05 novembro 2019

Mulher com criança a sair pela sua boca

Réplica de uma das maravilhosas gárgulas do Mosteiro da Batalha, algumas delas de carácter erótico.
A Idade Média bem diferente do que aprendemos na escola, representada na minha colecção.











A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook.

04 novembro 2019

«Mas tenho a certeza» - Cara Trancada


Cara Trancada
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De querer e amar... ou odiar


Do amor suado, desejado. Do amor carnal, daquele que nos tira o sono, daqueles que nos fazem tornar abraços em viagens nos olhares de quem desejamos. São tantas as viagens, é tanto o barulho deste silêncio que fala e diz coisas bonitas, que mexe com os outros. Tenta encher-lhes o coração. Do amor, tantos existem e tanto se pode dizer. Até que odiamos.


Postalinho de Las Médulas revisitadas - 2

"Em Las Médulas (Espanha), há árvores para todos os gostos e necessidades."
Maria Irene Nunes









03 novembro 2019

O fundo Baú - 41

O baú que deu início à colecção de
arte erótica «a funda São»
Em 13 de Maio de 2004, publiquei um poema da Encandescente. Ela não conseguia encontrar uma editora e eu enviei os trabalhos dela para as Edições Polvo. Foi paixão à primeira vista, de que resultou a publicação de vários livros. Orgulho!

Xeque-mate!

O primeiro movimento é teu.
Avanças uma carícia,
Respondo com a boca
Roubo um beijo à tua.
Numa jogada arrojada
Prendes-me com as pernas
Procurando resolver o jogo.
Esquivo-me
Tento ganhar tempo,
As minhas mãos
Progredindo no teu corpo,
Fugindo com o meu.
Mas subitamente
Resolutamente,
Prendes-me entre os braços
Colas-te a mim.
Fico imobilizada
Sem poder avançar ou recuar.
E na jogada final
Dás-me a tua vitória
Dizendo sorrindo:
Xeque-mate!

Encandescente


«antevi as mágoas» - Susana Duarte

antevi as mágoas, por entre as palavras:
o voo raso das aves entreteceu os dias
sobre a pele gasta. antevi as névoas
entre os momentos sombrios da tua boca.

não antecipei, todavia, a partida,
a morte lenta das frases, o poema
quebrado na raiz das árvores,
as areias dispersas da tua vontade,
ou o rumo sem rumo dos corpos;
a vontade etérea da tua boca, a palavra
dispersa do pensamento, e a vaga
sombra que terminava o teu sorriso.

o voo raso das aves espalhou a sombra
breve sobre os meus braços, e a vaga
que daí nasceu sobressaltou-me
as pernas, aprisionou-me os braços,
deteve-me as palavras. assisto, sombria,
ao que dizes. estranho-te o voo. nada
sei de quem foste. de quem és. de quem
terias sido, caso o voo fosse aberto,
levado por vagas de ar, por ondas
ou por totens localizados no peito.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Ex-voto 44


02 novembro 2019

«Apetites» - Fernando Gomes

No escuro da última fila do cinema, dois adolescentes estão-se nas tintas para o filme. Mãos frenéticas e bocas ávidas manifestam, sem qualquer pudor, o desejo que os consome. Numa orgia de sons e cheiros, devoram pipocas e refrigerantes.

Fernando Gomes

Dentista devidamente equipado


Semiótica da cegonha - jovens, sexualidade e risco de gravidez não desejada

Estudo de Otília Roque - capa e ilustrações de João Cutileiro.
Estudos APF - Associação para o Planeamento da Família, Lisboa, 1ª edição, 2001.
Oferta de Paulinha de Carvalho Guerreiro para a colecção.


A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook.

01 novembro 2019

Sabes o que é um "Borracho"?

O DiciOrdinário ilusTarado explica:

Borracho- filha duma burra e dum pombo bêbedo.

Faz a tua encomenda aqui.
Se quiseres, basta mencionares no formulário e posso enviar-te o DiciOrdinário com uma dedicatória.

Já vos disse que adoro publicidade?



Guia do homem cisgénero para umas férias em igualdade de género - Ruim

Caros cisgéneros, se o calor decidir aparecer sem ser sob a forma de 389 incêndios, suponho que a maioria de vós irá rumar em direcção à praia, parques de campismo e demais actividades típicas de Verão em família. Cabe a nós, o patriarcado opressor, começar a pôr num tuppeware toda a nossa masculinidade tóxica ou então colocá-la em saquinhos de congelação para podermos fazer caipirinhas opressoras. Tanto faz. O que interessa é que devemos ser "woke" e não lógic... ignorantes. Com vista a contribuir para um avanço realmente eficaz nesta luta incessante contra a desigualdade de género no mundo ocidental onde se apedrejam mulheres no meio da rua, redigi este pequeno guia sem qualquer tipo de ajudas de custo de fundos europeus porque o meu papá não é o presidente da Assembleia da República e não tenho pretensões de ser apresentadora do próximo Festival da Canção.

Considerem que isto são generalizações e poupem-se ao ridículo habitual de comentar coisas como "isto é mentira, porque eu..." ou "tens qualquer coisa contra as Sónias?", ok Sónia? Já são pobres de carteira, não o sejam também intelectualmente.

Vamos a isto, cisgéneros?

1) Deve o homem cisgénero delegar na sua pessoa companheira que se identifique como sendo do sexo feminino todo e qualquer trabalho físico que envolva carregar até ao carro quaisquer sacos, saquinhos, sacolas, sacões, geleiras, aparelhagens stereo, gira-discos, tendas e baldes de praia para os pequenos cisgéneros. Por outro lado, o homem cisgénero deverá ficar com os tomates à sombra a cortar um melão em cubos e a colocá-los cuidadosamente nos tupperwares que teima em não devolver à própria mãe.

2) Deve também o homem cisgénero passar o volante do veículo à pessoa companheira que se identifique como sendo do sexo feminino e ocupar o lugar de co-piloto. É de bom tom que o homem cisgénero teça vários comentários sobre o melhor caminho e critique sempre a escolha do lugar em que se decidiu parar o carro. O homem cisgénero deve albardar a pessoa companheira que se identifique como sendo do sexo feminino com toda a carga que está na bagageira do carro, pegar no saco com dois tupperwares, dar a mão aos petizes porque um pai também é mãe, dizer "vá, despacha-te!" e ir a assobiar até ao areal. Meia hora depois, aparecerá a pessoa companheira que se identifique como sendo do sexo feminino de língua de fora e, por essa razão, cabe ao homem cisgénero providenciar uma gamela com água fresca.

3) Cabe à pessoa companheira que se identifique como sendo do sexo feminino espetar o guarda-sol no areal e, ao homem cisgénero, meter creme protector nos pequenos cisgénerozinhos. Devido à masculinidade tóxica emergente, será de esperar que o homem cisgénero desenhe umas pilas com o creme nas costas dos petizes. Enfim, o patriarcado a patriarcar.

4) Duas horas depois, o guarda-sol ficará pronto e acabará por voar em direcção a um casal intergénero que se identifica como um grupo de seis pessoas e todas elas com fluidez de género, portanto, muito cuidado com a forma como se dirigem a eles/elas/isso porque convém não arranjar problemas desnecessários. Cabe à pessoa companheira que se identifique como sendo do sexo feminino ir buscar o chapéu e ao homem cisgénero ficar sentado a dar cubos de melão à boca dos pequenos cisgéneros.

5) Na eventualidade do vosso destino ser o parque de campismo, caberá ao homem cisgénero "abrir" a tenda da Quechua e depois pedir à pessoa companheira que se identifique como sendo do sexo feminino para a fechar, porque se há algo que percebe de coisas fáceis de abrir mas difíceis de fechar, é outra igual.

6) Se por acaso estiverem numa situação de almoçarada de grelhados, é altura de passarem a "tocha" da grelha às pessoas companheiras que se identificam como sendo do sexo feminino. Isto implica limpar a grelha, carregar os sacos de carvão, acender um lume como deve ser, temperar a carne e depois ficarem feitas múmias de mini na mão a olharem para a grelha em silêncio. Enquanto estão a fazer isso, os homens cisgéneros estão todos enfiados na cozinha a tratar da salada e a falar mal de alguém. Será de esperar que alguns homens cisgéneros brinquem com os pepinos e os tomates simulando actos sexuais uns nos outros devido à masculinidade tóxica, mas nada que um berro não resolva.

Boas férias em igualdade de género a todos.

Ruim
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