09 dezembro 2014

SOKO - «We might be dead by tomorrow»

O perigo das "normas"... também na pornografia

Comentário feito na minha página do Facebook, a respeito das proibições feitas recentemente no Reino Unido a determinadas cenas nos filmes pornográficos:

"Pornografia da pior é aceitar para todos o que a indústria/ mercado/ tradição impõe e muitas vezes acaba por exigir. 
Infelizmente o estabelecimento de regras «injustas» vem em muitos casos provocar o debate e a reflexão sobre o que nos é muitas vezes incutido pela «normalidade» incutida via indústria/ mercado/ tradição. 
Nem o mainstream nem o underground se devem impor como norma em temáticas que derivam dos «sapatos que cada um calça». 
Se não estivermos atentos acabamos por ser todos um produto do mercado e dos produtos que existem para consumo."
Paulo Freitas

O João Barreto gosta de o pinar:
"Ora vejamos:
Artigo 1º: nenhum vergalho exibido deverá medir mais do que 12 cms, medidos em estado de máxima excitação conforme artigo 5º supra.
Ratio legis: não causar vergonha irrecuperável e consequente depressão suicidária nos rapazes menos dotados.
Artigo 2º: Em situação de orgasmos fingidos, nenhuma gaja deverá emitir sons guturais exprimindo satisfação que excedam os 26 Db.
Ratio legis: respeitar a lei do ruído, deste modo não incomodando os vizinhos quando do visionamento de filmes porno.
Artigo 3º: Qualquer cena de sexo em grupo deverá integrar, no mínimo, um terço de participantes do sexo feminino, sem prejuízo da participação de transsexuais a regulamentar por portaria do ministro da tutela.
§ único: nos fimes classificados como "male gay porn", é admitida uma proporção inferior, desde que haja uma cena não inferior a 1,35 minutos em que uma "barmaid" em topless distribui refrescos aos participantes
Ratio legis: respeitar as quotas europeias de participação de mulheres"

Luta interina


Não tem sido fácil a um gajo da minha idade conviver com uma líbido em permanente crise da adolescência.

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«onde tu não pertences» - Susana Duarte

vou agora.
vou com as nuvens,
devolvendo ao ar o ar
que respiro.

vou com as nuvens.
sou do ar
e das auroras

onde tu não pertences.
vou agora.
desfaço o raiar
da manhã onde tu
já não habitas.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

Quem está por cima?

«Who's on top?»... estatueta em metal de Tom Maso (Holanda).
Ambos estão... na minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)



08 dezembro 2014

«All you need is hand» - PornHub

O Pornhub, um dos maiores sites de pornografia do mundo, instalou um outdoor em plena Times Square, New York, que desapareceu depois de alguns dias.



Um vídeo com pessoas a cantar a versão parodiada da música «All you need is love», dos Beatles, circula entretanto na rede:

«pensamentos catatónicos (316)» - bagaço amarelo

O fim de qualquer Amor é uma despensa.
A minha máquina de café avariou-se. Preocupa-me metê-la no lixo, tanto por causa do seu valor comercial como pela ligação emocional que lhe tenho (sim, é possível ter uma ligação emocional com um objeto). Arrumo-a na despensa, onde todas essas preocupações vão morrendo devagar e, muito provavelmente, levo-a para o lixo daqui a um ano ou dois. Nessa altura já não me vai custar nada, porque entretanto deixou de fazer parte da minha vida.
Uma despensa não serve apenas para guardar aquilo que já não usamos ou só usamos de vez em quando. Serve, mais do que tudo, para aliviar. Pelo menos no meu caso.
Mal ou bem, vou tendo a minha casa mais ou menos arrumada, com as garrafas no sítio das garrafas, os livros no sítio dos livros, os discos no sítio dos discos e as panelas no sítio das panelas. É uma preocupação constante manter as coisas assim. A despensa é o sítio das despreocupações. É lá que está atirado tudo aquilo que não me preocupa, mas já preocupou.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Cantada falha



Capinaremos.com

07 dezembro 2014

De Zero a Ove

Luís Gaspar lê «Natureza» de Otília Martel


Ó espírito de inquietos e cândidos sonhos
que buscas na intemperança e volúpia do desejo
o calor da alma pressentida no júbilo da razão.

Deitas-te na terra húmida entre musgo verde e
adormeces na tempestade que o céu serenou.

Na terra orvalhada em chão de prata
onde o amor lavra e a chuva perdura
em palavras amenas que o coração dita
embarcas no sonho e na magia
que a neve da frieza em rocha dura não matou.

Não iludas o que aprouvera dos teus sonhos.

Falsa a magia do momento.
Na natureza nunca nasce a mesma água de parecida fonte.

Otília Martel
(Este poema foi retirado do livro “Olhos de Vida”, Edi. Monocromia e apresentado em Outubro de 2014)
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Uma boca



A minha boca é um túmulo de esperma.

Até este considerando nunca tinha pensado no meu estômago como um crematório.