verdadeiro terror vem a seguir nos balneários quando nos despimos. Estar nu ao pé de um gajo do crossfit é a coisa mais descolhoante do mundo. É que até a picha daqueles gajos é musculada e tem um six pack. A minha picha não é gorda e deveria ser, segundo a mesma lógica *transição*
Amanha já estou a ver a cena: vocês todos na página a dizer que eu olho para as pichas em balneários. “Txiiii… o Ruim curte bué picha!”. Eu gosto de dizer picha. É engraçado, não é? “PICHA”. “PICHOTA”. Tem uma fonia agradável à boca. Eu tenho uma picha. Não tenho uma pila. Os miúdos é que têm pilas. Também não tenho um C#RAAAAAAAAAAAAALHO. Isso é muito agressivo. O meu pénis não é um c#ralho, o meu pénis é uma picha.
Não costumo olhar para pichas em balneários. Elas andam lá. Há uma diferença entre VER uma picha e OLHAR para uma picha. Olhar para uma picha é observar a picha, ok? É tipo *gesto de observação* hmmm.. bela picha!”. É algo intencional e tem um objectivo. Ver uma picha é completamente circunstancial. Algo do momento. E quando ocorre, é devido à visão PICHAFÉRICA. Todos os homens a têm. Num balneário as regras são simples: frente a frente, olhos nos olhos. Fixos *gesto*. Não descola. Aqui em baixo, as sardas *gesto*. Olhos nos olhos, ok? À nossa volta estão dezenas de pichas e nenhum de nós está a olhar para elas, mas a visão pichaférica está a vê-las. Não há nada a fazer em relação às pichas.
Eventualmente e por acidente, num desses momentos se virmos uma picha fabulosa, o nosso olhar pode descair. Há por aí muita picha fantástica e… nós olhamos e “uau.. que picha fantástica”. E não podemos elogiar. É algo que tem de ficar em segredo. O que eu adoraria de dizer a amigos meus que adoro as pichas deles. São pichas fantásticas.
Uma picha fantástica. Algo que eu nunca disse a ver porno... *transição*
Ruim
no facebook
15 março 2018
69 bem… dado!
Dado com um casal a praticar sexo oral reciprocamente.
Encontraram-se exemplos de dados com forma humana desde o Império Romano. Esta é uma reprodução de um dado antigo em marfim. Esta reprodução é moldada em resina para simular o marfim do original (na última foto).
Um bónus por ter encontrado o par de dados que procurava há muitos anos, foi ter descoberto este dado «69», que desconhecia e é - também - um esmero. Uma delícia na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Encontraram-se exemplos de dados com forma humana desde o Império Romano. Esta é uma reprodução de um dado antigo em marfim. Esta reprodução é moldada em resina para simular o marfim do original (na última foto).
Um bónus por ter encontrado o par de dados que procurava há muitos anos, foi ter descoberto este dado «69», que desconhecia e é - também - um esmero. Uma delícia na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Subscrever:
Mensagens (Atom)