22 fevereiro 2015

«Sob o Encanto da Luz» - Porta-Curtas

Ficção
Director: Dirceu Lustosa
Elenco: Bruno Torres, Larissa Sarmento
Duração: 18 min
Ano: 2005
Sinopse: Respiração. As águas sempre guardam um segredo. Um salto. O profundo e a luz. E com um sopro o tempo pode parar.

Luís Gaspar lê «Artigo 1056º do Código Civil» de Augusto Gil


Oiça, vizinha: o melhor
É combinarmos o modo
De acabar com este amor
Que me toma o tempo todo.

Passo os meus dias a vê-la
Bordar ao pé da sacada.
Não me tiro da janela,
Não leio, não faço nada…

0 seu trabalho é mais brando,
Não lhe prende o pensamento,
Vai conversando, bordando,
E acirrando o meu tormento…

0 meu não: abro um artigo
De lei, mas nunca o acabo,
Pois dou de cara consigo
E mando as leis ao diabo.

Ao diabo mando as leis
Com excepção dum artigo:
0 mil e cinquenta e seis…
Quer conhecê-lo? Eu lhe digo:

«Casamento é um contrato
Perpétuo». Este adjectivo
Transmuda o mais lindo pacto
No assunto mais repulsivo.

«Perpétuo». Repare bem
Que artigo cheio de puas.
Ainda se não fosse além
Duma semana, ou de duas…

Olhe: tivesse eu mandato
De legislar e poria:
Casamento é um contrato
Duma hora – até um dia…

Mas não tenho. É pois melhor
Combinarmos algum modo
De acabar com este amor
Que me toma o tempo todo.

Augusto Gil
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

Sinfonieta



Allegro
: O meu calcanhar é o pescoço que não me pode um dedo por lá roçar que logo um torpor me tremelica.

Vivace: Quando ele encosta o seu nariz ao meu pescoço e lhe retribuo fico feita azeitona pronta a ser triturada no seu lagar. Faz de mim a tua posta de bacalhau e tempera-me.

Adagio: Pareceu-me que a parede precisava de ser pintada mas os seus dedos a cravaram-se mais fundo na minha cintura anunciavam que o seu canudo estava quase a sacolejar convulsivamente.

Grave: Despedi-me pespegando-lhe um beijo tal e qual numa repartição se carimbam os documentos prontos para entrega.




Pilha em espanhol


Confesso que nunca tinha estado com 7 mulheres ao mesmo tempo. Por isso aqui o Pacheco estava uma autêntica pila de nervos.

Patife
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21 fevereiro 2015

A pornografia da política Greco-Lusitana

Na nossa página no Facebook (que tem mais de 2.500 gostos), um elemento da fundiSão publicou esta fotomontagem (em que se limitaram a pôr um paninho no braço do coelho), com esta legenda:

"À primeira vista esta imagem não devia aparecer aqui, mas o ar subserviente que contrasta com uma sisuda indiferença lembra-me uma humilhante história de amor mal correspondido. Uma história daquelas que só se aguenta enquanto houver interesse..."
Paulo F.

Transcrevo aqui um dos comentários:

"A história é fodida, mais com pornografia do que com sexo bom . A nossa história de conquistas e descobertas epicamente documentadas nos livros que nos são servidos tem outro sabor quando comparada, nos episódios comuns, com o cardápio que é servido a outros povos que bem ou mal fodidos se cruzaram conosco. Fodemos muita gente de forma vil e pornográfica mas também demos monumentais fodas que agradaram a todos os participantes. O mesmo se passa na história actual. Há bem pouco tempo o sr Juncker (aquele que esteve envolvido no episódio pornográfico do Luxleaks) confessou pecados contra a dignidade dos portugueses, dos irlandeses e dos gregos (PIG). Esses pecados, como em qualquer história de amor, podem não ter sido intencionais mas, quem sofre as consequências, perde a bondade do raciocínio e acaba por ficar com a ligeira impressão de que tem o cu em sangue para beneficiar coisas como a economia alemã e o grande capital, duas amantes sedentas, sem ter qualquer perspectiva de vir a beneficiar de futuras orgias em que possa gozar qualquer coisinha. A sensação que fica é tipo ir às putas com o dinheiro que elas me emprestam, passar-lhes o corredor a pano, levar uma carga de porrada no "tecido produtivo" sair de lá com uma dívida venérea e repetir indefinidamente alimentando-lhes tecido produtivo enquanto o meu definha ao serviço da dívida venérea. Tive o inquietante benefício dos tempos da orgia da dívida venérea, mas tinha a consciência de que a erecção do tecido produtivo, que era uma ilusão propagada pelos fodilhões optimistas que ocupavam cargos de relevo no bordel, não era suficiente para satisfazer todas as amantes, e que as forças nem iriam chegar para combater a dívida venérea. Agora, para me livrar disto tenho que me livrar das amantes gulosas e sedentas que me alimentam o vício e se alimentam do meu vício. É como se me arrancassem os colhões. Vai doer!"
Oso Drac

