07 fevereiro 2013

«Bocarneiro» - Patife

Esta semana dei mais uma queca epopeica. Uma epoqueca, portanto. Se o sexo fosse uma modalidade desportiva estou certo que bateria o recorde olímpico em cada maratona sexual em que participo. Mas adiante. A gaja era uma turista escocesa e no final, dada a majestosa e inigualável queca, e estando ainda em êxtase, ela deixou soltar um “you´ve ruined for other men”. Por isso, fui para a minha secretária e comecei a pensar que se o Bocage e o Mário de Sá-Carneiro fossem um só e tivessem acabado de assistir à minha louvável performance sexual, haviam de ter criado uns versinhos inspiradores que fariam perdurar esta pinada por toda a eternidade. E se o Bocage e o Mário de Sá-Carneiro fossem um só, teriam certamente criado coisinhas poéticas lindas assim:

Como só eu possuo

Olho em volta de mim. Todas me possuem
Num afecto, num sorriso ou num abraço.
Mas para mim as ânsias só se diluem
Quando lhes enfio o meu calhamaço

Roçam-se por mim nos lençóis da cama fria
Entre espasmos golfados intensamente.
Sonham com as êxtases que eu amansaria,
Mas só quero meter-lhes o nabo a quente

Quando estou em brasa perco-me todo
Não posso afeiçoar-me, só sei ser eu:
Uma máquina ardente enquanto fodo,
Depois saio, nunca alguém me conheceu

Como eu desejo a que ali vai na rua,
Tão ágil, tão intensa, tão cheia de calor.
Por mim emaranhava-a já toda nua,
Metia-a de joelhos a provar o meu sabor

Ah, eu a faria vibrar de forma penetrante,
O seu corpo ficaria com o prazer roubado,
O seu sexo completamente transtornado
Depois de sentir o meu mastro gigante

De embate em embate todo eu me ruo,
Dou-lhes o mundo inteiro numa pinada
Quedam-se sem pensar em mais nada
Ao serem possuídas como só eu possuo.


Patife
Blog «fode, fode, patife»