19 janeiro 2014

Teóricas e práticas




Ele era inexcedível quando se atracava a mim e subia uma mão por dentro da camisola até fazer saltar um seio do sutiã para os dedos titilarem o mamilo enquanto a outra se metia desvairadamente pelo cós das calças ou da saia, na ansiedade de um bando de pássaros migradores a bicarem cada milímetro das zonas húmidas.

A gaita, Senhor Doutor, era quando naquele período do aquecimento se empenhava em fazer do meio das minhas pernas o seu prato de leite que era uma pressa de schlep, schlep, tal e qual os gatos fazem com a língua. Eu bem sei que os filmes pornográficos são um fraco material de apoio para esta questão já que a maior parte das vezes são gajas com gajas e nenhum mânfio as vai copiar, não vá perder virilidade por isso e, quando são gajos na função, aquilo é mais estética para o plano que outra coisa qualquer.

O facto é que a falta de comunicação emitida em gemidos da minha parte o fez repensar a questão e a solução que encontrou foi pegar no popular passar o corredor a pano e, literalmente, fazer de mim chão de esfregona. Oh Senhor Doutor, eu nem queria acreditar, dada a sua idade cronológica que o sexo oral fosse para ele matéria virgem mas em boa verdade, ainda me irritava mais a sua contínua falta de espírito de investigação.

E assim, fartinha do trivial que era o que a minha avozinha chamava às refeições dos dias de semana, resolvi fazer-lhe um desenho e pespeguei uma imagem de um pénis e de um clítoris nas minhas nádegas que era o expositor que tinha ali mais à mão e paulatinamente, pedi-lhe que observasse bem as semelhanças que permitiam que as técnicas de sucção aplicadas num pudessem ser igualmente aplicadas no outro, tal como o contorno da língua no topo da elevação e que, de igual modo, as mãos colocadas na base permitiam a aceleração do estado de erupção.

Só não lhe disse mesmo que me parecia que o pénis era uma evolução natural da espécie clitoriana para não lhe criar um crise de identidade e consequente demissão de quaisquer funções.

Lógica Feminina



Via Testosterona

18 janeiro 2014

«269 Chilli Pepper Single Hotel»

"O melhor hotel gay do Brasil. Localizado no Largo do Arouche, 610 - São Paulo"


269 Chilli Pepper Single Hotel from 269 Chilli Pepper Single Hotel on Vimeo.

«A tua cona é um santuário» - João

"Cinzento. Sabemos, ambos, que existe azul e Sol mais acima, mas aqui, visto de baixo, está cinzento. É a cor do céu, das caras das gentes, das instituições sombrias. Estamos agarrados. Apertados. Temos os braços emaranhados, e as pernas também. Insistes em encostar a cabeça ao meu peito e ouvir o bater do meu coração. Por razões que talvez nunca tenhas entendido, eu não lido muito bem com o bater do coração. Prefiro não ouvir. Não sentir. Mas gosto que tu encostes a tua cabeça ao meu peito. Gosto que oiças o meu coração bater. Se tu gostas, eu gosto. Convivo bem com isso e não tens porque evitá-lo. Estamos quentes. Temos uma manta que cobre os corpos, e o que o tecido não cobre, o amor preenche. Somos caprichosos. Esticamos o tempo o mais que podemos, ignoramos os relógios, ficamos apenas nós, a saborear o tempo da chuva, desinteressados do que se passa lá fora, do que fazem as outras pessoas, do que dizem. Borrifamo-nos. À grande. À nossa.

Rompo o silêncio com um pensamento tirado do fundo das minhas sinapses. Do meio do nada, exclamo, a tua cona é um santuário! Afastas a cabeça do meu peito por um instante e olhas-me com surpresa, enquanto me cravas as unhas junto às costelas. Como? Sim, é como disse. A tua cona é um santuário. O que lá se passa é inexplicável, a perfeição com que nos unimos, quando a visitamos, é just short of divine. De volta ao meu peito dizes que, se calhar, olhando às coisas que eu penso e em que acredito, sendo assim, não fodemos hoje. Só por respeito, talvez. Para manter a dignidade, vá. Talvez seja de ficarmos só assim, de corpos confundidos e quentes, e deixar os olhos repousar, caindo num sono profundo, partilhado, sem pressa, sem ninguém que me diga que acelere, sem gemidos a rebentar em nós. Talvez. Pergunta-me daqui a meia-hora. Talvez menos. Talvez um pouco mais. Connosco, nunca se sabe. Não. Disseste-o com clareza. Não! Connosco sabe-se sempre!"

João
Geografia das Curvas

Trio a divertir-se

A peça mais fresquinha da minha colecção já aparenta ter uns anitos.
Esculpida à mão em jade negro, comprei-a em França mas desconheço a proveniência.
Alguém consegue dar um palpite? Mas sem incomodar o trio...




