Via Testosterona
19 dezembro 2012
18 dezembro 2012
«Tempo desfolhado» - Susana Duarte
______o tempo traz as flores acomodadas no peito_________
desfolha-as, no impulso firme de ser vento,
desacomoda-as de si, do caule, da voz das águias,
no movimento forte de ser vento,
e volta a deixá-las ser flores,
...
apenas por um segundo,
quando os olhos se movem ao encontro das mãos
e o tempo volta a ser tempo
e o tempo acomoda o peito
e as flores
e o vento
e os caules
de ser ave
levada nas ondas sonoras
do dia em que as mãos partiram
e deixaram as flores desfolhadas no peito
do imenso desalento
da tua ausência
_________até que o Tempo volte a ser tempo
de me desfolhares o peito______________
e de escreveres as pétalas das flores
____________________________________________em mim.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
desfolha-as, no impulso firme de ser vento,
desacomoda-as de si, do caule, da voz das águias,
no movimento forte de ser vento,
e volta a deixá-las ser flores,
...
apenas por um segundo,
quando os olhos se movem ao encontro das mãos
e o tempo volta a ser tempo
e o tempo acomoda o peito
e as flores
e o vento
e os caules
de ser ave
levada nas ondas sonoras
do dia em que as mãos partiram
e deixaram as flores desfolhadas no peito
do imenso desalento
da tua ausência
_________até que o Tempo volte a ser tempo
de me desfolhares o peito______________
e de escreveres as pétalas das flores
____________________________________________em mim.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
Eva portuguesa - «Tarde»
É tarde...
Tarde para começar a ganhar dinheiro num dia de trabalho que já começou há muito...
Tarde para tentar outra profissão que não esta...
Tarde para iniciar uma carreira...
É tarde, demasiado tarde, para conseguir continuar a sonhar, para acreditar na inocência, para viver outra vida... até para viver esta...
É tarde para começar, para recomeçar, para fugir e para desistir...
É tarde até para amar...
Fugi do que não queria, indo ao encontro do que não devia.
Subi vários degraus, apenas para escorregar por eles abaixo.
Ri apenas para não chorar, nadei para me salvar sem que isso me permitisse evitar a corrente.
Sigo, como todos os outros, rio abaixo, levada por uma corrente que não me permite lutar ou resistir...
Resta-me a rendição a esse caminho que não escolhi tentando manter-me à tona, tentando manter-me viva...
E, quando quis tudo isto contrariar, quando quis o meu destino mudar... já era tarde... tarde para mudar, tarde para me rebelar, tarde para lutar... tarde para viver, tarde para morrer...
É tarde... muito tarde...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
Tarde para começar a ganhar dinheiro num dia de trabalho que já começou há muito...
Tarde para tentar outra profissão que não esta...
Tarde para iniciar uma carreira...
É tarde, demasiado tarde, para conseguir continuar a sonhar, para acreditar na inocência, para viver outra vida... até para viver esta...
É tarde para começar, para recomeçar, para fugir e para desistir...
É tarde até para amar...
Fugi do que não queria, indo ao encontro do que não devia.
Subi vários degraus, apenas para escorregar por eles abaixo.
Ri apenas para não chorar, nadei para me salvar sem que isso me permitisse evitar a corrente.
Sigo, como todos os outros, rio abaixo, levada por uma corrente que não me permite lutar ou resistir...
Resta-me a rendição a esse caminho que não escolhi tentando manter-me à tona, tentando manter-me viva...
E, quando quis tudo isto contrariar, quando quis o meu destino mudar... já era tarde... tarde para mudar, tarde para me rebelar, tarde para lutar... tarde para viver, tarde para morrer...
É tarde... muito tarde...
Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado
O tarot mais recente da minha colecção
Recebido de fresco dos E.U.A., «Le Tarot des Femmes Erotiques» (o tarot das mulheres eróticas), que se junta agora aos mais de 10 tarots que já estavam na minha colecção de arte erótica.
17 dezembro 2012
Ragga Magazine - «Cuida do teu» e «Cuida da tua»
Videos com imagens usadas no calão do Brasil para os órgãos sexuais masculino e feminino, respectivamente:
«pensamentos catatónicos (280)» - bagaço amarelo
Numa das primeiras noites em que saí com a Cláudia, abracei-a enquanto olhávamos para a montra duma loja de chocolates. Ela pediu-me que eu tirasse o braço. Que não se sentia ainda à vontade comigo, disse. Eu tirei, e continuei caminho tentando perceber porque é que uma mulher com quem eu já tinha dormido não se sentia à vontade com o meu abraço.
Entrámos num bar onde ela escolheu a mesa do canto. Fez questão de ficar virada para o centro e eu, de costas, só a via a ela e à parede. Estive calado a noite toda enquanto ela me falava dos clientes atrás de mim. Dois deles, que eu não cheguei a ver, estavam aos beijos enquanto as suas cervejas aqueciam, e ela tinha a mão entre as pernas dele. Não percebi, no seu tom de voz, se havia crítica, inveja ou admiração.
Naqueles primeiros dias, percebi que a Cláudia nunca falava dela própria, apesar de nunca estar em silêncio. Eu sabia que ela era divorciada e que tinha um filho que eu nunca tinha visto. Mais nada. Tinha-a conhecido naquele mesmo bar algum tempo antes e, desde então, dormido com ela algumas vezes, sempre na casa dela. Ela acordava antes de mim para ir trabalhar. Eu limitava-me a lavar a loiça, fazer a cama, e bater com a porta antes de sair. À hora do jantar, mais coisa menos coisa, ela telefonava-me para marcar um encontro e a história repetia-se. Saíamos, conversávamos, dormíamos juntos e eu nunca a podia abraçar.
Estávamos a olhar para a mesma montra da loja de chocolates quando eu lhe perguntei se o podia fazer. Para mim já era demasiado esquisito ter que lhe pedir licença para tal mas, ainda assim, foi o que fiz.
- Preferia que não. Eu não gosto nada de abraços, principalmente em público.
Nessa noite bebi mais do que o habitual. Estávamos sentados no mesmo canto do mesmo bar quando ela me disse que estava uma mulher a olhar para mim há muito tempo. Virei-me e o meu olhar cruzou-se com o de uma amiga que eu já não via há muito tempo. Estava de férias em Aveiro, depois de ter emigrado para a Alemanha. Levantámo-nos e demos um abraço longo. Perdi a noção do tempo nos braços dela. Quando tornei a olhar para a mesa do canto, a Cláudia já não lá estava. Ainda pensei que tinha ido à casa de banho ou coisa parecida, mas não. Nunca mais apareceu. Nunca mais a vi.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Quer vender seu carro? Use sua filha em fotos sensuais!
Fonte: HuffPost
Um vendedor de carros usados em Oregon (EUA) fez anúncios dos veículos com sua filha posando de forma sensual. Bem, na verdade isso foi o que ele disse. Uma mentira. A belezura da foto é na verdade uma modelo contratada, é a filha de outra pessoa. O carinha trollou todo mundo!
Achando que a loirinha era filha do cara, milhares de pessoas se interessaram pelo anúncio no Ebay. Muitos perguntaram se a loira vinha com o carro. No que o vendedor respondeu: "!jeito bonito de falar da minha filha" - "Mas claro - compre já!".
Mas tudo ficou estranho quando procuraram em uma página do facebook, que parece ser a de Kim Ridley, o vendedor, com fotos de familiares, mas de nenhuma filha, menos ainda uma filha loirinha e sexy.
Depois de muito questionado, vendo-se sem saída, a falcatrua foi descoberta, e Ridley admitiu que a moça não era sua filha. Uma passada pelo site do vendedor demonstrou que ele usava várias modelos para chamar a atenção dos consumidores.
Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/
16 dezembro 2012
Porta-Curtas - «Máscara Negra»
Ficção (Comédia)
Director: Rene Brasil
Elenco: Beno Bider, Eduardo Acaiabe, Élder Fraga, Júlio Machado, Rafael Rodarte
Duração: 15 min Ano: 2011
País: Brasil Local de Produção: SP
Sinopse: Gregório é apaixonado por uma mascarada de carnaval. Ele todos os anos vai atrás dela. Seus amigos tiram sarro, mas ele é um romântico convicto. Luisette é uma travesti em busca de carinho. Juntos eles passam uma noite de amor intenso. No dia seguinte, Gregório leva Luisette a um jogo de futebol beneficente com amigos vestidos de mulher. Conforme ela vai jogando bola, ele vai se apaixonando. Luisette o cativa pelo seu amor sincero.
Director: Rene Brasil
Elenco: Beno Bider, Eduardo Acaiabe, Élder Fraga, Júlio Machado, Rafael Rodarte
Duração: 15 min Ano: 2011
País: Brasil Local de Produção: SP
Sinopse: Gregório é apaixonado por uma mascarada de carnaval. Ele todos os anos vai atrás dela. Seus amigos tiram sarro, mas ele é um romântico convicto. Luisette é uma travesti em busca de carinho. Juntos eles passam uma noite de amor intenso. No dia seguinte, Gregório leva Luisette a um jogo de futebol beneficente com amigos vestidos de mulher. Conforme ela vai jogando bola, ele vai se apaixonando. Luisette o cativa pelo seu amor sincero.
