09 fevereiro 2013

«conversa 1945» - bagaço amarelo

(em Aveiro, em frente a uma livraria infantil nova)

Ela - Que péssimo sítio para abrir uma livraria infantil!
Eu - Porquê?! A mim até me parece bem...
Ela - Era aqui que eu comprava toda a minha roupa interior.
Eu - Era?!
Ela - Sim. Como é que vou escolher um livro para o meu filho no mesmo sítio onde comprava sutiãs e cuecas? Não sei se consigo...
Eu - Vá lá, faz um esforço. Acho que consegues ultrapassar isso.
Ela - Não sei. Devia ser proibido abrir uma loja para crianças no mesmo sítio onde houve uma loja para adultos.
Eu - Para adultos?! Era só uma loja de roupa interior.
Ela - Tu não sei, mas eu não compro roupa interior só para vestir.
Eu - Não?!
Ela - Não, claro que não. Compro-a para excitar o meu marido.
Eu - Já cá não está quem falou.
Ela - Santinho!


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

O São Bernardo tinha cada visão!...

«Lactação de São Bernardo»
(«Visão de São Bernardo»)
Quadro a óleo de Josefa de Óbidos
1660 - 1670
Museu Nacional Machado de Castro (Coimbra)



Agora a sério: o Museu Nacional Machado de Castro foi remodelado, reabriu e merece uma visita. Só lhes falta uma colecção... de arte erótica.

Um sábado qualquer... - «Sim, você me entende»



Um sábado qualquer...

08 fevereiro 2013

A viagem

F. termina a frase com ar compungido, como se pedisse desculpa pela opinião que transmite. L. ouve-o com atenção até ao fim e fica a olhar para ele. Calados, F. e L. olham um para o outro. Um olhar significativo. Demasiado significativo. Desviam o olhar, os dois com a sensação de terem vivido um momento a raiar a mais completa mariquice. F. pega no copo de imperial e bebe. L. diz: “Tens mesmo a certeza?” F. acena que sim mas não olha para ele. Na verdade, olharam-se como irmãos, irmãos que não são mas cuja ligação é mais forte que a de muitos, senão todos, os irmãos. Eles não pensam nisso, só se sentem desconfortáveis. “Foda-se!”, exclama baixinho L., depois suspira e encolhe os ombros. “Não há nada que possas fazer”, assegura-lhe F., pousando o copo de imperial vazio. Continuam a sentir-se desconfortáveis. L. porque vai para o estrangeiro e o seu melhor amigo acabou de lhe dizer que a mulher o pode enganar. F. porque o disse. Os dois porque ainda sentem que se olharam significativamente nos olhos como dois rabicholas. Então, F. anima-se e diz: “Ou melhor, há”. L. olha-o expectante. F. continua: “Há e tu fazes. Se a fizeres feliz não há motivos para ter medo. Para duvidar. Estares aqui ou estares a milhares de quilómetros de distância é igual.” L. ouve com atenção, pronto a ficar descansado. F. continua: “As mulheres não precisam que um homem vá para o estrangeiro para o encornar, pá. Tens dúvidas?” L. concorda: “Nenhumas.” F. entusiasma-se: “Hoje em dia com os telemóveis e o facebook, temos lá hipótese. As coisas são o que são. Se ela te quiser decorar a testa não precisa que vás seja para onde for. Fá-lo e pronto.” F. ouve-se e interrompe-se, perdeu-se na verdade, na desastrosa verdade, e não é isso que quer dizer. L. ainda espera por uma conclusão que o conforte. “No entanto”, F. parou e fez inversão de marcha, recomeça lentamente, ao mesmo tempo que pensa na sua legitimidade para falar em relações; ele, ele um solteiro inveterado que foge de qualquer relação séria – “séria ou não séria”. F. lembra-se da situação mais parecida que teve com uma relação, são fáceis de identificar, são as três ou quatro mulheres com quem esteve e não lhes pagou para isso, e só com uma repetiu a dose por mais do que três vezes. É nela que pensa e, já agora, no marido dela quando andava à sua procura para lhe enfiar um balázio no meio da testa. F. sorri para dentro, safou-se. L. continua à espera: “No entanto?” “Ah! Pois… No entanto, se a fizeres feliz, se a ouvires, se a acompanhares…” “Eu vou estar em Itália, pá!”, reclama L. “Eu sei” F. exaspera. “Não podes entender tudo literalmente, bolas! Acompanhar aqui é interessares-te, é manteres o contacto diário, é surpreendê-la, é estares lá mas ela sentir que continuas com ela. Se fizeres isso…” L. abre um sorriso de orelha a orelha, faz isso normalmente, e anuncia: “Estou safo!” F. não gosta de ser interrompido, nem de felicidade em excesso: “Se fizeres isso” recomeça, “podes estar descansado… se ela te quiser enganar vai esperar que voltes.” O enorme sorriso de L. fecha-se tão depressa que, por um instante, F. teme que as orelhas do amigo desapareçam no vazio deixado pelo sorriso. “Desculpa?! Que lógica é essa?”, pergunta L., depois de pensar na frase sem alcançar qualquer resultado. “Que lógica de merda, é essa?”, insiste. F. torna a sorrir para dentro, L. está no ponto e daí a bocado vão às putas. O resto é conversa. “É uma questão de lealdade. As mulheres são assim.”

Garfanho
Blog Garfiar

Museu de Viena vai aceitar visitantes sem roupa em exposição sobre nus


Matéria reproduzida da Folha de S. Paulo


O Museu Leopold de Viena anunciou na última terça-feira (29) que prepara um dia especial para os que desejem visitar bem à vontade sua exposição "Homens Nus", sobre a história da representação do corpo masculino na arte.

No próximo dia 18 de fevereiro, a partir das 18h, o museu abrirá suas portas para quem deseje visitar a exposição sem roupa, após ter recebido várias solicitações a esse respeito por parte de associações nudistas.

A exposição "Homens Nus" foi motivo de polêmica e até autocensura em outubro por conta de um cartaz promocional com um nu frontal de três homens que divulgava a exposição.

A foto foi motivo de tantas ligações de protesto, tanto de mulheres como de homens, que o museu decidiu cobrir os genitais com uma chamativa faixa vermelha em muitas das cópias distribuídas pela cidade.

A exposição, aberta até o dia 4 de março, reúne mais de 300 quadros, fotos e esculturas.
Em 2005, o mesmo museu ofereceu a entrada gratuita às pessoas que visitassem nuas a exposição "A Verdade Nua: Klimt, Schiele, Kokoschka e outros escândalos".

Esse dia se tornou em um sucesso e centenas de pessoas visitaram a exposição com roupas de baixo ou completamente nuas.

Cartaz promocional do Museu Leopold que foi alvo de censura


Obscenatório

Prisioneiro


Declino o verbo que germina na tua boca...
Desliza dos teus lábios para a minha língua
enquanto o marulhar sereno dos nossos corpos
se deleita no horizonte violeta...
Um uivo grave sussurra-me nas entranhas húmidas...
Estremeço na areia fina,
a espuma branca despiu-me o vestido de seda
e acaricia-me os seios hirtos e nus
enquanto me desfloras cada poro dilatado
com beijos salgados!
Enlaço-te entre suor e saliva,
és prisioneiro do meu inferno!
Ondulo ferozmente sobre o teu plexo rijo
como se galgasse as rochas que se estendem no paredão deserto!
Uma neblina clara de iodo abraça-nos enquanto amanhece...

Lua Cósmica
http://luacosmica.blogspot.pt

A tecnologia arruina tudo!

Crica para veres toda a história
Ferramenta


1 página

oglaf.com

07 fevereiro 2013

Vamos foder o dia inteiro

«Bocarneiro» - Patife

Esta semana dei mais uma queca epopeica. Uma epoqueca, portanto. Se o sexo fosse uma modalidade desportiva estou certo que bateria o recorde olímpico em cada maratona sexual em que participo. Mas adiante. A gaja era uma turista escocesa e no final, dada a majestosa e inigualável queca, e estando ainda em êxtase, ela deixou soltar um “you´ve ruined for other men”. Por isso, fui para a minha secretária e comecei a pensar que se o Bocage e o Mário de Sá-Carneiro fossem um só e tivessem acabado de assistir à minha louvável performance sexual, haviam de ter criado uns versinhos inspiradores que fariam perdurar esta pinada por toda a eternidade. E se o Bocage e o Mário de Sá-Carneiro fossem um só, teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Como só eu possuo