«Show Girls - cabaret & behind the scenes. Warm-up»


SHOW GIRLS - cabaret & behind the scenes. Warm-up. from Razoomovsky Andrey on Vimeo.

«Luz e amor» - por Rui Felício




Não se pode medir a escuridão em si mesma.
Ela é a ausência absoluta de luz e só esta é mensurável.
Quanto maior a sua intensidade menor é a escuridão.
Assim se passa com o amor.
Só ele é a medida da solidão.

Rui Felício
Blog Encontro de Gerações
Blog Escrito e Lido

Postais ilustrados de mulheres com lingerie branca

Humedecendo a lingerie, esta fica transparente.
Oferta de Lourenço M. para a minha colecção.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)




«Membro importante» - Adão Iturrusgarai

A partir de hoje, temos a honra de publicar os cartoons geniais de Adão Iturrusgarai, com a sua autorização. Obrigada, Adão!


20 fevereiro 2015

«Earned It (Fifty Shades Of Grey)» - The Weekend

Olho para o marketing


Que bonito, a NASA quer construir cidades voadoras em Vénus. A Durex já deve estar a pensar em abrir lá umas camisarias.

Sharkinho
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«Sei sempre» - João

"Tens o meu caralho nas tuas mãos. Literalmente. Chegaste até mim e sorrindo perguntaste que coisa é essa pá, que coisa é essa que estás sempre com tesão ao pé de mim? E seguraste-me o caralho. Para ti nunca tenho pénis. Muito menos pilinhas, pilas ou piças. Tenho um caralho. Que vais fazer-me com ele? Vais enfiar-mo? Vais querer que to envolva com o meu corpo? E eu de sorriso meio idiota, ou até totalmente idiota, dizer o quê? O que já sabes? Vou esfregá-lo na tua cona, claro. Vou vê-lo a ficar molhado de ti, como gosto, como quero, e tu a encostares-te ainda mais a mim, ao ponto de te colocares muito ligeiramente em bicos de pés, para o entalares entre as tuas pernas, e nós já colados, e eu a pulsar à tua porta, abraçado nos teus lábios, os pequenos, os grandes, e tanta vontade, tanta vontade de ti, e lembro-me de pensar que deve ser isto que sentem os perdidos no deserto, uma sede que não cessa, que não passa, e tu já de boca ao meu ouvido, estou tão apaixonada por ti, sou tão tua, e eu a cheirar-te o cabelo, e a sorrir com tanto prazer, a apertar-te nos braços, e agora, agora que vais fazer-me, vais amar-me? Vais foder-me? Nem uma coisa nem outra, as duas. Devias saber. E sabias, olhaste-me como só tu me olhas e dizes-me “sei sempre amor, sei sempre”."
João
Geografia das Curvas

«Está quieto, macaquinho...»- Shut up, Cláudia!




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19 fevereiro 2015

«Quiosque da Gina» - um monumento virtual às saudosas revistas «Gina»

O autor da página «Quiosque da Gina» já nos tinha disponibilizado aqui a "sua (enorme) colecção de revistas pornográficas portuguesas (a mítica Gina, Tânia, Weekend Sex, Darling Sex, Sex Strip e outras) em formato digital (pdf), o que tem a vantagem de as páginas não se colarem".
Essa partilha teve tanto sucesso que recebemos no próprio dia uma mensagem: "Esta é uma notificação automática do Dropbox para informar que seus links públicos foram temporariamente suspensos por gerar tráfego excessivo". Na altura, isso gerou um desabafo do Triângulo Felpudo que aconselho que (re)leiam.
Agora, o Ginacologista criou esta página onde vai publicando "todas as semanas uma nova publicação das míticas Edições Pirâmide":


Eu ia escrever que podem entrar sem bater... mas isso será pouco provável.

Podes me chamar, amor.

