02 janeiro 2013

Um amor que é

Um amor que sufoca quando as palavras se amontoam e atropelam na boca com pressa de sair, travadas por um beijo que parece não ter fim.

«outra pessoa acampada na nossa cabeça» - bagaço amarelo

O jornal Público traz hoje uma dissecação do Amor, feita pela antropóloga Helen Fischer. O Amor é uma intrusão, diz ela, explicando que "um grupo de neurónios localizados no mesencéfalo começa a produzir dopamina que se espalha a muitas partes do cérebro e nos dá aquela focalização, energia, possessividade, desejo, obsessão e motivação para ir ter com a pessoa". A intrusão dá-se porque, a a partir do momento que isto acontece, a outra pessoa está acampada na nossa cabeça.
Talvez a maior parte das pessoas não simpatize muita com esta fria interpretação científica do que é o calor do Amor, mas a própria Helen passa da sua observação cientifica para uma sua interpretação pessoal, pois também ela sabe o que é estar apaixonada. Dos processos químicos resulta que a outra pessoa acampa na nossa cabeça. Pois é.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

A prática do canibalismo sexual

Alguns animais comem, no sentido denotativo da palavra, ou seja, mastigam e engolem, alimentam-se, ingerem, seu parceiro após o ato sexual.
O canibalismo não é uma prática bem vista entre os seres humanos, sendo considerado crime na maior parte da sociedade. Mas para os animais não existe moral. O que permite, por exemplo, uma fêmea de louva-a-deus, esse bicho gracioso de aspecto tão divino e santo, arrancar a cabeça do macho após a trepada. Uma fêmea humana poderia fazer este ato duas vezes durante o sexo. Isso é que é uma mulher faminta. E é o que a louva-a-deus sente durante o sexo, fome. Sendo assim, por não controlar seus instintos, e precisando se alimentar para repor suas proteínas, ela come, “novamente”, o macho. Nos poucos minutos que restam a ele após ter a cabeça decepada, a penetração ainda continua para finalizar a fecundação, mesmo sem a cabeça. E então morre de amor. Mas a estratégia da fêmea é justamente se nutrir para poder cumprir com a fertilização, e mantendo-se escondida nos “braços” do amante para evitar virar presa de algum predador.
Mas, se pararmos para pensar um pouco, há um pouco deste ato entre nós humanos. O sexo oral é canibalismo. Chupar um pênis ou uma vagina é quase engolir a carne do(a) parceiro(a), em que se extrai o sêmen ou o fluido vaginal, que muitas vezes é ingerido. Também o beijo não deixa de ser uma prática de semicanibalismo, há lábios que dá vontade de morder e arrancar. A cinturinha e os biquinhos dos seios mordiscar. E na bundinha cravar os dentes deixando marca.
Hummmm, deu fome!
Veja um vídeo (em inglês) do programa Wild Sex sobre o canibalismo entre os louva deus e outras espécies:



Obscenatório
http://obscenatorio.wordpress.com/ - blog censurado mas vai renascer das cinzas, como a Fódix!

Smiley




Via Blatino

01 janeiro 2013

«canto as flores» - Susana Duarte





canto as flores que te crescem nas asas, meu amor
no amor, canto as flores que te enrubescem o rosto, meu amor
em todas as línguas do mundo, canto as tuas flores
e, no ventre, escondo os sonhos e os olhares trocados
nas noites seculares dos nossos amores. janela.
janela na minha alma. alma entronada pelo teu rosto.

