«Amo-te» - Patife
Amo-te! Ousou soltar ela a meia foda, deixando-me o nabo à beira de um enfarte do miocárdio fálico. A pausa originada por esta transgressão verbal, seguida da minha cara de enfado, fê-la entrar em justificações atabalhoadas enquanto corava: Não estou a dizer por dizer... amo-te mesmo. Foi o que aquela alminha conseguiu dizer para tentar salvar a face. Aí, serenei. Adoro brincar com pachachinhas, bicos tesos e pandeiretas arrebitadas, mas se há coisa com a qual não gosto de brincar é com sentimentos. E se uma coisa é saborear a ilusão, conhecendo os limites da realidade, outra profundamente diferente na sua essência é viver na ilusão. Por isso, expliquei-lhe que eu não estava ali para o amor, da mesma forma que o amor não estava no mundo para mim. Disse-lhe ainda que o primor dos seus contornos pachachais totalmente rapadinhos me faz arrebitar o pirilau e que o seu rabo empinado me dá vontade de lhe dar tau-tau. Mas que só lhe queria foder a chona e não o coração. Ela, meio assustada, como quem ousa virar a cara à realidade, riu-se e disse: Tu também tens sentimentos. Isso é o medo a falar. Mas não era. Era apenas a sinceridade do meu nabo a falar.
Patife
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fode, fode, patife»