10 outubro 2019

Casal em pé, abraçado e encaixado

Escultura de fetiche de fertilidade em madeira do povo Fon, do Benin (África Ocidental).
Mais África na minha colecção.













A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook.

09 outubro 2019

«Intenso desejo» - Rui Felício

Cautelosamente, com os dedos trémulos, ele puxou devagar, quase sem lhe tocar no corpo, a ponta da túnica acastanhada que a cobria e lentamente fê-la deslizar para o chão.

Livro «Anatomia do desejo»
Simon Andreae, 2003, Campo das Letras - Editores
na colecção de
arte erótica «a funda São»
Afagava-a ternamente enquanto a tirava, como que a dizer-lhe que não tivesse receio, que ele seria meigo, doce, cuidadoso.

Era a primeira vez que um homem a despia. Sentia-se insegura, mas ao mesmo tempo o corpo humedecia-se, abandonava-se ao calor e ao toque das suas mãos.

Por baixo da túnica acastanhada, já mais frenético, quase impaciente, tirou-lhe a veste que ainda lhe escondia o corpo.

Não conseguia despegar o olhar daquela pele branca.

Não era já só imaginação! Ele agora sentia aquele corpo desnudo nas palmas das suas mãos, irresistível, parecendo convidá-lo a prosseguir.

Os olhos humedeceram, marejaram-se-lhe de lágrimas, antecipando o climax, os músculos retesaram-se contendo e prolongando o desejo de a ter plenamente.

Por fim, descontroladamente, penetrou-a em repetidos, rápidos e firmes movimentos.

Era doido por cebola picada…

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Despertar



HenriCartoon

Postalinho à Bolonhesa

"Bom dia São Rosas,
Painel em mármore com mais visualizações na Feira de Bolonha, CERSAIE 2019.
Cumprimentos"
L.M.




08 outubro 2019

#GatinhosnaInternet


Max Pechstein (1881 – 1955)

Sharkinho
@sharkinho no Twitter


"Chora-me o fado" e "Vamos queimar os grelos"

T-shirts com gravuras estampadas: um pénis com capa e batina a cantar (ou melhor, espirrar) e a tocar guitarra de Coimbra; e uma tuna de capa e batina a cantar.
A partir de agora na sexão têxtil da minha colecção.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

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Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

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07 outubro 2019

A mansão do playboy



HenriCartoon

«So high!...» - Cara Trancada


Cara Trancada
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Eu quero orgasmos

Agora! O último suspiro e a última brisa, sou eu. A última ondulação banal, o último telefonema banal, sentir o que não é banal. O primeiro e último dia da tua vida sou seu. A palavra de compreensão vem de mim. A tesão dou-ta eu, nos meus braços irás sentir que vale a pena a entrega para o último momento. Dou-te tempo, o tempo voa mas eu aterro em ti e tu deixas, salva-te enquanto podes pois o momento pode não durar muito mas dar gozo, dará com certeza.

Com esforço tudo se consegue

Crica para veres toda a história
Desafia os teus limites


1 página

06 outubro 2019

O fundo Baú - 37

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»







Em 4 de Maio de 2004, publicámos mais um conto do Jorge Costa:

A Egevides da hortaliça

Ó Egevides, que belo repolho que tu tens, filha...Vivia à janela. O tempo corria lentamente para ela. Há muito que o companheiro a tinha trocado por um dia de pescaria com os amigos. E não mais tinha voltado.
Ela também não era flor que fosse de cheiro fácil. Era vendedora de hortaliça. E fazia alarde em se saber que vivia no meio das suas pencas.
Gostava muito de verduras. E nas sopas que fazia não retirava nunca as nervuras dos tronchos das couves que a horta dela dava. Mas aquela vida passada entre o mercado, o quintal e a janela... não era vida para ela. Era... mas não lhe bastava. Até porque só tinha 38 anos. Não é de forma alguma idade para estar a ver o tempo passar.
Quem lhe passava regularmente por debaixo da sacada era o Sr. Asdrúbal Carpinteiro, homem de sorriso fácil e fino trato. Solteirão. E com oficina montada. Não era homem de ter patrão.
- Olá, Egevides. Já foi tudo p'ró mercado? Acabou a liça? Olha que tu não és mulher p'ra ver o tempo passar por ti...
- Deixa-me cá, Asdrúbal, ando a ficar tão aborrecida... não é que fosse grande coisa, mas a porra do caralho do Berto anda-me a fazer cá uma falta!... Não é que seja propriamente ele, mas tu cá me entendes...
- Não me fodas, ó Egevides! Caralho, tu és uma gaja muito boa, tu só tens falta porque queres. Não me fodas... caralho!
- Sabes como é... tenho medo de cair nas bocas do povo e ficar por aí falada. Gosto de foder... mas não quero que me achem uma puta. O filho da puta nem filhos me deu, mas sabes como é o caralho do povo...
- Foda-se!... Quer dizer, eras agora obrigada a ficar com a cona só p'ra mijo só porque o caralho do Berto deu à sola?!... Fodaaaaa-se! Olha lá... a gente os dois sempre fomos de brincar muito um com o outro... mas ouve lá... até se me está a dar um nervoso, ó Egevides, mas tu... porra, caralho, eu não sou um estranho p'ra ti, mas tu importas-te que daqui a pouco eu venha a tua casa ver as cadeiras da cozinha, que estão a abanar? Há muito que andava p'ra te dizer isto, mas sabes como é... agora a conversa vai no ponto... e caralho, tenho de te dizer o que penso e sinto. E, além do mais, não devemos nada a caralho nenhum. E bem sabes que não sou de merdas.
- Ó Asdrubal, foda-se... nem sei o que te diga. És tão maluco!...
- Volto já, caralho. Deixa-me dar ali um recado que já te bato à porta p'ra ver os armários da cozinha.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Quando o Asdrúbal voltou, não se chegou a saber se os armários e as cadeiras da cozinha ficaram desempenadas ou não, mas uma coisa é certa: o olhar alegre da Egevides só deixou antever que tinha tido uma grande tarde de foda. Os bicos das mamas, para quem os viu de seguida, não eram bicos... eram pontas de aço carregadas de tesão. E souberam-no... porque alguem tocou à porta... para comprar hortaliças.

«as marés» - Susana Duarte

as marés falam dos dias de antes,
de manhãs ancoradas no corpo
e de silêncios.

falam de outras épocas, de dias
em que as ondas ainda significavam
voos de navegantes
e cantos lunares
das sereias.

ocultas das areias, cantavam
a luminosa idade,
e a paixão
de ser único e indefinível,
como o enamoramento

e o luar.

falam do que não sei,
e do que não sou. são marés bravias,
as que dizem o meu nome-

-se nome tenho, é o do algaço
deixado na praia.
estendido e vivo

como as marés que desconheço.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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