01 março 2019

#estoudeolhoemti - Ruim

Não conheço nenhuma mulher que queira apanhar o namorado em pleno acto de auto-satisfação. Aliás, nem ele quer ver-se a ele mesmo reflectido nalgum espelho da casa como se fosse um vampiro depravado.

Mas...

Muito bom homem quer apanhar a companheira na mesma situação. Há qualquer coisa de especial nesse momento. Não sei se é a cena de "ahhhh, com que então... tu também... ah, pois é..." ou se vimos demasiado porno e temos alguma fantasia irreal na pinha, mas a coisa vive na nossa imaginação.

Eu já tentei apanhar a minha namorada nessa situação. Ouvi um "vou-me deitar..." que me pareceu estranho e dei-lhe uns minutos. Pensei "isto pareceu-me suspeito. Deitar? No quarto? A mim não me engana..." e fui em direcção à porta do quarto em modo Elmer Fudd a pensar "Be vewy vewy quiet!". Encostei o ouvido à porta e não ouvi nada. "Ahhh, a fingir que está a dormir esta badalhoca!!", abri a porta e disse...

"AHA! APANHADA... a... ler um livro!"
"Tu estás parvo? O que é que se passa?"

Óbvio que não lhe expliquei o que me ia na cabeça ou ainda me chamava de idiota. Prefiro que ela leia isto enquanto eu estou no sofá a ver uma série.

Ruim
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28 fevereiro 2019

«Amo-te» - Áurea Justo (30/09/2018)

Hoje,
Eu só queria,
Trincar o teu lábio sedutor,
Massajar o teu corpo todo o dia,
Observar o brilho da tua pele e do teu vigor.

Acariciar-te os quadris,
Descendo pelas coxas musculosas,
Enredando-me no teu sexo, como quem diz,
Que te sonho em horas muito vagarosas.

Hoje,
As tuas emoções,
Atravessam os meus silêncios e eu,
Beijo-as em convulsões,
De prazer por sentir que és meu.

Beijei as palavras,
Ouvi como simplesmente me amas,
Sensações voluptuosas que são tão claras,
A alma e o coração que declamas!

In Folha De Papiro Perfumada

Áurea Justo
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«Mão firme» - Adão Iturrusgarai


"Pequena pose em pausa"

Mulher abraça pénis. Desenho original a lápis de cera Caran d´Ache e tintas, assinado no verso da folha.
Desenho original maravilhoso de Mew Nem (anteriormente, Ito Ittosan), que se junta a outros desenhos deslumbrantes deste autor francês e amigo na minha colecção.


A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

27 fevereiro 2019

Esta minha obsessão


Esta minha obsessão pelo teu rabo

Faz com que este meu lado de cariz animalesco
Se eleve e liberte dos grilhões que o prendem ao socialmente correto
Já sentes o meu respirar ofegante?
Já ouves o meu rosnar esfaimado?
Vou devorar-te a minha obsessão
Vou refastelar-me em ela
Até me sentir saciado da tua carne
Até ficar saciado dos teus gemidos...

Darkness

Quando eu te sinto eu te sinto

Não te sinto uma extensão de mim, sinto-te apenas. Como se apenas fosse escrito de ânimo leve. É por mim que te sinto, é para mim que quero o meu e o teu prazer. Não será o mesmo se deixar de ter a minha alma, a minha essência. Fazes tanto parte de mim, que sai pelos poros o desejo que sinto por ti, rasgas-me um sorriso como me rasgas a carne. Continua. Não páres de me explorar nas minhas mais profundas emoções, não pares de me acariciar onde não estás habituado a que te peçam, sê em em mim, aquilo que quero para nós enquanto um.

Pink Poison

Mãos ao alto... nas tuas calças!



Acabei de fazer um assalto à picha armada.

Patife
@FF_Patife no Twitter

26 fevereiro 2019

«eis a noite» - Susana Duarte

eis a noite ensimesmada
das bruxas
e as quimeras vivas:

talvez haja um poema,
ou a sede por escrever.

talvez tu sejas a sombra
navegante das asas perdidas,
ou o esquálido
e angustiado nó
deixado vivo nas noites outrora
agitadas pela ode marítima
com que me beijavas
a madrugada.

eis as noites das quimeras,
gárgulas perdidas
onde os nós se desatam,
sedentos, talvez, de deixar
nas pedras as sombras
originais. eis os nós, e as pedras.

eis o ser que se transforma,
e a mulher-rocha das marés.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Shark no charco

Está prestes a desabar uma carga e eu não tardo a sair para enfrentá-la. Para a enfrentar com um sorriso, vou entender que chove amor. Ninguém sabe o que é o amor, há até quem duvide da sua existência, por isso vou chamar-lhe chuva. E encharcar-me de forma apaixonada.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

"Por que queres sair? Quando estamos tão bem aqui. E o barómetro está na chuva"

Litografia de Peynet, de 1985, numerada 106/350, com moldura e com assinatura original do autor. Tem aposto um selo de 14 de Fevereiro de 1985, para o São Valentim.
Junta-se a muitos outros trabalhos de Raymond Peynet na minha colecção.




A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

25 fevereiro 2019

Já vos disse que adoro publicidade?




Big Cloud, produtos de beleza, 2011

«respostas a perguntas inexistentes (380)» - bagaço amarelo


Sempre tive este prazer com o café. Antes de o beber abraço a caneca fumegante com as duas mãos e aqueço-as. Pensando bem, talvez seja por isso que me habituei a gostar de países frios, pelo prazer de me aquecer.
Ela está a espreitar pela janela da cozinha na mesma posição de sempre. Tem os olhos grandes e abertos, que praticamente não piscam. Seja lá o que for que está ver não cabe em olhos semicerrados. Tenho até a sensação que olha sempre para o mesmo ponto lá fora, provavelmente a árvore do jardim.
Dou o primeiro gole e aqueço mais as mãos.

- É o nosso jardim. Está sempre igual. - digo-lhe.

Ela não desvia o olhar nem o pensamento.

- Não, não está. A árvore já foi verde, já foi vermelha e agora não tem folhas. Tudo mudou.

É então que me apercebo que ela não está a olhar para o espaço, mas sim para o tempo. É claro que não podia caber em olhos semicerrados. O tempo só entra em olhos bem abertos ou bem fechados.

- Queres que te faça um café? - Pergunto.

Alguns pássaros pousam na relva. Vêm comer o resto da comida que quase todos os dias damos a alguns gatos vadios que nos costumam visitar pela manhã. Ela não desvia o olhar.

- Não, já sabes que não gosto do teu café instantâneo mas, por favor, nunca pares de me perguntar. - Sorri.

Dou outro gole. Fecho os olhos para procurar nesse tempo a improbabilidade que nos permitiu partilhar esta manhã. Não a encontro, mas sei que está lá e é tão esguia como a nossa história. Talvez tudo deva ser apenas exactamente assim: um mero acaso.

Ela sai e afasta-se. Eu termino o café. As minhas mãos estão quentes. É por isso que gosto de países frios.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«O pecado» - Heinrich Lossow (c.1880)