29 setembro 2019

O fundo Baú - 36

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»
Em 4 de Maio de 2004, o Matrix enviou esta foto da «Barbie de turbante»:



O OrCa lá fez a ode da ordem:
"Só me perturba o turbante
Na carola da menina
Por me parecer o pinante
Feito de plasticina...

Ainda para mais, coitado
Tão mirrado e impreciso
Parece só ajustado
P'ra lhe foder o juízo!"

«na procura» - Susana Duarte

na procura salgada
da solidão,
navegam memórias
onde reinam silêncios:

se todos os silêncios
que conhecem o sal
moverem as águas,
as ondas conhecerão
a língua das mulheres.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Ex-voto 39


28 setembro 2019

«Não há puta como tu» - Fernando Gomes

Adoro papar-te o cu
E esgaçar-te os entrefolhos.
Uma mulher como tu
Não se come com os olhos.

Andas sempre tão tesuda,
A precisar de foder.
Quando me pedes ajuda,
Que outra coisa hei-de fazer?

Tens mamas prodigiosas,
Tão boas prà espanholada,
Um par de tetas gulosas
Que não dispenso por nada.

Pra não as deixar à míngua,
Afundo a cabeça nelas:
Dou-lhes os lábios, a língua
E rijas apalpadelas.

É sempre assim que começa
Cada encontro delirante.
Fazemos tudo sem pressa,
Queremos que dure bastante.

O teu clítoris faminto
Implora p’la minha boca,
Enquanto o chupo, bem sinto
Que vais ficando mais louca.

Então saco do marsapo,
Dou bastonadas no grelo.
P'las contracções do teu papo,
Já só pensas em metê-lo.

Mas antes, dás-lhe a garganta,
Porque engolir é contigo.
Quando a picha se agiganta,
É lá que lhe dás abrigo.

Mamas e engoles à bruta,
Toda feliz e risonha,
E eu numa enérgica luta,
Pra não esguichar a langonha.

Tu percebes e afrouxas,
Dás-lhe uns beijinhos suaves
E ordenas-me, abrindo as coxas,
«Anda, quero que encaves!»

Escancaras bem a conaça
Encharcada de tesão,
E logo montas com raça
O meu teso caralhão.

Eu, de barriga para o ar,
Tu, sentada no meu nabo...
Ajudo-te a cavalgar
Espremendo-te bem o rabo.

O furor com que te enterras
Faz da greta um torniquete,
E tu estremeces e berras
Quando te vens no cacete.

Alagas-me até ao peito
Com os jactos vaginais,
Mas não fico satisfeito
E quero que me dês mais.

Ao ritmo das estocadas,
Beliscas os teus mamilos,
Eu dou-lhes umas palmadas
E não resisto a mungi-los.

Depois, viras-te de costas,
Também queres à canzana.
Enterro-to como gostas,
E rebolas-te com gana.

Cada trancada por trás
Faz-te ferver a pachacha.
E quanto mais tu te dás
Mais o teu ânus relaxa.

Pedes, então, que te enrabe,
Que o enfie até ao fundo,
Gemes «Que bem qu’isto sabe!»
E não paras um segundo.

De peida bem recheada,
Vens-te e gritas palavrões,
E eu de piça tão inchada
Quero vazar os colhões.

Para acabar bem a foda,
Vens lamber-me a cabeçorra.
Lambuzo-te a cara toda
Enquanto bebes a esporra.

Abocanhas-me o caralho,
Com a língua dás-lhe banho.
Que bem fazes o trabalho
De o lavar quando me venho.

Também eu bebo o teu suco
Que te escorre pelas pernas.
Dizes que sou um maluco
E dás-me carícias ternas.

Sorrimos de tanto gozo,
Os corpos feitos em cacos...
Ah, como é delicioso
Foder-te nos três buracos.

És tão puta e sabidona,
Melhor do que tu não há.
Também gostas de uma cona
E adoras ménage à trois.

Por isso, quando quiseres,
Chama aqui o teu amigo,
Que foder duas mulheres
É melhor se for contigo.

Fernando Gomes
(inédito... "pensei que o único sítio decente para dar esta javardice ao mundo seria no blog porcalhoto.")

Le cardinal après Le Gréco - Bonnarel

Versão actual e erotizada do quadro de El Greco (1540/41–1614) que representa Don Fernando Niño de Guevara (1541–1609), que se tornou cardeal em 1596 e alcançou o posto de Inquisidor Geral de Espanha.
Junta-se a outros quadros deste autor na minha colecção.







A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook.

27 setembro 2019

Postalinho de uma Guerreira do Carvalho!

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Já vos disse que adoro publicidade?




