17 maio 2018

Reabilitação do conceito de puta

"A expressão “puta” deriva de “poda” e remete para um ritual pagão que implicava um bacanal de oferenda à Deusa, numa celebração da poda das árvores.
Depois veio a Igreja e a mea culpa e podemos passar uma vida a tentar expiar o nosso interesse sexual. “Puta” adquiriu outro sentido:
Mulher que se prostitui = MERETRIZ, PROSTITUTA, RAMEIRA; Mulher que tem relações sexuais com muitos homens.
A expressão geralmente é depreciativa, apesar de em algumas línguas ser conotada mais positivamente, como no holandês, em que prostituta significa “mulher do prazer”.
Uma mulher que digam ser uma “puta” na praça pública não pode se não insurgir-se.
É ofensivo. Na vida privada, pelo contrário, tem uma componente excitante.
Como se entre parceiros se tivesse operado a uma reabilitação do conceito e ganhado um viés irónico.
Ao mesmo tempo que “puta” é possivelmente o insulto com maior carga emocional para uma mulher, é igualmente uma coisa boa, positiva, gratificante.
Gostar de sexo e procurar o prazer – “ser puta” – é possivelmente o ingrediente mais excitante numa relação sexual.
No entanto, basta passar os olhos por qualquer banca de revistas e jornais para tirar outras conclusões.
Vendem-nos a ideia de que, se agirmos de determinada forma, nos tornaremos rainhas da sedução.
Mas é tudo um embuste. Nem toda a literatura de bancada, como “Os 5 segredos para o seduzir” ou “10 truques que o vão deixar doidinho” nos tornariam mestres na sensualidade. É, na verdade, bem mais simples.
Basta uma coisa só: gostar de sexo.
Não é o comportamento que importa, é a atitude, a predisposição para o comportamento.
Conhecer todos os segredos para proporcionar prazer ao outro tem pouca utilidade, pelo menos quando comparado com o instrumento poderoso que é a própria motivação.
Dar prazer ou excitar é fácil, basta permitir-se a ter prazer, a sentir vontade. Gostar.
Se gostar de sexo é ser puta, então devíamos todas almejá-lo.
Devíamos todas querer ser putas, rameiras, mulheres do prazer.
E o conceito poderá evoluir uma vez mais."
(autor anónimo)

Texto roubado, com a devida vénia, à Pink Poison

«Life on mars» - Adão Iturrusgarai

Layout para capa da Playboy marciana #1.


Falta de vinténs

Azulejo com quadra popular: "Com separação de bens/ Casou-se a minha vizinha! Ele tinha alguns vinténs/ Ela nem isso tinha".
Junta-se a outros azulejos na minha colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

15 maio 2018

E a 2ª edição do diciOrdinário ilusTarado está mesmo quase a chegar!


«segmentas a noite» - Susana Duarte

segmentas a noite
traçando caminhos dúbios
onde se sagraram primaveras,

elas próprias desprendidas do hálito
das flores. talvez sejas a lua,
talvez a noite
-ela própria fracturada-
que se desvia das manhãs

e procura a fresca linha radial
dos encontros

dos olhares.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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O Twitter já teve melhores mam... dias!

"O Twitter antigamente era melhor. Só cus e mamas por toda a parte. Agora é só linhas de fora de jogo e o caralho a sete. Isto deixa-me entristecido. :'("
Alentejano!

Já justificava um movimento colectivo de apoio, este apelo angustiado de um tuiteiro em crise de fé.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

Asa de homem

Azulejo com quadra popular: "Todo o homem que arrasta a asa/ À mulher deste e daquele / Merece perto de casa/ Outro homem como ele".
Junta-se a outros azulejos na minha colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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