08 janeiro 2015

«Cuerpos ingobernables» (corpos ingovernáveis)

Mujeres AL BORDE (Chile)


Cuerpos ingobernables. from AL BORDE Producciones on Vimeo.

Eva portuguesa - «O que tinha que ser feito...»

Sinto a tua respiração na minha boca.
A tua vontade de me roubares um beijo que não pode ser roubado, pois já foi oferecido.
Mostro-te a que sabe realmente um beijo meu.
Puxo-te de encontro a mim.
Sinto o teu corpo. A tua fúria e a tua doçura.
Viro-me de costas para ti e deixo que bebas o meu cheiro e sintas o meu calor.
Perco-me nas tuas mãos que se perdem em mim.
Suspiros, arrepios, o bater do coração.
Gemidos, suor, tesão.
Tarde demais para fugir deste jogo perigoso, fascinante, viciante.
Mas afinal, apenas fizemos o que tinha que ser feito...


Eva
blog Eva portuguesa - porque o prazer não é pecado

«a mosca» - Mulher a espreitar para dentro do vestido

Estatueta de Álvaro José, das Caldas da Rainha.
Peça feita por enchimento (molde) revelando um extraordinário domínio desta técnica pelo autor. Álvaro José Mendes (falecido em 2006) herdara em 1946 a olaria do seu avô, à data existente na Rua 15 de Maio, nas Caldas da Rainha.
Uma peça preciosa da minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)





Um post do blog «a funda São» no... «Jornal do Guitarrista»?!

Olhem o que encontrei no «Jornal do Guitarrista»:



É um link para este nosso post.

Fruta da boa

Ontem fui ao médico e ele recomendou-me comer mais fruta. Mal saí à rua engatei a primeira magana que encontrei. A seguir papaia toda.

Patife
@FF_Patife no Twitter

07 janeiro 2015

«Malice In Wonderland» (Malícia no país das maravilhas)

Animação por Vince Collins e música por Edd Harris

«Foda em lágrimas» - Bartolomeu

"Lembra-me este post, uma garina com quem tive meia dúzia de faenas e que gostava que a comesse por trás. Deliciava-se; quando lhe colocava somente a cabeça e pouco mais à entrada e pegava o mastodonte e com ele lhe dava pancadinhas no grelo e voltava a meter só a cabecinha. Depois, quando entendia chegado o momento, enterrava a carola na almofada, segurava-me as nalgas com ambas as mãos e ela própria se encarregava de enterrar o nabo até aos catrafolhos. Era nessa altura que a cona dela desatava a roncar e a assobiar. Cada vez que o mangalho penetrava desde a entrada até ao fundo, sucedia-se uma quantidade interminável de peidos-conais e de assobios-borbulhantes. A porra é que, apesar de não perder o tesão, também não conseguia vir-me, enquanto ela gemia, apertava, estremecia, contraía-se, sustinha a respiração, ao ponto de eu julgar que ia asfixiar, tudo isto, num carrocel interminável. E ainda se dava ao luxo de me gritar: 
- Não pares, não pares, mete mais, mete, mete. 
E eu pensava; mas meto o quê, caralho, só se fossem os colhões? 
Bom, mas o ridículo da coisa acontecia quando era chegado o grand finale e a rapariga se voltava de papo para o ar, empinava a barriga, voltava a segurar-me pela cintura e, com ele todo encavado, me puxava cada vez com mais força, como se pretendesse que atrás do vergalho também eu entrasse dentro dela. Mantinha-se assim hirta, contraída, imóvel, de olhos cerrados e o corpo todo feito estátua, durante alguns minutos. Por fim, soltava um suspiro profundo, soltava-me as ancas, baixava o cu até ao colchão e começava a rir e a soluçar de uma forma quase convulsiva. 
Era quando a deixava e me dirigia à casa de banho para bater uma sarapitola e libertar o corpo daquele leite que já devia começar a ficar azedo devido ao excesso de temperatura. 
Conheci outra que no fim também chorava. Sentava-se na cama, tapava o rosto com as mãos e enquanto chorava dizia; 
- Não volto a fazer isto, o meu marido não merece, não volto a fazer... 
No dia seguinte já me estava a telefonar para saber quando nos voltaríamos a encontrar... Vendo bem as coisas, para uma mulher, uma boa foda é aquela que acaba em lágrimas... não em risos."

Bartolomeu

a funda são mora na filosofia [VII]



Nota prévia: não sou feminista. E se me encontrarem num daqueles dias em que estou integralmente vestida de preto e com botas de biqueira de aço facilmente vos digo que não sou gótica. Assim como digo aos meus alunos do 1º ciclo: eu não sou professora. Sou Joana, Joana Rita – foram estes os nomes escolhidos pela minha mãe e pelo meu irmão para me registarem.

O motivo para nunca ter abraçado o feminismo relaciona-se com o facto de considerar que as mulheres são diferentes dos homens – e de me regozijar com essa diferença. Diferença que deve ser, a meu ver, preservada pela eternidade fora. O mais fantástico disto tudo é que – espantem-se! – há mulheres muito diferentes entre si; ainda que tenham em comum o facto de terem trompa de falópio e seios, há muito que as diferencia. Umas gostam de usar batom vermelho, outras preferem nunca se maquilhar. Há mulheres que escolhem ser mães e ficam em casa, outras nem querem ouvir falar em ter filhos. E os homens? Conheço homens que têm mais produtos de beleza no armário do wc do que eu; outros nem sequer usam um hidratante quando fazem uma tatuagem por receio de perderem a masculinidade.

A sociedade passou anos e anos e anos a tentar normalizar tudo para que fosse mais fácil, não sei, existir? Sim, dá-nos jeito que haja tamanhos de roupa normalizados – mas todos sabemos como um fato à medida é que nos enche... as medidas! E o gosto! Tudo foi normalizado, codificado, categorizado, arrumado em gavetas, etiquetado. De vez em quando a natureza prega-nos partidas e quebra essa normalidade. Mais um exemplo: as doenças raras, com sintomas díspares de pessoa para pessoa e que tornam difícil de “etiquetar” e de investigar. Outro exemplo da saúde: confrontada com um problema que provoca a produção de insulina em excesso, o endocrinologista diz “sabe como é, não há assim tanta gente com este problema que justifique investigar e arranjar soluções. Aprenda a viver com isto.”

Resultado: vive-se uma espécie de ditadura da igualdade perante a qual dizer: “desculpe, mas eu acho que somos mesmo todos diferentes” é sinónimo de dizer “eu sou a favor da desigualdade”. E não é.

Defender a diferença é fundamental para mantermos a riqueza daquilo que nos torna seres humanos, cada um de nós único e irrepetível.

Calma, calma. Não ignoro que as mulheres tenham sido – e sejam ainda – discriminadas em várias áreas da sociedade, só pelo facto de serem mulheres. O rótulo “mulher” revelou-se um obstáculo para que muitas pessoas (humanas) pudessem ascender a cargos de direcção ou gestão, por exemplo. O que sinto é que ser mulher também não pode ser uma garantia de qualidade para o que quer que seja – e o contrário para os homens.

Quando leio sobre aquilo que se faz em nome do feminismo, gosto de pensar que estas batalhas que se travam têm um alcance maior: a defesa dos direitos das pessoas humanas (sim, esta é uma expressão que eu uso amiúde e com convicção). Contem comigo.

Quem tem unhas, só toca guitarra!


06 janeiro 2015

Como seria um filme porno realizado por Tim Burton...

Código da estrada


Bom dia. Levem a sério o estado do piso, diz-vos quem atacou a rotunda com demasiada virilidade e acabou a fazê-la em "marcha-atrás".

Sharkinho
@sharkinho no Twitter

«onde as mãos se liquefazem» - Susana Duarte

despojado de luz, o olhar das sereias
tornou-se abraço nunca dado, mar
salgado onde os sonhos não flutuam,
ser etéreo de horizontes estranhos.
despojado de luz, o olhar das mulheres,
onde as mãos se liquefazem: ausência.

Susana Duarte
Blog Terra de Encanto

O estado das Urgências



Postais ilustrados do Butão

Lote de 3 postais ilustrados com figuras fálicas pintadas no exterior das casas, típicas do Butão.
Oferecidos pela Daisy e pelo Alfredo Moreirinhas para a minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)






05 janeiro 2015

«I love Texas» - Texas BBQ Thickburger

Com Hannah Ferguson e Paris Hilton.

«Caneta de aparo» - João

"No momento em que me preparo para mergulhar o aparo no tinteiro, para chupar a tinta para o cartucho que me alimentará a escrita por algum tempo, aproximas-te de mim e colocas as tuas mãos nos meus ombros, e comentas divertida que lá está o senhor doutor de volta das suas canetas, e se não podia escrever com esferográficas como toda a gente. Sorri, e pensei na tinta, como ela flui do aparo, deste aparo, e se enamora do papel, como o impregna e deixa uma marca forte, e de como a minha mão deixa uma caligrafia mais arrastada, num traço onde nem sempre se percebe tão bem onde a tinta termina, enquanto penetra as fibras do papel. As outras tintas são coisas que se depositam no papel, ficam em cima dele. Mas esta não, esta casa-se com o papel, entra nele, funde-se. Amor, disse, escrever com caneta de aparo é como quando fodemos. Não sentes como quando fodemos ficamos unos? Como explode o céu à volta? Como deslizamos? É a mesma coisa entendes? Podias foder com qualquer um, eu poderia foder com qualquer uma, mas isso seria apenas foder, assim como uma esferográfica é apenas o despejo de umas letras num papel qualquer. O que nós fazemos é mais requintado, é mais profundo, ultrapassa tudo. Fodermo-nos, disse-lhe, é como escrever com uma caneta de aparo. Sim, eu sei, respondeu-me, com esferográficas qualquer um sabe escrever, mas foder assim, só nós."
João
Geografia das Curvas

«respostas a perguntas inexistentes (291)» - bagaço amarelo

O Amor é um pudim

Quase ninguém pensa no Amor que está a viver como o Amor que está a viver, mas sim como o Amor que quer viver a vida toda. Toda mesmo, até ao fim. É sempre um problema, porque uma vida toda não cabe no presente. É demasiado grande, e mesmo que às vezes custe perceber que é assim, ainda bem que o é.
É que o Amor é um pudim. Quando sabe bem, depois da primeira colherada não queremos que ele acabe nunca mais. À medida que o vamos saboreando vamos também sofrendo por ele estar cada vez mais pequeno.
Um Amor acaba, outro Amor começa. O sabor pode nunca ser o mesmo, mas a intensidade certamente que o é. O truque é saber aguentar o tempo entre um e outro pudim, como quando se vai lambendo os restos que ficaram entre os dentes. A imagem talvez não seja a melhor, é verdade. Ainda assim é a mais real, porque o Amor também é saliva, bactérias e restos de comida.
Dos pudins que se comem, no entanto, pode haver um que dure mais tempo do que o normal. Diria eu, pelo menos. Quando não se quer mudar, aprenda-se a cozinhar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Postalinho do Serro Ventoso

"Ai fazem-se?!"
Paulo M.


04 janeiro 2015

Mein Kampf


Untitled (Vagina) from Karanos Akis on Vimeo.

Luís Gaspar lê «Confidência» de Manuel Bandeira


Tudo o que existe em mim de grave e carinhoso
Te digo aqui como se fosse o teu ouvido…
Só tu mesma ouvirás o que aos outros não ouso
Contar do meu tormento obscuro e impressentido.

Em tuas mãos de morte, ó minha Noite escura!
Aperta as minhas mãos geladas. E em repouso
Eu te direi no ouvido a minha desventura
E tudo o que em mim há de grave e carinhoso.

Manuel Bandeira
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa