as marés falam dos dias de antes,
de manhãs ancoradas no corpo
e de silêncios.
falam de outras épocas, de dias
em que as ondas ainda significavam
voos de navegantes
e cantos lunares
das sereias.
ocultas das areias, cantavam
a luminosa idade,
e a paixão
de ser único e indefinível,
como o enamoramento
e o luar.
falam do que não sei,
e do que não sou. são marés bravias,
as que dizem o meu nome-
-se nome tenho, é o do algaço
deixado na praia.
estendido e vivo
como as marés que desconheço.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Uma por dia tira a azia