Um sábado qualquer... - «Sábado»



Um sábado qualquer...

17 janeiro 2014

Dear Penis - a interpretação de Dr. Jay 'n' Easy Lee

A funda São mora na filosofia [II]



Tenho ali numa estante um livro que se chama Os Filósofos e as Paixões, e que faz um percurso histórico sobre a forma como a paixão é encarada pelos vários filósofos, em diferentes contextos. É um livro necessário - até porque há uma espécie de regra implícita de que o filósofo tem que ser racional, frio, calculista - ok, talvez o Kant nos tenha dado um bocadinho de má fama. Ou então é angustiado até à 5ª casa - Schopenhauer, you did it again! O facto é que, bem vistas as coisas, a palavra filosofia contém amor/amizade (philia), sendo esses sentimentos projectados (de forma não violenta, vá!) face à sofia (à sabedoria).

Parece fácil concluir que a filosofia é uma actividade que encerra alguma promiscuidade em si mesma: somos todos amantes (diria amigos coloridos) da sabedoria e queremos muito, mas muito praticar o amor com ela. Sim, praticar. Experimentar. Ir para lá do amor platónico. Somos muitos a dormir com a sofia (a sabedoria, entenda-se), o que faz de mim lésbica (OMG, e agora? vou já escrever para a Hora do Sexo, e expor a situação ao Dr. Quintino!) e de tantos de vós gays. E felizes, que isto do saber está estreitamente relacionado com o sabor e o saborear (psshht onde é que essa mente perversa já ia? venha cá sachavore).

Tenho uma pessoa amiga que está a passar por uma relação à qual não consegue dar um nome. Não sabe "o que é aquilo". Para os filósofos, isto é um problema, pois gostamos de trabalhar com conceitos, definir o seu significado, para depois problematizar e aprofundar o mesmo. Assim sendo, resolvi ajudar a pessoa amiga. Perguntei-lhe algumas coisas, usando palavras como "namorado", "amigo colorido". Nada do que ela dizia sobre essa relação coincidia com esses conceitos.

"Não sei se estás preparada para isto" - disse-lhe, do alto da minha sapiência (NOT) - "mas o que tu tens é uma cena, com o rapaz." Nem é carne, nem é peixe - nem seitan ou tofu. É uma cena. Descansa, isso não é um problema de saúde pública (nem a virgindade aos 26 anos, sim, Dr. Q?). Tantas vezes vivemos e experimentamos coisas que não sabemos exactamente o que são (por exemplo, o tofu é um mistério para muitos) e ninguém morre por causa disso. Morre-se, sim, quando se recusa viver essas cenas, que nos dão alento (filosófico e não só). Quando se pressiona, demasiadas vezes, o cursor que nos faz recuar.

Talvez haja uma forma mais filosofódica de dizer isto. Ora bem. 'Xa cá ver:

Foda-se. Amai-vos uns aos outros, caralho!

Cuidado para não cair nela

Dificilmente tem volta.



Um minuto de silêncio para esses guerreiros.

Capinaremos.com

16 janeiro 2014

«Fruit Porn» - pornografia da fruta

fruit porn from tanja Knaus on Vimeo.

Novo viagra português



HenriCartoon

«Lovelace» - só um filme e tantas questões que levanta!

Sinopse do filme «Lovelace»:
"Em 1972, muito antes da Internet e da explosão da indústria pornográfica, «Garganta Funda» torna-se um fenómeno. É o primeiro filme pornográfico com argumento a ser exibido nas salas de cinema, apresentando uma desconhecida e improvável estrela, Linda Lovelace.
Depois de escapar do ambiente rígido da sua família religiosa, Linda descobre a liberdade e a alta-sociedade quando se apaixona e casa com o carismático vigarista Chuck Traynor. Linda Lovelace torna-se numa sensação internacional, sobretudo por encarnar a fantasia da fascinante “vizinha do lado” com impressionantes dotes para o sexo oral. Vivendo profundamente a sua nova identidade, Linda acaba por se tornar numa entusiasta porta-voz pela liberdade sexual e pelo hedonismo desinibido.
Mas seis anos mais tarde, ela apresenta ao mundo uma outra narrativa de vida, totalmente contraditória com a personagem do ecrã, revelando-se sobrevivente duma história muito mais sombria."

Li recentemente dois artigos sobre este filme: "Eventualmente chocante", de Manuel Dias Coelho, no «Público» e "Sexo, violência e garganta funda" de Jorge Mourinha na «Ípsilon».

A minha sugestão é que leiam ambos os artigos e vejam as diferenças nas abordagens. Numa, aproveita-se para desancar na pornografia e na indústria pornográfica. Na outra, faz-se uma análise muito mais interessante e sem o fundamentalismo da primeira. Mas gostava de saber as vossas opiniões.



Let's look at the trailer:

É tão fácil seduzir uma alma sozinha...

Crica para veres toda a história
Solidão


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