02 abril 2018

Como fisgar o Patife

A preguiça é a mãe de todos os vícios. Mas mãe é mãe e é preciso respeitá-la. Como acordei cheio de preguiça, na mesma proporção que vontade de pinar, liguei o computador para ver se alguma das minhas amigas do Skype estava disponível para uma sessão voyeur. Por isso vesti-me, penteei-me e aprontei-me, pois sou um cavalheiro do digital. Quando estava pronto para a festa rija exibicionista, apercebo-me que já estou vestido e arranjado, por isso decidi ir antes engatar para o Chiado. Nem dois quarteirões tinha andado quando a encontrei. Tinha um ar de foliona sexual que não deixava ninguém indiferente e meia hora depois já estava toda embeiçada. Levei-a para casa a pensar naquelas beiças de volta do meu pincel, mas a estouvada da moça colocou-se logo na posição de cavaleira, pronta a montar-me como um puro sangue lusitano. Sempre que uma moça assume a posição de cavaleira tenho há anos na cabeceira da cama uma ventoinha que me apresso a ligar na direcção da rapariga, para dar um efeito visual mais cinematográfico. É maravilhoso vê-la a montar selvaticamente, com os cabelos a esvoaçar. Parece mesmo que está a galope. Mas após a galopada, a magana ousou dizer que queria “enroscar”. Só me apeteceu responder-lhe: "Ó filha, acabaste de me moer a rosca toda, não chega?”. Como nasci desprovido de um sistema de censura verbal, disse-o na mesma, porém, num tom simpático. Ficou logo azeda e pouco demorou a ir-se embora. Depois... estendo o meu corpo sobre a cama e entro em profundos dilemas morais e pensamentos de grande intensidade emocional e pergunto-me se alguma mulher me conseguirá verdadeiramente fisgar. Talvez. Com uma cona de pesca.

Patife
@FF_Patife no Twitter

Um sábado qualquer... - «Pobre Einstein»



Um sábado qualquer...

01 abril 2018

«conversa 2193» - bagaço amarelo

Ela - Gosto de estar quieta durante o sexo e os homens não percebem isso...
Eu - Quieta?! Quieta como?
Ela - Precisamente. Todos reagem assim.
Eu - Mas... pudera...
Ela - Pudera porquê?
Eu - Não é um bocado difícil teres sexo sem te mexeres?
Ela - Eu mexo-me. Sou é pela lei do menor esforço.
Eu - Talvez não devas dizer isso como cartão de apresentação.
Ela - E não digo. É durante o acto que normalmente o problema se coloca. O último palerma com que estive disse-me: "vê lá se te mexes, rapariga!"
Eu - E mexeste-te?
Ela - Sim. Pus o gajo a andar e fui lavar a louça.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Belos hieróglifos


A lógica

Comoveu-me ver as homenagens à equipa campeã europeia de Futsal. 

Tocou-me o trabalhar por objectivos, o trabalho de equipa. Antes do andebol, do Liceu e da Universidade me obrigarem ao trabalho de equipa, já jogara essa estratégia em casa. Tenho saudades da equipa a definir as metas e a concretizar os objectivos. 

E assim já tem lógica que tenham fracassado todas as relações em que me meti onde faltou o trabalho de equipa.


Há cervejas para todos os gostos

Crica para veres toda a história
Fermento selvagem


1 página

31 março 2018

«aves virgens» - Susana Duarte

Inquietas, as aves virgens
liquefazem a espera
nas linhas curvas


da noite sem voz.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook

Fonte de inspiração


Mitos eróticos

Número especial da revista espanhola El Jueves, nº 2122, de Janeiro de 2018.
Junta-se a muitas outras revistas da minha colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

30 março 2018

Intimidades da bailarina


(via mon ami Bernard Perroud)

«Fala-me de Amor» - Mário Lima




"No Silêncio!... Fala-me de Amor"

Mário Lima

#hakunamatatismo - Ruim

Sou apoiante da causa LGBT. Talvez por ter sido um puto esquisito a quem costumavam apontar o dedo a fazer juízos de valor por ser diferente ou se calhar é mesmo porque gosto de irritar grunhos e machos alfa com problemas de afirmação. O problema não é com os meus amigos gays, mas sim com os meus amigos gays que não sabem que são gays. Nós sabemos que eles são gays, os pais deles sabem que eles são gays e eles continuam fechados no armário de olhos fechados porque não conseguem encontrar a maçaneta. Já conheci assim uns quantos e é um triste espectáculo de se ver. Eu não sei como está o vosso gaydar, mas basta-me ouvir um "olá" para saber que o Tiago que acabou de chegar vai oferecer-se para fazer cisnes com os guardanapos que estão na mesa. Nunca conhecemos uma namorada a estes gajos, mas não é por aí. Quando o assunto vem à baila, há sempre uma gaja qualquer no passado que nunca ninguém viu ou sabe quem é. Existem outras maneiras de detectar esta malta num grupo de amigos.

1) Quando inseridos num grupo de gajos que estão a galar uns quantos "bagaços", têm a tendência natural para exagerar a coisa:

Gajo 1: "Aquela gaja é tão boa..."
Gajo 2: "Nem me digas nada, assim que ela entrou..."
Ele: "Era mesmo de f#der nas mamas, não é? Era mesmo agarrar nas mamas e f#der com a pila. Pimba, pimba, pimba. Nas mamas, não é? Ela ia gostar disso. Nas mamas."

2) Já repararam que as vossas namoradas sabem sempre quem anda a comer quem no círculo das celebridades portuguesas? Esses gajos também sabem, porque são umas quadrilheiras de primeira. Sei lá eu quem é que o Pedro Teixeira andou a comer. A mim não foi. Eles sabem essa merda de cabeça.

3) Letras das músicas pop. Nenhum heterossexual as sabe. Estes cabrões são karaokes com duas pernas. Se forem no carro com um, fiquem atentos ao lip sync. É impecável. "O Rei Leão". Eu adoro o Rei Leão. Sei os nomes de todas as personagens e partes de algumas músicas. Mas NUNCA EM NENHUMA ALTURA me dei ao trabalho de aprender a letra da música do início. Aquela do AHHHHHH SIDÉNIA BADADJI BADAJÁ SINGA AUÉ e vê-se um antílope ou o c#ralho a levantar os cornos. Se tu sabes a letra desta merda... és gay. Isto não é uma opinião, é um facto.

4) Todas as gajas do grupo o adoram. E quando temos aquele momento "quando é que vocês dizem ao Tiago que ele é gay?" a resposta delas é "Ahhh... coitadinho!" como se ele fosse um doente oncológico. Não é coitadinho. Elas sabem que ele é gay, mas gostam de o ter ali com elas como se fosse um Furby para poderem brincar. É que fica mal qualquer um de nós dizer "olha lá, c#ralho: se és gay, diz. F#da-se. Mas achas que alguém te vai dizer alguma coisa? Achas que alguma coisa vai mudar? Talvez as piadas de mamarmos na gaita uns dos outros, mas pronto." Vai chegar um dia que lhe vai cair a ficha, aparece com um namorado no grupo e TODOS TEMOS DE FICAR SURPREENDIDOS enquanto ele nos abraça e chora. Claro! Esta malta adora dramas e eu tenho de passar por mentiroso.

Ninguém tem nada a ver com quem vocês f#dem ou deixam de f#der. Não precisam de bradar aos sete ventos que são gays ou deixam de ser gays, porque a vida é vossa e devem-na viver da melhor forma. O que é triste é viver em negação enquanto se canta Hakuna Matata.

E agora tu que estás a ler ficaste com a música do Rei Leão na cabeça.

Ruim
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