09 fevereiro 2016

A primeira tentação de Santo António

«The First Temptation of Saint Anthony» de Gustave Flaubert.
Livro editado em 1924 por John Lane The Bodley Head Limited, Londres.
Tradução de René Francis com uma introdução de E. B. Osborn e ilustrações a cores e preto e branco (protegidas por papel vegetal) de Jean de Bosschère. A cópia nº 465 de uma edição de 3.000 exemplares passou a fazer parte da minha colecção.




















Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

08 fevereiro 2016

Disfunções



HenriCartoon

PETA - «Dura mais. Torna-te vegetariano»

«Vem ver a vista, amor» - João

"Vem ver a vista amor. Subia o elevador, veloz, a gaiola de metal a cair e eles a subir, as malas à espera, e explicações, tantas explicações, e eles só queriam que os deixassem sozinhos. Não tinham interesse em botões, em saber como se abria ou fechava alguma coisa, haviam de descobrir, por tentativa e erro, de uma forma bem diferente daquela como se haviam descoberto, que só tinha uma tentativa e nenhum erro. Vem ver a vista amor, que daqui é escura como em qualquer outro local a esta hora, mas estamos bem alto, bem acima, o nevoeiro e as trevas da rua dão ainda mais brilho a esta cama alva e suave, e por fim estamos sós e se havia a promessa de um agora não, depois, mentirosos foram e tudo quebraram, empurrou-a a sorrir para cima da cama, e também ele lhe subiu, avançando lentamente sobre os joelhos e depois a tirar-lhe a saia, os sapatos, a desapertar-lhe a blusa, a despir-se, os beijos, as mãos a correr os corpos vivos, os dois afundados numa cama fofa que os envolvia, os gemidos, e não é isto maravilhoso amor? Não é isto fantástico, bom mas bom, tão melhor que a vista lá fora. E ela que dizia que depois de a provar não ia querer mais nada tinha de admitir que ele, ele era afinal a grande foda da vida dela, e nenhum mal haveria nisso, se fosse apenas a foda. Mas afundados na cama alva estavam metidos em algo mais que isso."
João
Geografia das Curvas

Postalinho do corrector ortográfico da Microsoft

"O corrector ortográfico não tem que saber tudo, especialmente sobre conceitos usados especificamente em algumas indústrias, como a cerâmica. Mas que é tarado, é."
Paulo M.

«Amor» - Rubros Versos


Tiago Silva

07 fevereiro 2016

Arte do flamenco

Decorre em Sevilha, Espanha, até hoje, dia 7, a 22ª edição do Salão Internacional de Moda Flamenca.
Esta criação de Isabel de Vargas até me conseguiria levar às touradas... e gritar olé!


«respostas a perguntas inexistentes (324)» - bagaço amarelo

Os homens são tristes porque têm medo da solidão. A solidão e a tristeza são sentimentos diferentes que até podem ser opostos. Mesmo assim, normalmente, a maior parte de nós prefere estar triste do que estar só. É por isso que existem casamentos que continuam para lá do Amor. Estar casado sem Amor é triste, mas não é estar só.
Os homens são mais assim por serem também mais simplórios. Não estando sós, a única coisa má que lhes pode acontecer é estarem tristes. Por isso é que aprenderam a espremer felicidade de palermices: um jogo de futebol, uma borracheira com um amigo ou um jogo de computador. Estas coisas simplórias combatem a tristeza. De forma ineficaz, é verdade, mas combatem.
As mulheres são mais incompetentes na busca da felicidade, talvez por serem mais verdadeiras. Não é qualquer merdice que as faz felizes, muito menos um jogo de futebol. É por isso que a aparente felicidade dos homens as confunde. Nalguns casos elas zangam-se com eles, noutros têm pena. O que elas nunca têm é compreensão com essa inteligente capacidade que os homens têm de ser estúpidos.
Perguntam-se como é que um gajo pode estar feliz quando a vida é triste.
Elas preferem a solidão à tristeza, porque combater a tristeza é mais difícil.
Eles preferem a tristeza à solidão, porque combater a tristeza é mais fácil.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI das rosas, senhor!

Maitena - Condição feminina 13




06 fevereiro 2016

Lily Ayers



Via Wicked Knickers

Gritos do próprio?!...


Pelas camas por onde passo a pinar, "berrar é humano".

Patife
@FF_Patife no Twitter

«Forma e substância» - por Rui Felício

A arte é tida pelos mais superficiais observadores como o paradigma da forma.
Não a entendo assim, porque não creio que o artista fotógrafo, pintor ou escultor produza as suas obras por um simples impulso estético.
«Mulher», 2002
Composição de 3 peças em barro branco
Colecção de arte erótica «a funda São»
Descortino sempre a mensagem que está subjacente à obra. Mesmo que a não adivinhe, formulo a minha convicção. E essa pode ter sido, afinal, a intenção do artista: possibilitar ao observador a liberdade de lhe associar a substância.
No Direito estabeleceram-se inúmeras normas que balizam e regulam o processamento para julgamento. O Juiz tem obrigação de garantir que a forma seja respeitada, mas é a sua convicção profunda acerca da substância que ditará a sentença,
Na Literatura, o escritor procura e escolhe as palavras adequadas e certeiras, a forma, para exprimir a substância daquilo que quis transmitir..
Reconheço que o homem é atraído em primeiro lugar pela aparência física da mulher, pelo sorriso que lhe entreabre a porta dos sentimentos, mas é quando a vivência em comum lhe possibilita reconhecer-lhe a sensibilidade, o carácter, a classe, a personalidade, a inteligência, a firmeza de ideias e princípios, ou seja, a substância, que o homem ou se apaixona verdadeiramente ou não.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Um sábado qualquer... - «Leite dos peitos 2»



Um sábado qualquer...

05 fevereiro 2016

«ChooChoo»


'ChooChoo' with the Thelma White Orchestra. Nude Music Video from BB Bango on Vimeo.

«conversa 2148» - bagaço amarelo

Ela - Há tanto tempo que não te via...
Eu - Estava com saudades tuas.
Ela - Como é que andas?
Eu - Na merda, mas tirando isso está tudo bem.
Ela - Só tu para dizeres que andas na merda a uma ex-namorada que não vias há anos...
Eu - Nunca te desiludi nesse aspecto.
Ela - Não... de facto não. Não me lembro de te ouvir dizer que estava tudo bem.
Eu - E tu, como andas?
Ela - Eu ando bem, tirando o que está mal.
Eu - Também nunca me desiludiste. Achas sempre que está tudo bem, mesmo quando não está.
Ela - Prefiro ver o copo meio cheio.
Eu - Eu prefiro vê-lo vazio, desde que seja eu a bebê-lo.
Ela - Achas que foi o facto de sermos tão diferentes que acabou com tudo entre nós?
Eu - Acho que foi o facto de sermos tão iguais...
Ela - Talvez... isso e o facto de gostares de música brega brasileira.
Eu - Isso era ultrapassável.
Ela - Não era nada.
Eu - Eu estava disposto a usar auscultadores.
Ela - Não chega.
Eu - És uma intolerante.
Ela - Pois sou... mas lembro-me de ti quase todos os dias.
Eu - Eu também me lembro de ti a cada momento.
Ela - A sério?!
Eu - Pensavas o quê?
Ela - Que não querias saber...
Eu - Bem, que se foda! Dá-me um abraço.
Ela - Era o que eu te ia pedir...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

«É de homens!» - Ruim

Metem dois ou três gajos que mal se conhecem numa casa todos juntos. Dois dias depois e umas quantas c@ralhadas mais tarde já estão a combinar jantaradas, a discutir caminhos para o trabalho e qualquer um tira de si para dar ao outro se precisar. Só o clube os diferencia mas isso também com duas c@ralhadas se resolve bem.
Quando se é gajo, muito se resolve à c@ralhada!

Ruim
no facebook

«Um e um são dois» - Shut up, Cláudia!




no Facebook

04 fevereiro 2016

Gaston Lachaise - «Mamas com órgão feminino no meio», bronze



Via mon ami Bernard Perroud

Eva portuguesa - «Hoje»

Hoje só me apetecia abraçar-te, apertar-te bem forte contra os meus seios nus. Aninhar-te nas minhas curvas e inebriar-te com o meu cheiro para que esquecesses o mundo lá fora. Queria enganar-te com o toque da minha pele e o ardor do meu desejo para te fazer esquecer quem és e em que mundo vives. Hoje queria que te esquecesses de ti, perdendo-te em mim. Que te entregasses ao momento que te ofereço sem pensares no que está para vir ou que já passou. Hoje queria-te só meu... vens?...

Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

De ficar com os olhos em bico...

Livro «Forbidden Asia» de Hans-Jurgen Dopp (Parkstone International, 2012) sobre a arte erótica na China e no Japão.
Miminho oferecido pela Daisy e pelo Alfredo Moreirinhas para a minha colecção.


Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

Além de preconceituosos, os senhores (M/F) do Facebook são vesgos!

Ao fim de 5 anos, o Facebook descobriu que o logótipo da minha página tem uma mamoca à mostra! E será que repararam na cobra cuspideira?
Um dia sem poder publicar lá nada. Será que vão ter hoje a visita do presidente do Irão?!
Nada erótico!
Não faz mal, que está lá a minha equipa. Força nisso, malta da fundiSão!
Entretanto, não é que espere que adiante mas enviei-lhes uma mensagem:
"Tenho, há 5 anos, o máximo cuidado para não publicar no Facebook imagens de nudez ou de sexo. Não é fácil, quando temos uma página dedicada ao erotismo e a uma colecção de arte erótica. Mas são as vossas regras e tenho que as seguir. Agora... um bloqueio por causa da imagem de perfil da página, que sempre foi a mesma há cinco anos, e é um desenho?! Podem explicar-me o que tem um desenho (ou uma pintura) de obsceno, de ofensivo?"

Entretanto, alguns comentários recebidos na própria página do facebook:

Paulo Magalhães - "Se substituir a moça por um mocetão de peito e mamilos à mostra já está tudo bem."

Carla Cristo (em nome da São Rosas) - "Será que o Andrej Pejic cola?!"


Alexandre Paulo - "Isso normalmente acontece porque alguém com excesso de zelo ou puritanismo denunciou...
Sou gestor de algumas páginas com conteúdo similar ao teu e, apesar de ter todos os cuidados e as respetivas páginas estarem visíveis apenas para membros com mais de 18 anos, volta e meia também acontece, tendo já tido direito a bloqueio da conta pessoal por 30 dias.
A última até foi por conteúdo não-erótico: apenas uma piada que deve ter ofendido alguém com profunda falta de humor publicada tantos meses antes quem nem consigo precisar (mais de um ano, provavelmente).
Prova que se trata de denúncia de puritanos zelosos é que a mesma publicação colocada em duas ou mais páginas só é eliminada numa...
E acontece sobretudo com uma página limitada a público brasileiro..."

Paula Ramos E Ramos - "Ridículos!... se fosse algo realmente obsceno como criancinhas à beira da morte com fome a pedir "amém" ou videos super gráficos de pessoas a esvaírem-se em sangue como já assisti sem querer estava tudo bem..."


«Hipster e Viagra» - Adão Iturrusgarai


03 fevereiro 2016

«Stayin Alive»


Stayin Alive by Evgenyi Demenev from Evgenyi_Demenev on Vimeo.

«coisas que fascinam (182)» - bagaço amarelo

Às vezes é como, se no Amor, vivêssemos acima das nossas possibilidades. Somos uns gastadores, é o que é. Pegamos no Amor que temos e vivemos à grande e à francesa, sem pensar no dia de amanhã. Quando damos por ela, estamos a contar os trocos para conseguir viver o dia-a-dia. Um beijo aqui, uma carícia ali...
Como em tudo, fazemos um downgrade na vida, de forma a que o que temos nos chegue. É como ir a uma loja e não ter dinheiro para comprar o que se quer, na verdade. Se tivéssemos um bocadinho mais de Amor, abraçávamo-nos e ficávamos dois dias assim, abraçados. Mas não temos. Gastámos tudo no bom tempo.
Eu não gosto de viver com pouco. Na verdade, no Amor, gosto de ser um gastador sem vergonha. É por isso que ando aqui a juntar, pouco a pouco, Amor suficiente para o futuro. Quero gastá-lo todo, preferencialmente com a mulher com quem dei cabo duma razoável fortuna. Hoje acordei com a sensação que a minha conta à ordem está a crescer rapidamente.
A Economia é outra história...


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho dos danados para a brincadeira

"Será um divertimento mais para adultos..."
Pedro Miguel C. V.

Chicotada psicológica


02 fevereiro 2016

Campeonato Mundial de Orgasmos - competição entre duas vegetarianas



... e neste canal do YouTube há mais.

E ninguém diga que já está tudo inventado!

"Vem carnavalgar"...
Convite de duas gatas de Cantanhede, nos anúncios de Relax do jornal «as Beiras» de hoje.


Boas acções têm a sua recompensa

“Você já fez sexo no primeiro encontro? Como foi?

