28 julho 2018

«Escrita» - Susana Duarte

escrevo suor em folhas de papel
e detenho as cores nos olhos de mar

derreto águas sobre o papel dos sonhos
e reajo ante a sonora invasão
dos rios agitados

onde a alma se revê,
renasce,
escreve,
habita,

é.

derreto as névoas intemporais do sonho
e habito-te, na serena calada da noite,
véspera de todas as manhãs, amplitude

de todas as cores

que me serás no peito.

Susana Duarte
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«I need you» - Mário Lima



"Na sombra da noite, o sabor do teu corpo!"

Mário Lima

The Strip Poker Kit

Jogo de mesa com cartas e livro de instruções, num estojo.
Mais um jogo de mesa para a minha colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

27 julho 2018

Cláudia de Marchi na televisão

Programa brasileiro SuperPop, apresentado por Luciana Gimenez.
Em 23 de Maio de 2018, recebeu várias convidadas, entre as quais a advogada e acompanhante de luxo Cláudia de Marchi, para abordarem o tema da prostituição.
Claúdia de Marchi, de quem temos publicado neste blog as suas crónicas, com sua autorização (obrigada, Cláudia!), desde Julho de 2016, explica a actividade de acompanhante de luxo.

DiciOrdinário - vamos à terceira?

A primeira edição do DiciOrdinário resultou de muitas ideias lançadas pelas visitas e pelos visitos do blog «a funda São».
Esta segunda edição tem mais 314 entradas... e não queremos ficar por aqui. Venham-se sugestões para a terceira!
Podes encomendar o DiciOrdinário aqui:
(com direito a dedicatória personalizada pela São Rosas)


#fosguismo - Ruim

"Fosga-se". Não há expressão mais conas. Nem conas é tão conas como "fosga-se". É a desvirtuação do foda-se (assim, sem #), f#da-se. É pôr uns sapatos de vela e um polo no foda-se, f#da-se. O "fosga-se" tem como intenção suavizar um foda-se. Ora, um foda-se, tem de ser bem dado (como o verbo) e "fosga-se" é uma rapidinha mal dada de foda-se. "Fosga-se" é um foda-se de contrafacção. "Vai-te fosguer!". Que bonito, sim senhor.

Nem quando se deixa cair uma mola da roupa se diz "fosga-se!". "Puta das molas, mais o caralho!" é o mais correcto. O "fosga-se" é parente próximo do "filha da porta", porque uma merda nunca vem só. Mas que caralho de foda-se é uma "filha da porta", caralho? Se estão a falar da filha da Júlia Peixeira da porta número 28 do Intendente, eu até percebo. Nem se atrevam a concatenar esta merda em "filha da porta, fosga-se" ou podem abrir uma fenda no tecido do espaço-tempo e são sugados para um universo em que todas as pessoas falam assim.

É aceitável dizer "fosga-se" em que situação? Nenhuma. Mas se não resistirem a essa vontade imensa de foder a língua portuguesa de missionário, dedos entrelaçados e olhos nos olhos, façam-no nas seguintes situações:

"Não trouxe sacos de plástico. Vou ter de os pagar, fosga-se!"
"Acabou-se o leite de amêndoa, fosga-se."
"Pedi à filha da porta da Cláudia para trazer rúcula e ela esqueceu-se, fosga-se!"

Porque um gajo dizer "dei com os cornos no bico do exaustor, fosga-se" não é nada. É menos de nada, foda-se.

Foda-se.

Ruim
no facebook

26 julho 2018

Amor Ímpossível

Hoje acordei, com uma sede insaciável
Não de água, mas de ti e do teu corpo

Preciso,

Necessito,
Que me rasgues a pele, ou que me toques suave,

Preciso,

Que beijes meus lábios, num novo encontro,

Preciso,

Ver teus olhos brilhar, piscar e reluzir
Ver de novo, esse sorriso, que amo, e me faz sorrir

Por isso vem, pois eu sinto-te a cada momento,
Não precisas de fazer loucuras, sê apenas minha no momento
Eu e tu, princesa e príncipe, sem castelo encantado

Juntos num sonho, que lutamos para se manter na realidade

Lutarei,

Lutarás,

E só assim poderemos vencer,

Porque um amor assim, é perfeito demais, para morrer.

(há 5 anos alguém que me amou, escreveu isto e desapareceu) 
Da nem sempre, mas às vezes, vossa Pink Poison

«T.O.C.» - Adão Iturrusgarai


A sétima posição

Ampola de vidro da Marinha Grande com um casal no interior, que se junta às 6 ampolas que deram início à colecção.




A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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25 julho 2018

Orgasmos cerebrais

ASMR – Autonomous Sensory Meridian Response, ou em português, Resposta Sensorial Autónoma do Meridiano – é o termo que se refere a um fenómeno biológico caracterizado por uma agradável sensação de formigamento, geralmente sentida na cabeça, couro cabeludo ou regiões periféricas do corpo em resposta a vários estímulos visuais, auditivos e cognitivos. Segundo alguns pesquisadores da Universidade de Sheffield, em South Yorkshire, o ASMR pode causar um “orgasmo cerebral”.
Via Sweetlicious





Postalinho da estátua diurética

"Uma estátua em Salzedas!"
Fernanda Carvalho



Alta tensão


24 julho 2018

«quando chegares» - Susana Duarte

quando chegares, não acendas a luz:
ilumina-me com o futuro liquefeito dos teus dedos
e olha-me, com a vertente solar
dos teus olhos.

quando chegares, avisa as aves:
soletra cada uma das plúmulas com que desenhaste
as ausências, essas, que fizeram de ti
o sonho apátrida
das noites.

ilumina-me, então, com o voo abrupto
dos desejos sobre os lábios;
com a sombra ambígua
das manhãs

e com o eco vago das quimeras.

quando chegares, não acendas senão o peito,
e olha em redor das mágoas:
saberás que as noites
apátridas

têm recantos onde as aves
se iluminam; onde as plúmulas desenham círculos
na madrugada, e as mulheres se entregam às brumas.

talvez saibas, então, qual dos caminhos
trilhar. no voo abrupto das aves
sem nome.

Susana Duarte
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