16 junho 2018

«First day of my life» - Mário Lima



"Em ti, poderia ser o primeiro dia do resto da nossa vida!"

Mário Lima

Ai, se eu tivesse dinheiro...

Cartinha recebida de uma amiga que sabe bem o que procuro para a minha colecção.
Só não encontrei ainda o João Ratão para a minha Carochinha...

"Alô, São Rosas!

No domingo fui a um museu/bar de cocktails/sala de eventos que me fez lembrar a tua situação e colecção.
Tens aqui o site para dares uma espreitadela:

The Last Tuesday Society

Não sei como é o teu Inglês, mas essencialmente, um tipo um bocado excêntrico tem vindo a acumular objectos curiosos do mundo inteiro - desde gravuras a taxidermia e figurinos do McDonalds.
Como diz no livreto acerca do museu e das peças do museu, “O museu apresenta uma visão incoerente do mundo, exibida através de perplexidade, enfiada num espaço mínimo. Não existe tentativa à classificação nem compreensão (…), este museu simplesmente exibe tudo o que brilhou perante os olhos do seu fundador. (…) Colocando o raro e o belo no mesmo plano que o comum, banal e divertido, este museu procura não educar mas subverter (…).
Um bocado como tem acontecido com A Funda São, o museu recebe ofertas vindas de todo o mundo - desde um cocó da Amy Winehouse a chichi do Russell Crow, até ao pénis erecto e mumificado de um tipo qualquer que foi enforcado em 1600 e tal ou por aí…
A entrada para o bar é gratuita e já no bar vês uma boa parte da colecção, que ajuda a criar ambiente. O custo da visita ao museu, que fica na cave, é de £6.
Há depois eventos regulares (provas de absinto) e uma sala que pode ser alugada para festas/eventos privados - desde festas de aniversário, encontros de clube de poesia e aulas de desenho.
Não sei bem qual o modelo do negócio mas imagino que o dono dos artigos seja também dono do edifício (2 pisos abertos ao público) e que use o espaço para guardar as posses. Depois ou aluga o espaço para alguém explorar como bar, ou é ele próprio o dono do negócio.
Enfim…achei que algo do género criado em torno da tua colecção seria um sucesso imediato em Lisboa com locais e estrangeiros. Se tivesse dinheiro/disponibilidade e estivesse pronta para outra aventura, fazia-te uma proposta :)
Mas fica a ideia!
Beijinhos e boa sorte com o projecto!"
Joyce Craveiro



15 junho 2018

Postalinho do Gerês - 1

"Uma racha íntima muito à frente, no Xurés (Gerês do lado da Galiza)"
Irene Nunes


«Os moralistas» - Cláudia de Marchi

O moralista não é apenas um chato hipócrita. Aquele que precisa se adequar as regras, as "normas sociais tácitas" de convívio. O moralista é a visão viva do recalque, da inveja, do impulso de prazer reprimido!
O moralista é dono de uma pobre alma imersa em covardia, em vontades reprimidas. Vontade de falar alto, vontade de transar, vontade de ir ao boteco, vontade de ler um conto erótico e pular o sermão do padre! Vontade de ler este blog e correr até mim para ver uma verdadeira fêmea despudorada se deleitando com seu próprio prazer!
Vontade de fazer sexo sacana e mandar a rotina certinha do "duas vezes" na semana se lascar, vontade de não dizer o que os outros querem ouvir, vontade de calar e rir sozinho, vontade de gargalhar escondido, vontade de usar short curto, decote, vontade de colocar biquíni fio dental e sair andando livremente numa praia lotada.
Vontade de pular, de dançar, de pagar de louco, de ser louco e realizado, vontade de mandar os 7 pecados para o inferno e se deliciar nas suas "condutas" agradáveis, vontades que pululam sua mente, mas que ele castra. Esconde de si mesmo e se torna esse ser paladino da moral e dos bons costumes que é invejoso da alegria que poderia ter, mas teme.
Afinal, a bíblia disse isso, o autor tal disse aquilo, sua mãe disse aquele outro, seu pai complementou e a sociedade é o antro da hipocrisia formada por seres tão infelizes e desanimados que só se sentem vivos julgando a conduta dos outros. Dos felizes, independentes da opinião alheia e bem resolvidos que cagam e andam para rótulos sociais moralistas, ainda que, seguidamente, imorais. Imorais porque falaciosos, imorais porque não condizentes com suas vontades, imorais porque da boca para fora e não da alma para dentro.

Simone Steffani - acompanhante de alto luxo!

#bomdia - Ruim

Haverá algo melhor do que ser acordado ao domingo de manhã pelos lábios de uma mulher? Duas mulheres. Wow, o que é quê se passou ontem à noite? E onde é que vão esses lábios, Dora A Exploradora? Mais uma a trazer-me o pequeno almoço? Não sei o que se está a passar, mas estou a gostar. Agora reparei que vocês as três têm caudas. E três olhos. Isto é um sonho, não é? Merda. É o meu corpo a pedir para ir mijar e lembrou-se de meter-me na cama com três esbirros de Satanás.

Bom, sozinho, boca pastosa e a lutar contra a bexiga. Isto é um domingo de manhã típico.

Ruim
no facebook

14 junho 2018

Postalinho narcisista

"Olá.
Espero que esteja tudo bem.
Aqui está uma barraca em homenagem à São Rosas, na Feira Cultural de Coimbra... Hehehe.
Abraço."
Joana Alves




«Legado» - Adão Iturrusgarai


«Dome» (abóboda)

Poster do livro de BD «Dome», de Luis Royo, de 2007.
Arte de mestre da ilustração, na minha colecção.







A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

12 junho 2018

«no voo abrupto das aves» - Susana Duarte

quando chegares, não acendas a luz:
ilumina-me com o futuro liquefeito dos teus dedos
e olha-me, com a vertente solar
dos teus olhos.

quando chegares, avisa as aves:
soletra cada uma das plúmulas com que desenhaste
as ausências, essas, que fizeram de ti
o sonho apátrida
das noites.

ilumina-me, então, com o voo abrupto
dos desejos sobre os lábios;
com a sombra ambígua
das manhãs

e com o eco vago das quimeras.

quando chegares, não acendas senão o peito,
e olha em redor das mágoas:
saberás que as noites
apátridas

têm recantos onde as aves
se iluminam; onde as plúmulas desenham círculos
na madrugada, e as mulheres se entregam às brumas.

talvez saibas, então, qual dos caminhos
trilhar. no voo abrupto das aves
sem nome.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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