Foi garantia de um segundo.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«Projeto Mulheres» - Carol Rossetti - 25






Página pessoal
no Facebook
no Tumblr

«Fumo de cigarro»

Pauta musical da canção «Fumo de cigarro» (anos 40?) com ilustração na capa de uma mulher nua a aparecer no fumo de um cigarro.
Música de António Teixeira da Silva e letra de Marta Mesquita da Câmara - edição Centro Musical Júlio da Fonseca Lda (Porto).
Oferta de Lourenço M. para a minha colecção.








Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

01 fevereiro 2016

EIS - «Es rappelt im Karton» (agita-se na caixa) com Pixie Paris

«Rendição» - João

"Dou por mim a olhar para ti, e tu não sabes o que estou a pensar, porque sorrio contigo e tu divertes-te comigo, eu alinho nas tuas conversas e é quando dou por mim a pensar que não sei bem quando é que decidi que queria abrir as minhas pernas para te receber dentro do meu corpo. E depois, depois de alguns instantes, pergunto-me se não o sei, ou se não quero saber, porque isso pode não ser importante, ou porque pode querer dizer que muito mais do que uma sedução, fui vítima de mim mesma, apaixonei-me por aquilo que vi, pelo que tu és, e não tanto pela vontade crescente de da roupa fazer estilhaços.

Talvez já estivesse rendida a ti quando fui ao teu encontro debaixo de um Sol abrasador, e olha que eu bem te avisei, eu bem te disse que tivesses atenção, que tomasses nota, que eu não fazia aquilo por um qualquer. Talvez já estivesse rendida quanto te vi de calções e gostei de imaginar as tuas pernas presas nas minhas. Talvez já estivesse rendida muito antes de perceber que o estava. Quando te procurava como companhia numa tarde de Verão, perguntando se estavas por perto, porque eu estava, e a ressentir-me porque a tua resposta não chegava, e eu a querer que chegasse, e eu a querer que viesses.

Nos dias em que repeti o teu nome vezes sem conta enquanto sentia o que temia já não existir, nos dias em que te disse o quão louca estava por ti, do quanto era tua, nesses dias em que sabia que estava rendida, estava só atrasada a reconhecer o que já tinha muito, muito tempo. Rendi-me cedo, rendeste-te cedo também, a resistência a que nos votámos é que foi admirável, e enquanto penso em ti, enquanto sorrio com as coisas que eu sei que tu dizes, enquanto imagino o que estás a fazer, penso no admirável que é tanta rendição nunca ter tido bandeira branca agitada ao vento, e porque, provavelmente, nunca a terá, rendida que permaneço, mas ainda de armas apontadas a ti e camuflada como nenhum camaleão alguma vez conseguiria."

João
Geografia das Curvas

Postalinho da Zara Home'm

Almofodas bordalescas



«Saudoso» - Rubros Versos


Tiago Silva

31 janeiro 2016

Corridas de vibradores

Para quem pensava que já tinham inventado tudo!

«pensamentos catatónicos (331)» - bagaço amarelo

Tenho quarenta e quatro anos e estou totalmente apaixonado. Se alguém me perguntasse neste momento quem eu sou, pouco mais saberia dizer. Ando um pouco triste também, embora me considere um homem feliz, precisamente pelo motivo que me põe triste. O Amor, sim.
Hoje tirei vinte minutos da minha vida só para mim. Encostei o meu carro na estrada e aventurei-me num pinhal. Abri a porta e desliguei o rádio para poder cheirar o forte aroma do silêncio. Foi uma forte de combate ao desAmor.
Quando nos sentimos sós, é como se o tempo custasse a passar mas não custasse a ter passado. É como se cada segundo durasse minutos a passar, mas depois de ter passado fosse tudo demasiado rápido. O tempo passa a uma velocidade estonteante, mas emperra quando passa por nós. É assim um Amor apagado, mesmo que esteja em vias de se acender.
Quando um Amor nos corre mal porque alguém se distanciou de nós, quem nós perdemos não é apenas esse alguém, mas sim quem nós pensávamos que esse alguém era. As outras pessoas são sempre, pelo menos em parte, resultado da nossa criatividade, incluindo no Amor. Isso vale para os dois lados, porque nós também somos o que os outros fazem de nós.
Amanhã vou tirar vinte minutos da minha vida só para um abraço, ainda não sei de quem. Sei que, seja quem for, será também um bocadinho do que eu preciso e desejo. Espero que eu possa ser o mesmo. É assim que às vezes se começa um Amor.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI ocular