SNS - Ruim





Já ouvi dizer que algumas mulheres preferem um médico ginecologista a uma do sexo feminino por estes terem mais cuidado e atenção no manuseamento de xoila. Curioso é que eu também prefiro uma urologista a um gajo nada meigo e sem bata que uma vez me atendeu no WC do Lux.

É este o estado do SNS.

Ruim
no facebook

26 setembro 2019

«Não me podes proibir» - Áurea Justo

Não me podes proibir,
De te amar intensamente
De te sonhar a sorrir,
De te amar ardentemente.

Não me podes proibir,
De gritar o teu nome ao sentir um orgasmo
Confundido no teu aroma a sândalo,
De não permanecer no marasmo.

Não me podes proibir,
De escrever o teu nome na areia,
Ou na pele rasgada de uma árvore centenária
Ou de te sonhar numa fantasia imaginária.

Não me podes proibir,
De me sentir aconchegada nos teus braços.
Nas noites de tempestade densa,
Deixo ir balanceantes outros barcos.

In A Cor Do Amor

Áurea Justo
no Facebook


Curandeiro

Estatueta africana em bronze com um homem a aplicar algo como um clister noutro.
A naturalidade com que África aborda a sexualidade, na minha colecção.





A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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25 setembro 2019

«O Louva-a-Deus» - Rui Felício


A alcunha de “Louva-a-Deus” assentava-lhe que nem uma luva.
Na verdade, os dois berlindes esbugalhados que lhe sobressaiam das órbitas quando tirava os óculos de lentes grossas, em tudo se assemelhavam aos olhos do conhecido insecto.
A imagem compunha-se quando foi para Mafra e lhe vestiram a farda verde militar.
Fizeram-no alferes e mandaram-no, como tantos outros, para a Guiné.
Integrado na sua Companhia, estacionou em Farim e passou a frequentar a casa comercial do Sr. Pompeu, comerciante branco que na sua loja, vendia tecidos, arroz, tabaco, açucar e variados enlatados. Num anexo à loja funcionava um bar onde os militares e população bebiam cerveja, whisky e petiscavam moelas em molho picante e frango assado à cafreal.
O Louva-a-Deus, aliás, o Alferes Eduardo Oliveira, tinha sempre no Bar, por sua conta, uma garrafa de whisky que ia parcimoniosamente vertendo no copo, sob o olhar sorridente e amável da Leonor, mulher do Sr. Pompeu que se afadigava em servir os clientes.
A Leonor era uma apetitosa mulher beirã, de trinta e poucos anos, de seios fartos, ancas largas e coxas robustas, que o Eduardo não parava de seguir nas suas deambulações atrás do balcão tosco de madeira, deixando galopar a imaginação à medida que os vapores do álcool lhe iam ampliando os sonhos.
Um dia perguntou-lhe porque é que ele, a partir do segundo copo, tirava sempre os óculos antes de voltar a deitar mais whisky no copo. O Louva-a-Deus explicou-lhe que sem óculos não via quase nada e que assim, tirando-os, não sabia se estava a deitar muito ou pouco.
O riso dela mostrou uma fiada de dentes alvos na boca carnuda entreaberta, cheia de promessas que um concupiscente piscar de olho alimentou no Eduardo a esperança de maiores avanços futuros.
A sintonia entre os dois aumentava de dia para dia.
Distraídos toques de mãos sobre o balcão eram o inegável sinal do desejo mútuo que ambos claramente nutriam um pelo outro.
O Sr. Pompeu de vez em quando, aproveitava colunas militares para ir a Bissau negociar a compra de mercadorias para a sua loja, ficando lá de um dia para o outro.
Nessas noites, o Eduardo subia ao 1º andar por cima da loja onde a Leonor ansiosa o esperava para noites insaciáveis de amor.
Um mês antes de terminar a sua comissão e regressar a Lisboa, sucedeu o inesperado.
Daquela vez, a coluna militar em vez de regressar na manhã seguinte, voltou a Farim durante a noite e, no quarto, a Leonor e o Louva-a-Deus, ouviram o ferrolho da porta ranger e o Sr. Pompeu, cá de baixo, gritar:
- Leonor, meu amor, vim mais cedo. Estás acordada ainda?
O Eduardo, aflito, precipitou-se da janela, saltando na escuridão da noite.
Tão desastradamente o fez que bateu com o joelho numa pedra fracturando a rótula.
Esgueirou-se, seminu, para o quartel, a gemer baixinho e a coxear, com os olhos fora das órbitas de susto e de dores.
Um mês depois, já na sua terra natal em Vinhais, ainda claudicando do joelho, era respeitosamente cumprimentado pelos conterrâneos, admirado como herói da guerra da Guiné, onde, como fizera constar, tinha sido ferido em combate...

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido