15 janeiro 2020
Estás triste?!
Eh pá, sim... aliás, estou e não estou, tem dias ou momentos em que a coisa anda melhor... a depressão tem que se lhe diga... mas merdas à parte, é um facto que o sexo melhora a disposição e tem uma série de benefícios e mais alguns.
Por isso... sim... se estiver triste, é isto que eu quero, é do que preciso... mesmo quando estou demasiado em baixo para ser eu a tomar a iniciativa, entende-o como um puxar pelos colarinhos acompanhado de um "fode-me" assertivo, olhos nos olhos... sem pena, que isso não me aquece nem arrefece.
PCG
14 janeiro 2020
O conforto que existe em ti
Existem clichés, que, de tão bons, não passam de moda. Vi-me
enroscada no sofá a ver um filme contigo, pouco a pouco o teu corpo procurava
conforto no meu e acabámos por estar muito confortáveis um no outro. Daquele
silêncio entre nós, quebrado pelo som da televisão, apenas posso dizer que era
confortável, tão confortável como tu.
Da carência dos dois gerou-se carinho, do toque físico
geraram-se abraços, da nossa cumplicidade veio a conclusão que seriámos tão
melhores de um para o outro, se por esses mimos nos ficássemos.
Sexo em osso - 3
Peça de um conjunto de 4, esculpida em haste de veado vermelho escocês com figuras de homens e mulheres em posições sexuais, com base em madeira.
A base em madeira pode ser removida e a peça esculpida pode ser usada como pega de bastão.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...
... procura parceiro [M/F]
Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.
Visita a página da colecção no Facebook.
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A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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13 janeiro 2020
Postalinho de Coimbra
"Vim jantar... aos Prazeres da Carne...
Gostei da música ao vivo e deste «conjunto escultórico» a condizer com o nome do restaurante..."
Rui Pato
Gostei da música ao vivo e deste «conjunto escultórico» a condizer com o nome do restaurante..."
Rui Pato
12 janeiro 2020
O fundo Baú - 51
O baú que deu início à colecção de arte erótica «a funda São» |
Em 11 de Junho de 2004 as meninas não gritavam por Cristiano Ronaldo. E os meninos?
Meninos, chamem-lhe um figo!...
«voo» - Susana Duarte
voo
-talvez-
no voo abrupto
das aves
melancólicas,
e nas fragas
por onde
rolam sonhos,
antigos
como as brumas.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Facebook
-talvez-
no voo abrupto
das aves
melancólicas,
e nas fragas
por onde
rolam sonhos,
antigos
como as brumas.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
11 janeiro 2020
«Os perigos do chocolate» - Fernando Gomes
O relatório não deixa dúvidas: a desconhecida morreu de enfarte. Em circunstâncias suspeitas, é certo, mas a autópsia nada detectou de estranho. Encontraram-na há dois dias, seminua, na fria madrugada de um jardim de Marvila. O corpo barrado de chocolate branco e a ausência de quaisquer documentos de identificação levaram a que, na morgue, a alcunhassem de «achocolatada».
Foi há trinta e oito anos, uns dias depois da menarca, que Jalídia conheceu as crises de epilepsia idiopática que a acompanhariam toda a vida. A partir dos quinze, tornaram-se mais frequentes. Duravam pouco mais de um minuto, e a sensação violenta e doce que lhe assaltava cada nervo dava-lhe um gozo indescritível. Dostoievski tinha comparado tais crises a orgasmos, mas a adolescente, de romancistas russos, apenas sabia – por um poema numa aula de Português – que Álvaro de Campos não o era. Nem isso, nem parvo.
Só se interessou verdadeiramente pelo heterónimo de Pessoa quando, aos dezasseis anos, percebeu que as crises eram desencadeadas por chocolate. A sua vida mudou radicalmente, e passou a seguir o lema «Não há mais metafísica no mundo senão chocolate». Deixou-se de saídas nocturnas à discoteca e de ir ao cinema com as amigas. Preferia ficar em casa, com uma tablete a provocar-lhe mais prazer do que elas poderiam imaginar. Aos poucos, foi desenvolvendo um conhecimento notável acerca de chocolate e seus derivados e tornou-se uma verdadeira enciclopédia na matéria. O paladar foi-se refinando, e começou a escolhê-lo pela origem do cacau, pela qualidade dos ingredientes adicionais e por um sem-número de características desconhecidas dos leigos.
Não se casou e nunca se lhe conheceram amores. Viajava pouco, apenas com o fito de descobrir diferentes variedades da sua única paixão. Em suma, passou a viver para o deleite que esse delicioso catalisador epiléptico indirectamente lhe proporcionava. A morte, perto dos cinquenta, deu-se pouco depois do encontro com um vendedor clandestino de chocolate branco confeccionado com substâncias orgânicas ilegalmente importadas da Arábia Saudita. A ânsia por novidades achocolatadas guiara-a ao perigoso mundo de uma desconhecida e poderosa máfia de produtos alimentares açucarados. Felizmente, a sua intuição conseguia sempre antever possíveis riscos e defender-se deles.
Nessa noite, mal se viu com o balde de cinco quilos, não resistiu. Tinha de ser ali. Sentou-se num banco de jardim e foi rasgando a massa alvacenta à unhada, engolindo-a, sôfrega, quase sem respirar. A crise epiléptica não tardou, mas, desta vez, com uma pujança insólita e crescente que a fazia devorar mais e mais aquela delícia, repetindo mentalmente o seu mantra predilecto, adaptado de versos camposianos: «Come chocolate, Jalídia, come chocolate!» Já lá iam quatro minutos, e os espasmos não paravam. Perdeu a noção do que a rodeava. Quis sentir em todo o corpo a pasta esbranquiçada que a levava ao êxtase. Rasgou a roupa e besuntou-se toda, em delírio. O enfarte não tardou.
Jalídia descansa agora num gavetão da morgue, com uma etiqueta «Identidade Desconhecida» pendurada no dedão de um pé. Os investigadores forenses não sabem que não lhes será fácil descobrir quem é a «achocolatada». Para já, ter morrido virgem e casta acarretou o terrível inconveniente de não haver quem reconheça o corpo.
Fernando Gomes
Foi há trinta e oito anos, uns dias depois da menarca, que Jalídia conheceu as crises de epilepsia idiopática que a acompanhariam toda a vida. A partir dos quinze, tornaram-se mais frequentes. Duravam pouco mais de um minuto, e a sensação violenta e doce que lhe assaltava cada nervo dava-lhe um gozo indescritível. Dostoievski tinha comparado tais crises a orgasmos, mas a adolescente, de romancistas russos, apenas sabia – por um poema numa aula de Português – que Álvaro de Campos não o era. Nem isso, nem parvo.
Só se interessou verdadeiramente pelo heterónimo de Pessoa quando, aos dezasseis anos, percebeu que as crises eram desencadeadas por chocolate. A sua vida mudou radicalmente, e passou a seguir o lema «Não há mais metafísica no mundo senão chocolate». Deixou-se de saídas nocturnas à discoteca e de ir ao cinema com as amigas. Preferia ficar em casa, com uma tablete a provocar-lhe mais prazer do que elas poderiam imaginar. Aos poucos, foi desenvolvendo um conhecimento notável acerca de chocolate e seus derivados e tornou-se uma verdadeira enciclopédia na matéria. O paladar foi-se refinando, e começou a escolhê-lo pela origem do cacau, pela qualidade dos ingredientes adicionais e por um sem-número de características desconhecidas dos leigos.
Não se casou e nunca se lhe conheceram amores. Viajava pouco, apenas com o fito de descobrir diferentes variedades da sua única paixão. Em suma, passou a viver para o deleite que esse delicioso catalisador epiléptico indirectamente lhe proporcionava. A morte, perto dos cinquenta, deu-se pouco depois do encontro com um vendedor clandestino de chocolate branco confeccionado com substâncias orgânicas ilegalmente importadas da Arábia Saudita. A ânsia por novidades achocolatadas guiara-a ao perigoso mundo de uma desconhecida e poderosa máfia de produtos alimentares açucarados. Felizmente, a sua intuição conseguia sempre antever possíveis riscos e defender-se deles.
Nessa noite, mal se viu com o balde de cinco quilos, não resistiu. Tinha de ser ali. Sentou-se num banco de jardim e foi rasgando a massa alvacenta à unhada, engolindo-a, sôfrega, quase sem respirar. A crise epiléptica não tardou, mas, desta vez, com uma pujança insólita e crescente que a fazia devorar mais e mais aquela delícia, repetindo mentalmente o seu mantra predilecto, adaptado de versos camposianos: «Come chocolate, Jalídia, come chocolate!» Já lá iam quatro minutos, e os espasmos não paravam. Perdeu a noção do que a rodeava. Quis sentir em todo o corpo a pasta esbranquiçada que a levava ao êxtase. Rasgou a roupa e besuntou-se toda, em delírio. O enfarte não tardou.
Jalídia descansa agora num gavetão da morgue, com uma etiqueta «Identidade Desconhecida» pendurada no dedão de um pé. Os investigadores forenses não sabem que não lhes será fácil descobrir quem é a «achocolatada». Para já, ter morrido virgem e casta acarretou o terrível inconveniente de não haver quem reconheça o corpo.
Fernando Gomes
Eros mínimo
Livro de poesia de Casimiro de Brito.
Oferta do autor ao coleccionador.
A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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> 2.000 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
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