Olho em volta de mim. Todas me possuem
Num afecto, num sorriso ou num abraço.
Mas para mim as ânsias só se diluem
Quando lhes enfio o meu calhamaço

Roçam-se por mim nos lençóis da cama fria
Entre espasmos golfados intensamente.
Sonham com as êxtases que eu amansaria,
Mas só quero meter-lhes o nabo a quente

Quando estou em brasa perco-me todo
Não posso afeiçoar-me, só sei ser eu:
Uma máquina ardente enquanto fodo,
Depois saio, nunca alguém me conheceu

Como eu desejo a que ali vai na rua,
Tão ágil, tão intensa, tão cheia de calor.
Por mim emaranhava-a já toda nua,
Metia-a de joelhos a provar o meu sabor

Ah, eu a faria vibrar de forma penetrante,
O seu corpo ficaria com o prazer roubado,
O seu sexo completamente transtornado
Depois de sentir o meu mastro gigante

De embate em embate todo eu me ruo,
Dou-lhes o mundo inteiro numa pinada
Quedam-se sem pensar em mais nada
Ao serem possuídas como só eu possuo.


Patife
Blog «fode, fode, patife»

A moral da maçã

Dizem as más línguas, e todos nós sabemos como estas nos podem deixar tristes ou frustrados, que a cassete de vídeo betamax perdeu a guerra contra a VHS devido à pornografia. Poderão os leitores mais velhos perguntar o que é isso do betamax? E os mais novos perguntar, além disso, o que é isso da cassete? Aconselho a ambos que procurem. Nem que seja na famigerada Wikipedia.
O betamax apresentava um tamanho menor, maior qualidade de imagem, maior rapidez na utilização e um licenciamento muito limitado. Praticamente só a Sony vendia leitores. O VHS apresentava maior duração e uma maior liberdade de fabrico e venda.
Depois dos esclarecimentos providenciados pela pesquisa, os leitores poderão voltar à carga. E onde aparece a pornografia? Espero que uma questão colocada sem um ar demasiado sôfrego, ou alguém poderá ser levado a pensar que isso é o que realmente lhes importa.
É que a Sony, nunca quis licenciar o formato para a produção de filmes pornográficos. Logo, enquanto que no início num clube de vídeo (sim, porque antigamente não estavam dentro das caixas ligadas às televisões), aparecia a pergunta para os outros filmes se preferia em formato beta ou VHS. Essa questão nunca se colocou para os filmes guardados naquela zona mais recatada do clube. Onde até as capas eram apenas «discretamente» coloridas. Desprovidas das imagens dos filmes, as quais estavam censuradamente guardadas no interior da caixa da cassete.
O erro não se repetiu com o formato blu-ray. A Sony possui uma editora, enfiou discretamente leitores blu-ray em casa dos jogadores das consolas Playstation 3, permite que outros fabricantes vendam leitores e já licenciou o formato para editoras de filmes para adultos.
Aparentemente a empresa da maçã mordida, parece querer manter fora da sua store o fruto proibido da pornografia. Quer um paraíso inocente em cada iJesus que vende a preços elevados, enquanto a serpente tenta os utilizadores com promessas de boas imagens naqueles grandes e belos ecrãs. Obviamente, fora da tal store.
No entanto poderá apenas ser uma ilusão, dada a potencial disponibilidade de pornografia em cada página de exibição de imagens paradas ou em movimento. E se esta sabe ser um móbil poderoso, dado que cavalga em cima do sexo...

Blog Sod, o Pérfido

«Hardcore» - por Luis Quiles








"La sexualidad debería verse como algo normal y natural, sin embargo lo que aceptamos como algo normal y natural es la violencia. Este mundo apesta, con toda esta moralidad de mierda. Aquí os dejo unos cuantos de mis últimos dibujos. Espero que os gusten."

Luis Quiles