13 janeiro 2015
O Maradona do sexo
Perder a noção de tudo quanto estiver para lá da tua pele. E tornar a minha boca na mão de deus.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«as mãos desfazem-se onde os olhares não chegam» - Susana Duarte
as mãos desfazem-se onde os olhares não chegam.
é onde os corpos se arqueiam, inundados por outros
corpos, navegantes estrangeiros dos mares profundos,
que os sonhos, como as mãos, despedaçam madeiras
das distâncias. as mãos desfazem-se onde os olhares
são fortuitas navegações entre um e outro olhar, entre
um e outro corpo, entre uma e outra suave aspiração
a ser. onde os olhares não chegam, não chegarão vozes,
e não chegará, certamente, o toque sedoso da pele.
as mãos desfazem-se onde se anuncia a madrugada só.
só onde as mãos se encontram, se anunciam
noites boreais.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
é onde os corpos se arqueiam, inundados por outros
corpos, navegantes estrangeiros dos mares profundos,
que os sonhos, como as mãos, despedaçam madeiras
das distâncias. as mãos desfazem-se onde os olhares
são fortuitas navegações entre um e outro olhar, entre
um e outro corpo, entre uma e outra suave aspiração
a ser. onde os olhares não chegam, não chegarão vozes,
e não chegará, certamente, o toque sedoso da pele.
as mãos desfazem-se onde se anuncia a madrugada só.
só onde as mãos se encontram, se anunciam
noites boreais.
Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
«Obscénica - textos eróticos & grotescos» - Hilda Hilst com ilustrações de André da Loba
Hilda Hilst é, juntamente com Clarice Lispector, uma das maiores escritoras brasileiras do século XX. Autora de uma obra eclética, que inclui ficção, poesia, crónicas e teatro, Hilda Hilst escreveu ainda alguns textos eróticos e grotescos para «alegrar-se um pouco», convencida de que «o erótico é uma santidade». Esta antologia reúne textos publicados em 1991 e 1992, textos ditos obscenos, sarcásticos e grotescos, que surgem agora acompanhados pelas ilustrações de André da Loba.
Exemplar com desenho original e dedicatória de André da Loba a um tal de Paulo... que veio para a minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Exemplar com desenho original e dedicatória de André da Loba a um tal de Paulo... que veio para a minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
12 janeiro 2015
ManServants - «No strippers»
"Yes, this is a real service and yes, you need this in your life."
www.manservants.co
Prometeram começar a prestar serviços no Outono...
www.manservants.co
Prometeram começar a prestar serviços no Outono...
«Palma da mão» - João
"Estava quente. Eu estava quente, de corpo caído em cama macia, alva, muito quente, talvez demasiado quente apesar da tua ainda ausência. Não vi o teu caminho, não ouvi a tua chegada. Não sabia que vinhas a correr pela rua, a repetir o meu nome incessantemente. Não sabia que vinhas no elevador a desabotoar a blusa, ou que meteste mão à porta já com as calças ligeiramente desapertadas. Não te vi logo à entrada a atirar as botas para um canto, a roupa para outro, os objectos abandonados como ovos quentes que queimam as mãos. Não dei por ti a chegar deliciosamente nua ao meu lado, a deixar cair os cabelos sobre mim, mas foi aí que acordei, tendo sonhado contigo. Foi aí que abri os meus olhos e te vi, de gatas sobre mim, a desafiar-me, a dizer do quanto me querias, e a sorrir muito de mão aberta virada para mim, com um escrito na palma da mão, o mesmo que um dia viste, agora escrito na tua letra, para mim, e enquanto a tua roupa jazia no chão, enquanto os teus pertences desenhavam o caos, enquanto estávamos ali deitados, estava tudo."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
«pensamentos catatónicos (317)» - bagaço amarelo
Tenho um método para pendurar a roupa um bocado estranho. Começo sempre pelas peças maiores. Sei que o trabalho é o mesmo, mas o monte de roupa que falta pendurar parece mais pequeno quando começo pelas peças maiores. Se pendurar duas toalhas de banho, por exemplo, o tamanho do monte diminui num instante. Além disso é uma questão estética, gosto que as peças maiores fiquem atrás e as mais pequenas à frente. As meias, por exemplo, ficam sempre no primeiro arame do meu estendal a contar da rua.
Cada peça leva sempre duas molas, seja grande ou pequena, com excepção precisamente das meias, que levam uma mola por par. É que as organizo por pares logo quando as ponho a secar. Assim, quando as apanho, dobro-as no mesmo instante e poupo o trabalho de as andar a escolher entre o monte da roupa seca mais tarde. É também por isso que as penduro em último lugar. É mais fácil separá-las quando já não há mais roupa nenhuma misturada.
O gato está a aproveitar o que parecem ser os primeiros raios de sol nesta semana. A mulher também. Sempre que olho para ela, ela está a olhar para o gato. Suponho que talvez olhe para mim de vez em quando, quando estou de costas a pendurar a roupa. Eu não fumo, mas se fumasse também o estaria provavelmente a fazer neste momento.
