Não me podes proibir,
De te amar intensamente
De te sonhar a sorrir,
De te amar ardentemente.
Não me podes proibir,
De gritar o teu nome ao sentir um orgasmo
Confundido no teu aroma a sândalo,
De não permanecer no marasmo.
Não me podes proibir,
De escrever o teu nome na areia,
Ou na pele rasgada de uma árvore centenária
Ou de te sonhar numa fantasia imaginária.
Não me podes proibir,
De me sentir aconchegada nos teus braços.
Nas noites de tempestade densa,
Deixo ir balanceantes outros barcos.
In A Cor Do Amor
Áurea Justo
no Facebook
26 setembro 2019
Curandeiro
Estatueta africana em bronze com um homem a aplicar algo como um clister noutro.
A naturalidade com que África aborda a sexualidade, na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook.
A naturalidade com que África aborda a sexualidade, na minha colecção.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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25 setembro 2019
«O Louva-a-Deus» - Rui Felício
A alcunha de “Louva-a-Deus” assentava-lhe que nem uma luva.
Na verdade, os dois berlindes esbugalhados que lhe sobressaiam das órbitas quando tirava os óculos de lentes grossas, em tudo se assemelhavam aos olhos do conhecido insecto.
A imagem compunha-se quando foi para Mafra e lhe vestiram a farda verde militar.
Fizeram-no alferes e mandaram-no, como tantos outros, para a Guiné.
Integrado na sua Companhia, estacionou em Farim e passou a frequentar a casa comercial do Sr. Pompeu, comerciante branco que na sua loja, vendia tecidos, arroz, tabaco, açucar e variados enlatados. Num anexo à loja funcionava um bar onde os militares e população bebiam cerveja, whisky e petiscavam moelas em molho picante e frango assado à cafreal.
O Louva-a-Deus, aliás, o Alferes Eduardo Oliveira, tinha sempre no Bar, por sua conta, uma garrafa de whisky que ia parcimoniosamente vertendo no copo, sob o olhar sorridente e amável da Leonor, mulher do Sr. Pompeu que se afadigava em servir os clientes.
A Leonor era uma apetitosa mulher beirã, de trinta e poucos anos, de seios fartos, ancas largas e coxas robustas, que o Eduardo não parava de seguir nas suas deambulações atrás do balcão tosco de madeira, deixando galopar a imaginação à medida que os vapores do álcool lhe iam ampliando os sonhos.
Um dia perguntou-lhe porque é que ele, a partir do segundo copo, tirava sempre os óculos antes de voltar a deitar mais whisky no copo. O Louva-a-Deus explicou-lhe que sem óculos não via quase nada e que assim, tirando-os, não sabia se estava a deitar muito ou pouco.
O riso dela mostrou uma fiada de dentes alvos na boca carnuda entreaberta, cheia de promessas que um concupiscente piscar de olho alimentou no Eduardo a esperança de maiores avanços futuros.
A sintonia entre os dois aumentava de dia para dia.
Distraídos toques de mãos sobre o balcão eram o inegável sinal do desejo mútuo que ambos claramente nutriam um pelo outro.
O Sr. Pompeu de vez em quando, aproveitava colunas militares para ir a Bissau negociar a compra de mercadorias para a sua loja, ficando lá de um dia para o outro.
Nessas noites, o Eduardo subia ao 1º andar por cima da loja onde a Leonor ansiosa o esperava para noites insaciáveis de amor.
Um mês antes de terminar a sua comissão e regressar a Lisboa, sucedeu o inesperado.
Daquela vez, a coluna militar em vez de regressar na manhã seguinte, voltou a Farim durante a noite e, no quarto, a Leonor e o Louva-a-Deus, ouviram o ferrolho da porta ranger e o Sr. Pompeu, cá de baixo, gritar:
- Leonor, meu amor, vim mais cedo. Estás acordada ainda?
O Eduardo, aflito, precipitou-se da janela, saltando na escuridão da noite.
Tão desastradamente o fez que bateu com o joelho numa pedra fracturando a rótula.
Esgueirou-se, seminu, para o quartel, a gemer baixinho e a coxear, com os olhos fora das órbitas de susto e de dores.
Um mês depois, já na sua terra natal em Vinhais, ainda claudicando do joelho, era respeitosamente cumprimentado pelos conterrâneos, admirado como herói da guerra da Guiné, onde, como fizera constar, tinha sido ferido em combate...
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Postalinho do calhau malandro
"Num passeio pelos passadiços da praia fluvial de Penedo Furado, aquela pedra ali no cimo, do lado de lá da ribeira de Codes..."
"... só a mim é que parece ser um homem a mostrar o pirilau?"
Paulo M.
"... só a mim é que parece ser um homem a mostrar o pirilau?"
Paulo M.
24 setembro 2019
«Xilanire - I partie dediée à Madame La Princesse»
Livro de autor anónimo, Bruxelas, 1661.
Romance erótico com capa em cabedal claro. Livro raro. Primeira parte, não sendo certo que tenha sido editada uma segunda parte. Algumas páginas estão corroídas, na sua maioria sem afectar o texto. Passou a ser o livro mais antigo da colecção.
As fotos são do livro antes de ter sido restaurado por Maria do Céu Ferreira, da Chronospaper (Coimbra) em 2019.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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As fotos são do livro antes de ter sido restaurado por Maria do Céu Ferreira, da Chronospaper (Coimbra) em 2019.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
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Visita a página da colecção no Facebook.
23 setembro 2019
22 setembro 2019
O fundo Baú - 35
O baú que deu início à colecção de arte erótica «a funda São» |
... a quem veio aqui por pesquisar no Google «o que são provérbios» e teve, como primeiro resultado:
a funda São - provérbios POPulares
levem-me à funda São provérbios POPulares. A funda São desafiou as visitas.
O resultado foi demolidor... O amante que se deixa ver, depressa se vai foder. ...
www.afundasao.com/html/proverbios-POPulares.htm - 26k - Em cache - Páginas Semelhantes
«foste» - Susana Duarte
agora que o silêncio permite ver
o tamanho das mágoas,
segue-se uma nova
madrugada.
foste a aurora prometida, onde
hoje reside apenas a memória.
foste a abertura dos olhos,
onde as aves dispersas
pediam voos novos;
foste, na manhã, a promessa
antiga. ao silêncio de hoje,
entrego as promessas
e os passos perdidos.
agora que o silêncio permite ver
o tamanho dos corpos,
sigo o caminho
desenhado pela deserção
dos braços. permaneces onde
as sombras caminham.
desapareces dos dias
como, nas noites, transformaste
a tua presença na névoa
ambígua das bocas
sem voz. o silêncio
de hoje desenha a amplitude
de um céu novo-
quimera desenhada
num corpo por cumprir.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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o tamanho das mágoas,
segue-se uma nova
madrugada.
foste a aurora prometida, onde
hoje reside apenas a memória.
foste a abertura dos olhos,
onde as aves dispersas
pediam voos novos;
foste, na manhã, a promessa
antiga. ao silêncio de hoje,
entrego as promessas
e os passos perdidos.
agora que o silêncio permite ver
o tamanho dos corpos,
sigo o caminho
desenhado pela deserção
dos braços. permaneces onde
as sombras caminham.
desapareces dos dias
como, nas noites, transformaste
a tua presença na névoa
ambígua das bocas
sem voz. o silêncio
de hoje desenha a amplitude
de um céu novo-
quimera desenhada
num corpo por cumprir.
Susana Duarte
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