a casa ganhou pó,
ao mesmo ritmo
do embaçamento dos copos
(corpos?)
e dos sorrisos perdidos
por entre os espaços
deixados vazios
pela presença dos teus flancos
e dos teus braços
e das voltas poeirentas
dos amores antigos
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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17 abril 2018
Baixas perspectivas
"A pior coisa de ser baixa é ver o interior do nariz dos outros!"
Ana Teresa Pedreiro
Agora percebo por que tantas moças usam saltos altos
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
Ana Teresa Pedreiro
Agora percebo por que tantas moças usam saltos altos
Sharkinho
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Cupido ajuda a menina no banho
Pequeno prato em porcelana com mulher na banheira, com o Cupido a deitar-lhe água no rabiosque, com um regador. Prato de uma série de 12 «horas». Peça de Raymond Peynet para a Rosenthal.
Com esta peça, considero completa a minha colecção de "namoradinhos" de Peynet.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Com esta peça, considero completa a minha colecção de "namoradinhos" de Peynet.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
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16 abril 2018
Curiosices não, foda-se
Da série "Não, foda-se":
Meiguices não, foda-se
Queridices não, foda-se
Peluchices não, foda-se
"Lembidelas" não, foda-se
Patife
@FF_Patife no Twitter
15 abril 2018
«respostas a perguntas inexistentes (372)» - bagaço amarelo
Era uma voz de mulher, talvez a mandar o filho para a cama. A rua onde caminho atingiu o seu ponto mais alto e posso ver a cidade que se estende até ao mar. Algumas luzes pairam acesas no céu e confundem-se com o céu estrelado. Talvez nelas haja mais mães a mandar um filho para a cama. Talvez um casal ainda discuta o péssimo domingo que teve ou um pai fume um cigarro cansado. Em cada luz acesa podem estar duas pessoas que se encontraram por acaso na vida, se apaixonaram e agora estão ali num gesto comum qualquer às duas e dezasseis da manhã. Talvez haja sexo por aí.
Uma vez percorri esta mesma rua de mão dada, também durante a noite. Estava apaixonado e não reparei em nenhum ponto brilhante na sombra de um edifício. Queria chegar a casa o mais depressa possível para curar o corpo da minha bebedeira de Amor. Talvez alguém, como eu, tenha reparado nesse dia na luz acesa da minha casa e pensado exactamente o mesmo que eu.
Quando duas pessoas se apaixonam, depois do Amor e do corpo, querem o conforto que um gesto comum pode dar às duas e dezasseis da manhã. Se o tiverem, estão bem.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
14 abril 2018
«Poema decadente» - Susana Duarte
poema:
lexema
desenhado nas costas das mãos;
costas
no ventre,
enfrentando a solidão.
poema:
mulher escrita no chão.
vento norte.
mulher-poema:
ventre-eterna solidão.
poema escrito nos olhos,
sopro de vida nos dedos,
manhã de agosto
a contragosto
antecâmara do desgosto.
não existes, aí, para onde foste,
ainda que creias ter reescrito
o poema
dos teus dias.
sonhaste.
mais depressa fugirias.
fantasma lúgubre dos meus dias.
tu, que não voltas:
poema decadente nas mãos da mulher
escrita no ventre.
Susana Duarte
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lexema
desenhado nas costas das mãos;
costas
no ventre,
enfrentando a solidão.
poema:
mulher escrita no chão.
vento norte.
mulher-poema:
ventre-eterna solidão.
poema escrito nos olhos,
sopro de vida nos dedos,
manhã de agosto
a contragosto
antecâmara do desgosto.
não existes, aí, para onde foste,
ainda que creias ter reescrito
o poema
dos teus dias.
sonhaste.
mais depressa fugirias.
fantasma lúgubre dos meus dias.
tu, que não voltas:
poema decadente nas mãos da mulher
escrita no ventre.
Susana Duarte
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