Susana Duarte, ouvindo Périplus de AMélia MUge e Michales Loukovikas
Blog Terra de Encanto

Eva portuguesa - «O caminho para o Porto»

Já vai ser a quarta vez que percorro o caminho para o Porto.
Tem sido sempre um caminho seguro, directo, direito, proveitoso e feliz.
Felizmente o meu anjo da guarda tem-me protegido e feito comigo esta viagem, tornando-a numa bênção e mais valia para a minha vida.
Qual peregrinação a Fátima (com as devidas distâncias e salvaguardas!), parto sempre com um objectivo definido, com uma esperança na alma, com uma promessa nos lábios. Procuro encontrar na chegada aquilo que me tem sido vedado na partida: melhorar a minha vida!
E, felizmente, tenho regressado sempre com um sorriso nos lábios, fruto de ter alcançado o que tanto queria e precisava, o objectivo que me fez ir para a estrada...
Espero que desta vez o caminho para o Porto seja tão suave e bem sucedido como anteriormente. Espero que o meu anjo da guarda me continue a acompanhar. Espero chegar a Lisboa feliz, realizada e sentindo que valeu a pena afastar-me por uma semana do meu pequenito...
Dia 7 abraço-o com força ao deixá-lo na escola e espero manter aquele cheiro delicioso do meu filho até Sábado, quando regressar e o puder abraçar novamente. 
Esse cheiro que me acompanha no caminho para o Porto... o som do seu riso que me dá alento quando as dúvidas e receios teimam em surgir...
E, se algum significado tiver, percorrer esse caminho logo após o Dia da Mãe. Será um bom significado, a certeza (?) de estar a fazer o que é certo.
Eu sei que neste contexto a afirmação "fazer o que é certo" poderá ser questionada mas, visto que não prejudico nem engano ninguém e que apenas vou tentar melhorar a minha situação económica, continuo a manter o que disse.
Espero rever aqueles que me têm feito feliz.
Espero conhecer outros que também o façam.
E, para me fazerem feliz, basta visitarem-me e tratarem-me bem.
É com esta disposição, com esta crença, com este sonho que vou novamente percorrer o caminho para o Porto.


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

A Prostituta Azul XIX - Lei das compensações

Não me lembro de alguma vez ter sido criança: o meu colo cresceu, o meu peito cresceu, os meus pensamentos sempre tiveram o mesmo tom de voz quase maldito, quase ininterrupto, quase respiração. E agora, que descubro isto, que me descubro isto, sei, já sei: eu sou Mãe de tantos homens porque sou Filha de nenhum pai.

«Discurso sobre o voto de castidade...

... que professão os freires conventuaes da Ordem Militar de S. Tiago da Espada», por D. José Manoel da Camara, freire commendador da mesma Ordem. Lisboa. 1817.
Um pequeno livro de 38 páginas oferecido pelo Lourenço M. para a minha colecção.

31 dezembro 2012

Em primeiro plano

Fixei o olhar na gota de água, mas não tardei a perceber que aquilo que prendeu a minha atenção foi o ombro desnudo por onde ela deslizou.

«conversa 1918» - bagaço amarelo

(num hipermercado)

Eu - Então, por aqui?
Ela - Sim, o meu marido pediu-me para comprar lubrificante e não consigo decidir-me por um...
Eu - Há uns da Durex engraçados, mas são um bocado caros. O quente e o frio são fixes. O de Piña Colada cheira um bocado a anos oitenta.
Ela - Lubrificante para o carro... foi o que o meu marido me pediu...
Eu - Ah! Eu ia agora tomar café. Queres vir?
Ela - Acho que estás a mudar de assunto, mas pronto, vamos lá.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

McDonalds é um exemplo de comida obscena


Obscenatório
obscenatorio.wordpress.com - blog eliminado (censurado) pelo Wordpress

Encontro fatal

Alguns casais não foram feitos um para o outro.



O amor nem sempre é lindo.

Capinaremos.com

30 dezembro 2012

Antonio Zambujo - «Flagrante»



Bem te avisei, meu amor,
Que não podia dar certo
E era coisa de evitar.
Como eu, devias supor
Que com gente ali tão perto
Alguém fosse reparar.