15 dezembro 2012
«conversa 1934» - bagaço amarelo
Ela - Qual conversa?
Eu - A conversa... a conversa em geral.
Ela - Pensei que tinhas alguma coisa concreta para me dizer.
Eu - Não, não tenho. Estava só a dizer que já não falamos há muito tempo.
Ela - Ah! Que interessante.
Eu - Noto alguma ironia na tua voz...
Ela - E eu noto alguma ironia no facto de quereres pôr a conversa em dia sem teres nada de concreto para dizer.
Eu - Epá! Eu gosto muito de ti, mas às vezes a sério que nem sei que te diga.
Ela - Já reparei.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
Azulejo - Marina 2008
Um dos azulejos da minha colecção.
Este foi comprado em 2008 e está assinado, no suporte em madeira que serve de moldura, por Marina.
Este foi comprado em 2008 e está assinado, no suporte em madeira que serve de moldura, por Marina.
14 dezembro 2012
As pedras da calçada
Eu
perguntei “Então e a…?” depois de o cumprimentar e de termos dito e concordado que
já não nos víamos há muito tempo mas ele levantou a mão direita, da qual me
mostrou a palma e calou-me.
–
Nem me digas nada – suspirou, voltando a palma da mão para si e ficando a olhar
para ela.
–
Não? – perguntei, abanando a cabeça para reforçar a solidária negativa.
–
Não – repetiu ele, também a abanar a cabeça com uma expressão de cão sem dono.
– Nem me fales nessa gaja. – Eu encolhi os ombros noutro gesto prenhe de
compreensão e solidariedade e olhei para o chão. As pedras da calçada
pareceram-me estranhamente tristes. Ele agradeceu com a cabeça e continuou: – A
gaja foi o pior que me aconteceu na vida, pá. O pior!
Sorri
do ar trágico com que o pior foi dito e lancei como se fosse um desafio:
–
Pior do que quando partiste a perna?
–
Muito pior.
–
Pior do que quando estampaste o carro do teu pai?
Ele
riu com displicência.
Eu
insisti:
–
E ficaste em coma três semanas e perdeste o ano e partiste a omoplata, a perna
e o colo do fémur?
Ele
hesitou, olhou-me fixamente, moveu o ombro para cima e para baixo e depois em
movimentos circulares, esticou a perna e olhou para o pé.
–
Pior – anunciou, depois de voltar a cruzar o olhar com o meu. – A gaja foi pior
que isso tudo, pá. Foi mesmo a pior coisa que me aconteceu na vida – concluiu
com suspirada convicção e deslocados olhos de carneiro mal-morto.
–
Bolas… – deixei escapar.
–
E sabes o que é pior?
–
Ainda pior?! – Espantei-me e olhei para o chão. Apesar do calor, as pedras da
calçada apresentavam uma inexplicável humidade. “Provavelmente já conhecem a
história”, pensei.
–
É que se ela me ligasse agora para ir ter com ela, eu ia, pá. Eu ia…
Tempo frio na corrida seminua de trenó na Alemanha
Fonte: thelocal.de
O V campeonato internacional de Corrida Nua de Trenó, que ocorreria em Braunlage, Alemanha, em fevereiro de 2013, foi cancelado. O motivo do cancelamento seria a preocupação com a segurança no evento, pois a cada edição o público aumentava surpreendentemente, com um número maior do que o de habitantes da pequena cidade.
Na edição de 2012 o público chegou a 25.000 pessoas. O evento terá uma pausa em 2013 para ver a possibilidade de continuar nos outros anos.
Veja algumas fotos e vídeos das edições anteriores:
Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/
«Corpo» - Susana Duarte
transformar-me-ia em ave,
se as asas dos teus dedos me ouvissem
e condensassem, em nós,
as gotas acontecidas
nas costas,
onde te deixei estradas
quando, em mim,
e nos dedos,
e no rosto,
e no ventre,
deixaste rotas marinheiras,
flor de sal do teu corpo,
sabedoria nua das marés,
ave de todos os dias
negro irresoluto de todas as noites
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
se as asas dos teus dedos me ouvissem
e condensassem, em nós,
as gotas acontecidas
nas costas,
onde te deixei estradas
quando, em mim,
e nos dedos,
e no rosto,
e no ventre,
deixaste rotas marinheiras,
flor de sal do teu corpo,
sabedoria nua das marés,
ave de todos os dias
negro irresoluto de todas as noites
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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