27 abril 2018

Curso rápido de anatomia feminina - 1/3

«“Você acha que eu devo me separar?”» - Cláudia de Marchi

-Cláudia, cê acha que eu devo me separar?
(Perguntou-me, hoje, via telefone, um velho amigo).
-Você é feliz casado com a sua esposa?
-Não, não sou. Não fosse minha filha....
- Ah, tá! Mas, então você é feliz?
- Não, só amo minha filha.
-Ah, você é casado com a tua filha de 3 anos? Isso é crime...
(Fui interrompida).
- Não, claro que não!
(Se exaltou!).
- Humm...Então você é feliz casado?
- Já disse que não, guria! Tá se fazendo de sonsa ou de cega? C*%$#@&!
(Interrompi).
- Não, não estou. Se você não é feliz, “tá” me perguntando se deve se separar por quê? Eu não sou alter ego de ninguém, amigo! Ademais, se existir alguém neste papo se fazendo de sonso e/ou sendo sonso e/ou se fazendo de cego e/ou sendo cego, não é a minha nobre pessoa...
- Aff! Eu já trai a fulana com uma colega lá do...
(Interrompi novamente).
- Hum! Pensou muito na tua filha e no exemplo que você daria caso ela descobrisse a sua infidelidade?
- Não, “foi” sem pensar em nada.
- Ah, então o que você sente é medo de ser descoberto, mas “tá” em paz com a sua consciência por ser infiel?
- Não muito. Na verdade, nenhum pouco. A sicrana (esposa) vai sofrer muito se eu pedir pra me separar.
- Ah, que vai, vai. Mas, você tá feliz?
- Guria, já disse que não! Você já foi melhor conselheira, praga!
- É que eu sou “daquelas” que acha ser feliz fundamental, porque filhos precisam de exemplo de brio, honra e retidão de conduta dos pais, não apenas de presença constante de um pai infeliz que trai sem pensar e mantém casamento de “foto em rede social”. Isso sem contar que se você for pensar no sofrimento da sua esposa e parentes chegados você vai fazer só o que eles querem para o resto da sua vida... Que, de repente, termina antes do carnaval!
- O que é isso?
- Isso o que? Carnaval?
- Não! “Casamento de foto em rede social”?!
- É o casamento que a maioria tem: bonito pra ver em foto, (até porque tira fotos bonitas!), e finge que é feliz nas redes sociais. Conheço incontáveis além do seu!
- Ah, sim! Tem outra né Claudinha, filhos crescem e amadurecem. A fulaninha (filha) um dia vai entender tudo, quando não tiver mais essa visão infantil de casamento da “mamãe e do papai”.
- Uau! Você foi sensato agora!
- Mas, então, Cláu: me separo ou não? O que você acha, de coração?
- Acho, de coração, que eu vou dormir! Ou melhor, tenho certeza.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

«Summertime» - Mário Lima



"Pode ser Inverno lá fora, mas tu em mim... és sempre Verão!"

Mário Lima

#ifyouknowwhatimean #bbc - Ruim







Vamos lá ser honestos: se há coisa que poderia agradar, seria um escurecimento de pénis.

Ruim
no facebook

26 abril 2018

«Loja» - Porta dos Fundos

«Meu urologista» - Adão Iturrusgarai


Marotices

Pequeno livro com ilustrações de Marion Fayolle.
Um conjunto de desenhos oníricos e eróticos, "Marotices" retrata com humor e estranheza as múltiplas possibilidades de ligação amorosa entre homens e mulheres. Perspicaz, intenso e divertido, este livro combina humor e filosofia, para nos oferecer uma obra de poesia imagética, abundante em metáforas e silêncios narrativos.
Uma pequena delícia na minha colecção.











A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

25 abril 2018

«Bach XXX» - Tatiana Brodatch

Uma puta e a tua luz

Preciso que me tenhas.
Na verdade , preciso de te ter. Preciso de alguém inteligente, que saiba o que é o passado, o sexo consentido, as centenas formas airosas de foder. Sim , não preciso de manuais de instruções.
Uma puta nunca precisa de alguém.
Por isso deixei de o ser.
Preciso da tua luz no meu rosto.


Da sempre vossa, nem toda, Pink Poison

Postalinho da penedia

"Foto de uma amiga espanhola que faz caminhadas no Xurés."
Lúcia Pontes


Não admira que o calhau esteja naquele estado! Vocês já repararam naquele rabiosque insinuante, lá ao fundo?


«Pornografia» - Luís Couto

Eram os finais dos anos sessenta, na Telecine. Um dia, estava eu no estúdio, chamaram-me ao telefone.
- Agora?
- Parece que é urgente.
- Quem é, Eugénia?
- Desculpe. É o senhor Ary dos Santos. Muito Urgente! Posso passar?
- Passe lá.
- Luís Couto?
- Sou eu. Diz.
- Luís, acabo de saber que fizemos um filme pornográfico!
- Um filme quê?!
A voz do Ary adquiriu aquela sonoridade por que ficou conhecida.
- POR NO GRÁ FI CO! Temos o filme PROIBIDO PELA CENSURA, a não ser que se repita um plano.
- Repete-se o plano.
- Quando?
- Suponho que amanhã. Eu já telefono. Mas que é que nós fizemos? Qual é o plano?
- O do pé. Ao sair da banheira.
- Mas até é um plano muito fechado.
- Não os conheces? Como NÃO se vê A TOALHA, é evidente que toda gente pode PERCEBER que a rapariga está PORNOGRAFICAMENTE NUA! Vamos repetir, para que se veja MUITO BEM que HÁ toalha.
Os comentários que se seguiram não vale a pena transcrever.
E lá se fez o filme como os senhores queriam, para poder passar na televisão de então.

Luís Couto
(via meu amigo Luís Gaspar)

Nota da rede à São - Por estas e por muitas outras, o meu nome hoje não é São Rosas e sim São Cravos.



Quando não é tripla...


24 abril 2018

«morre-se azul» - Susana Duarte

morre-se azul sob os escolhos de sal das (des)contruções
de areia. é no lugar das sementes, e dos sóis
verdes dos cabelos, que se morre azul.

com o sal das neblinas dos olhos, morre-se sombrio
ante as ondas submarinas do ventre, e escolhe-se
a vereda estranha dos dias salinos das lágrimas.
é no lugar delas que se morre, palavras
escorridas por entre as águas do peito.
são escuras, as palavras.
são claras, as palavras.

morre-se dentro delas, mar imprevisto de ondas alteradas.
morre-se. navega-se no sal dos cabelos, onde
o futuro é o olhar percorrido pelos dias
de antes.

morre-se. as ausências desmesuradas do sal
dos beijos são a morte silabada
dos dias.

os dias silabados serão sempre teus,
pequenos e intermitentes,
como a morte dos dedos.

mas serão dela, da mulher, os dias escritos com o sal-flor
das mãos inteiras.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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