Mas não; fizeste beicinho,
E como numa promessa,
Ficaste nua para mim.
Pedaço de mau caminho,
Onde é que eu tinha a cabeça
Quando te disse que sim?

Embora tenhas jurado
Discreta permanecer,
Já que não estávamos sós;
Ouvindo na sala ao lado
Teus gemidos de prazer,
Vieram saber de nós.

Nem dei p'lo que aconteceu,
Mas, mais veloz e mais esperta,
Só te viram de raspão.
A vergonha passei-a eu:
Diante da porta aberta
Estava de calças na mão!

Letra: Maria do Rosário Pedreira
Música: António Zambujo

Sexo cru, sexo cozido


No início do ano um homem foi encontrado desmembrado e parcialmente cozido em um apartamento de Berlin. Acredita-se que a ação ocorreu durante um jogo de sexo entre os participantes e que acabou indo além dos limites.
O prazer sexual em comer o parceiro seguiu as entrelinhas e entranhas.
Há de convir que certas comidas cruas não tem um gosto muito agradável.
Fonte: The Local

Obscenatório - blog eliminado (censurado) pelo Wordpress

Brinquedos sexuais fazem a festa dos 50 anos da Orion (loja erótica da Alemanha)



Para quem interessar, a página da Orion é aqui.

«Flor contente» - postalinho

Foto enviada pelo Nelson S.


29 dezembro 2012

Homens, aprendam a lubrificar as vossas... bicicletas

«pensamentos catatónicos (281)» - bagaço amarelo

expectativas

Ela queria comprar uma carteira e pediu-me para a acompanhar. Suspirei. Se ir às compras já é um seca enorme, ir comprar uma carteira de mulher é o deserto do Saara. Mas fui, apesar do meu descontentamento em que ela fingiu nem reparar.
Namorávamos há um mês, se tanto, e ainda só tínhamos tido uma discussão, por causa duma nódoa de vinho que deixei cair num dos melhores vestidos dela. Naquele dia tivemos a segunda. E a última.
A certa altura ela já tinha umas vinte carteiras espalhadas pelo balcão da loja, para as quais espreitava como um lobo para dentro da toca dum coelho. Abria e fechava os fechos várias vezes, virava algumas do avesso e metia-lhes objectos nos bolsos para ver se cabiam. Em pouco tempo, a loja ficou a parecer o quarto duma criança hiperactiva.
Eu, que tentava desviar o meu olhar daquilo tudo, fui apanhado pela frase: "Ajuda-me aqui a escolher!". Senti-me um peixe fora de água, prestes a ser esmagado pelo olhar impaciente da vendedora. Apontei para uma qualquer, com o objectivo primordial de despachar aquilo tudo, e disse: "Esta!".

- Porquê? - Perguntou ela como se me estivesse a encostar à parede.
- É a mais fixe... - e abanei os ombros.

Deixou aquele monte de cadáveres de carteira em cima do balcão, pegou-me pelo braço e levou-me lá para fora. Caminhámos uns minutos envolvidos por um pesado silêncio até, com um ar greve e sério, me ter dito que queria ter uma conversinha comigo. Entrámos num café onde eu pedi um fino e ela não pediu nada. Aquele sítio era apenas o cenário para me dar um sermão.
Explicou-me tudo o que esperava de mim em todas as situações, como se eu fosse uma máquina programável. Quando pedia ajuda para uma compra, eu tinha que me interessar realmente pela compra; quando alguém lhe passasse à frente na fila do supermercado, eu tinha que a defender; quando me desse a mão na rua, não era para eu a abraçar. Desfiou ali um rol de acontecimentos em que eu já tinha falhado no cumprimento das suas expectativas.

- Não tens nada para dizer? - Perguntou no fim.
- Não.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Licor medieval «Levanta o pau - forte»

Elixir na minha colecção... não vá o diabo tecê-las.


Um sábado qualquer... - «Bastidores de um grande acontecimento 1»



Um sábado qualquer...