18 fevereiro 2018

«atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher» - bagaço amarelo

E ela disse que atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher. Falava do marido, na caixa de um supermercado, para explicar à empregada que ele era muito importante na terra onde vivem, mas ela também, por estar atrás dele.
O que eu sei é que nunca ouvi ninguém dizer o contrário, que atrás de uma grande mulher há sempre um grande homem, talvez porque quem diz estas coisas nunca espera ver uma mulher à frente de um homem.
Se atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher, quer dizer que atrás de um homem pequeno também pode haver uma grande mulher. Já as mulheres pequenas confinam-se aos traseiros dos homens também pequenos. Há, portanto, mais mulheres grandes do que homens. Ainda assim, sugere-se que uma mulher nunca aparece à frente.
Outro problema semântico deste provérbio é que assume que atrás de um homem pequeno nunca há uma grande mulher, ou seja, a grandeza de um homem é determinada pela mulher que lhe segue atrás. Se ela é pequena, ele também.
Ficamos a saber que os homens para serem grandes precisam duma grande mulher e que as mulheres estão destinadas a andar atrás. E eu, que me lembro de um anúncio rodoviário em que um homem dizia que com ele a criança ia sempre atrás, não consigo deixar de pensar na pequenez de quem diz estas coisas.
Pus na passadeira rolante um saco com pão e uma garrafa de vinho branco. Fiquei a olhar para eles. Tinham, de facto, o mesmo tamanho. Ela arrumou todas as compras em sacos e ele, um pouco à frente, impávido e sereno, não fez nada a não ser pagar a conta. Ele é o presidente da câmara duma terra de que não percebi o nome. Grande homem, portanto. Ela é a mulher dele. Grande mulher.
Esclareceram-me!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Cura-São


Parece brochedo

Ela estava sentada a ler uma brochura que é coisa que não se deve fazer em público.Toda a gente sabe. Vem nos manuais de decoro da brochice.

Patife
@FF_Patife no Twitter

17 fevereiro 2018

«Se eu fosse um homem» - Tatiana Brodatch

Felícia ou as minhas estroinices

Versão portuguesa de 1982, do Círculo de Leitores, de um clássico da literatura erótica do século XVIII, «Félicia ou mes fredaines». Junta-se a uma versão em francês, de 1958, na minha colecção.



A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

A origem das caralhadas

Crica para veres toda a história
Billingsgate
*

1 página

* Billingsgate
1. mercado do peixe, em Londres
2. figurado, antiquado linguagem própria de regateiro
to talk Billingsgate
figurado falar como um carroceiro, falar como uma peixeira

16 fevereiro 2018

Patinagem artística


Patinadores mudaram rotina por ser... "sexy demais"
  Raim on Facebook

Postalinho de Florença - 6

"O rapto de Políxena.
1860-1865.
Estátua em mármore de Pio Fedi (1816-1892), na Piazza della Signoria, em Florença.
Não admira que quisessem raptar a Políxena..."
Paulo M.



Margot Robbie - cena do filme «O lobo de Wall Street»

«O Último...» - Mário Lima


Nos cantos do bar, as aranhas teceram as suas teias e nelas vão apanhando as moscas que agora povoam o espaço onde dantes ecoavam gargalhadas.

Copos sujos, permanecem caídos sobre o balcão, com marcas de baton no seu rebordo, que tilintavam ao sabor de uma Cuba Libre, de um whisky, ou de um PisangAmbom.

Ao canto um toca-discos onde corpos, ao som de músicas românticas, se movimentavam numa sensualidade arrebatadora e se fundiam num corpo só, pleno de entrega e prazer!

Ainda ali está a mesa onde escrevi o meu «Só», olhando a noite fria que me esperava através da vidraça!

Aqui se fizeram amizades continuadas, para além do espaço e do tempo que os separa!

Agora é um espaço quase vazio, nada mais é como dantes!

Eu fui o último... porteiro da noite!

Mário Lima
Blog O sonhador

Tema escrito num Fórum, onde muitas amizades se fizeram e era o ponto de encontro dos que andavam... Fora-de-Horas! 15 Abril 2003

#MeToo - Ruim

Está na altura de eu contar a minha história. Nem foi há muito tempo que uma vizinha me pediu para entrar em casa dela. Normal. Quando se lança um livro, coisas destas acontecem numa base diária. Trintona, divorciada e com pinta de loba da Alsácia. Obviamente que eu percebi logo o que ela queria, mas decidi fazer-me de parvo.
"Gosto muito das coisas que escreves!" - disse ela num tom lascivo, a mexer no cabelo e a morder o lábio.
Sorri, mas fiz-me de desentendido.
"Não estou a perceber, Joana." - respondi, mesmo não sabendo o nome dela.
"Tu sabes porque é que estás aqui, certo? Não te faças de santo." - insistiu.
"Julgava que me ias fazer um bico..." - respondi inocentemente.
"Nada disso. És tão naive. Preciso que me ajudes a arredar uma cómoda, porque vou hoje ao IKEA ver de umas velas aromáticas e... preciso de um homem para me ajudar. A sério, a merda do móvel é mesmo pesado." - disse Carolina sem vergonha.
"Eu... eu não sei o que dizer, Carla!" - respondi sem olhar esta desavergonhada nos olhos.
"É só um móvel. Só um... são dois minutos! VÁ, TU GOSTAS...! - insistiu Ana.
"Desculpa. Isto não está certo. Desculpa. Eu sei onde fica a saída. OBRIGADO!" - disse enquanto me dirigi para a porta.
Todos temos uma história. Esta é a minha.

Ruim
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