Não tenho medo de te chamar quando eu te desejo. Não tenho receio algum. Porque sei, todo momento tu também me queres. Desejo mútuo que não procura hora adequada.

Não tenho vergonha alguma em te falar sacanagens ao telefone. Escrever-te mensagens que já trazem nas letras o desejo ardente. É só uma questão de tempo e logo as palavras se tornarão gemidos.

Não. Não tenho nenhum escrúpulo em te tocar e deixar que me toques, como a dedilhar ao violão, ou ao piano, numa suave canção, vibrando a cada nota musical. Deixo que tu escolhas os lugares do meu corpo. Mas, sem que tu percebas, vou te conduzindo por onde eu (também) quero, contorcendo-me à medida que me tocas. Tuas mãos, despudoradas, abrem caminho para o meu prazer.

Não nos preocupa o tempo. Aliás, quando isso acontece sequer sabemos o que se passa lá fora.

A pequena pausa para as conversas divertidas. Nossos rostos com expressões de saciados. Olhares de cúmplices.

Repetes a todo instante que tenho a boca mais gostosa de todas, enquanto não paras de me beijar. Não quero que pares de me beijar, mas quero, entre beijos, que me toques o corpo novamente ardendo em desejos. É quando as carícias acontecem em simultâneo. E completamos a simbiose do desejo.

Fazes uma leitura erótica de mim, como se estivesses lendo um livro, impúdico. Surpreendentemente, já leste o livro inúmeras vezes, mas a cada toque, para virares a página, tu ainda te delicias com o que vês.

Ficamos assim, de maneira dissoluta, entre quatro paredes, como se o exterior não existisse.

Não. Não mudemos nada. Não cobremos nada um do outro, a não ser essa liberdade de me chamares quando o desejo te consumir...


(Eu)

Livro «O amante» de Louis Rodolfo

Livro pornográfico brasileiro ilustrado, sem data mas com ares de ter sido publicado nos anos 1970.
Tem um detalhe curioso: as ilustrações são acompanhadas de excertos dos textos, os quais têm um extraordinário lirismo romântico.
Oferta de Lourenço M. para a minha colecção.

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Sexo à portuguesa



HenriCartoon

Heranças do Bocage


Espaço para a poesia: O Patife é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é cu, a chona que deveras sente.

Patife
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18 fevereiro 2015

Quando afunda... afunda mesmo! (verSão NÃO CENSURADA!)


EXCLUSIVO d'A Funda São!

A verSão não censurada do Episódio 69 da série "!!Porta-Aviões Ao Fundo!!"


You Sank My Ship Ep 69 - The Steamy AND UNCENSORED One. from Jürgen Creations on Vimeo.

"!!Porta-Aviões Ao Fundo!!" é uma série de animação da Jürgen Creations,
da autoria de Marco António e Lucy Pepper, ambos habituais colaboradores d'A Funda São.

Provincianismo sexual

Com entradas a 14 € (individual) e 24 € (para casal) e num fim de semana de Carnaval e com o dia de S. Valentim a juntar-se à festa, realizou-se mais um festival erótico em Lisboa. Não desejo que tenha sido um fracasso, mas aborrece-me ouvir banalidades provincianas sobre supostos visitantes provincianos. Não sei se, talvez levados por emoções sadomasoquistas, ouvi numa reportagem tanto expositores/artistas e visitantes a queixarem-se que os portugueses são muito inibidos e têm muitos tabus. Parecem ver muito e comprar pouco. Não têm particular interesse em comprar brinquedos sexuais ou em participar nos espectáculos, nem que seja apenas como público entusiasta. Pela cabeça destes comentadores parciais não passou que a vida económica não está particularmente fácil. E os preços não parecem ser particularmente acessíveis (a somar ao preço da entrada, há que acrescentar os preços dos espectáculos privados e dos objectos e roupas à venda no certame). Também não passou que os portugueses não sejam grandes adeptos deste estilo de sexo. Como se ao sexo fossem imprescindíveis o uso de brinquedos e de conjuntos de fantasia. E, talvez acima de tudo, transformar um acto privado numa actividade pública. Não sei se intoxicados pelas 50 tonalidades cinzentas, vêem a vida sexual portuguesa como pouco colorida. E talvez até seja um conservadora, tal como eu. Mas não consigo ver nisso uma vida sexual insatisfatória. Pelo contrário. Até consigo ver na necessidade do uso de brinquedos e conjuntos de fantasia como uma forma de tentar tornar satisfatória uma vida que não o é.