Hoje sei que tenho duas coisas estranhas na vida. Pelo menos duas, digo. Uma é a forma como penso quando penduro a roupa, outra é a minha relação com a minha vizinha da frente. Ainda há bocado me cruzei com ela no café e fingi que não a conhecia, o que ela também fez comigo. Agora estamos aqui os dois a fingir que o outro não existe.
bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»
11 janeiro 2015
«Espelho Torcido» - Porta-Curtas
Sinopse: "Espelho Torcido" é um grito de desabafo de uma jovem mulher que vê seu corpo ser considerado "fora dos padrões" de beleza. O filme contesta a definição de um corpo belo mostrando que o sublime se encontra até em corpos considerados esteticamente feios. A obra é uma busca pela autoaceitação da cineasta em relação a seu próprio corpo.
Postalinho da Estrada Nacional número 1
"Ia eu a entrar na Mealhada quando vi este aviso. Achei curioso, haver uma casta... à venda...
... mas afinal era casta... nha!"
Paulo M.
... mas afinal era casta... nha!"
Paulo M.
Será poligamia?
Se a escrita também é paixão, quem escreva em simultâneo duas biografias está a praticar poligamia?...
E não deve ser só nos dias 13...
Patife
@FF_Patife no Twitter
10 janeiro 2015
«Matemática (sempre presente...)» - por Rui Felício
Rodrigo, o marido da Vanessa, é bom rapaz mas vive nas nuvens. Obcecado pela matemática, parece pairar fora deste mundo, enquanto o seu cérebro fervilha com cálculos e mais cálculos.
Chegou a casa, olhou a mulher de relance, enquanto com os olhos em alvo calculava mentalmente o seno e o co-seno de tudo o que observava.
A Vanessa, recostada no sofá, resolveu ajudá-lo abrindo ligeiramente o ângulo na direcção da tangente do seu olhar. Viu-o levantar a hipotenusa a partir do seu ângulo recto.
Foi então que finalmente o Rodrigo descobriu a solução. Agora ele estava certo de que o logaritmo de dois é um quarto!
Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido
Mulher sentada no bacio
Outra estatueta de Álvaro José, das Caldas da Rainha.
Tal como «a mosca», é uma peça feita por enchimento (molde) revelando um extraordinário domínio desta técnica pelo autor. Álvaro José Mendes (falecido em 2006) herdara em 1946 a olaria do seu avô, à data existente na Rua 15 de Maio, nas Caldas da Rainha.
Outra peça das Caldas... da minha colecção.
Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)
Tal como «a mosca», é uma peça feita por enchimento (molde) revelando um extraordinário domínio desta técnica pelo autor. Álvaro José Mendes (falecido em 2006) herdara em 1946 a olaria do seu avô, à data existente na Rua 15 de Maio, nas Caldas da Rainha.
Outra peça das Caldas... da minha colecção.
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09 janeiro 2015
Tamanha ferramenta...
Li no olhar do técnico a satisfação mal contida de quem se surpreende por às vezes cumprir a função, mesmo com uma ferramenta pequenita.
Sharkinho
@sharkinho no Twitter
«Fala-me de amor» - João
"Duas cadeiras sem braços. Nua, despida de tudo, sentada em frente a mim numa das cadeiras. Eu, frente a ti, despido também, de tudo, talvez até de mais do que tu, os dois muito perto e as tuas pernas por cima das minhas. Sentei-te com a cona sobre um vibrador ligado. Vendei-te os olhos para que te concentrasses na escuridão onde apenas existia eu e a minha voz, e a tua cona a vibrar. Diz-me, diz-me depressa, antes que te venhas, porque razão me amas. Quero ouvir-te. Segurei-te o cabelo, num jogo de domínio, mas deixei-te as mãos soltas para me tocares. Atiraste os teus braços aos meus ombros, as mãos à minha nuca, e quebraste o silêncio apenas dominado por um ligeiro zumbido do pequeno vibrador, falando, a princípio, com um discurso quente e ritmado. Amo-te porque me aqueces, porque me seguras. Amo-te porque me procuras sempre mais fundo, porque penetras os meus olhos. Amo-te porque cuidas de mim ao mesmo tempo que me desconcertas, porque queres queb… porque queres quebrar as minhas defesas par… para me segurar e não deixar cair. Amo-te p… hmm… am… amo-te porque me fazes sentir impor..tante, amo-te porque nos rimos muito juuun ahhhhai… juntos. Ammmo-te porque mme,,,. ahh rr….. me fodes tão bem… e eu puxo mais o teu cabelo, e tu esperneias, agitas-te violentamente na cadeira e levantas-te depressa porque não aguentas mais o vibrador na cona, porque te vieste, porque já não consegues falar coerentemente, e lanças-te sobre mim, sentas-te sobre mim, sobre o meu caralho, e ofegante tentas dizer-me que não importa porque me amas, “porque sou tua, porque tu és meu”."
João
Geografia das Curvas
João
Geografia das Curvas
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