08 maio 2016

Luís Gaspar lê «Frémito» de Florbela Espanca


Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doido anseio dos meus braços a abraçar-te,

Olhos buscando os teus olhos por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!

E vejo-te tão longe! Sinto a tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que me não amas …

E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas …

Florbela Espanca
Florbela Espanca (Vila Viçosa, 8 de Dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de Dezembro de 1930), batizada como Flor Bela de Alma da Conceição Espanca, é uma conhecida e popular poetisa portuguesa. A sua vida, de apenas trinta e seis anos, foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotismo, feminilidade e panteísmo.

Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa

«coisas que fascinam (190)» - bagaço amarelo

Nunca a vi senão bonita. E eu, sempre feio, fechado num silêncio de quem contempla o mar pela primeira vez. Às vezes via-a a sorrir, outras vezes com ar de quem se zangara com o mundo. E foi assim, nesse segredo, que lhe aprendi as marés.
Uma vez parei na grande escadaria do liceu, entre o formigueiro de alunos que corria para as aulas, porque ela vinha lá, entre todas as formigas. Contornou-me e continuou, até desaparecer na curva de um imenso corredor. Nem sequer olhou para mim e eu, perdido no ruído daquela imensa selva, voltei para trás como um predador falhado.

- Não vai à aula? - Ouvi a voz da contínua atrás de mim.
- Não.
- Tem que ir...
- Dói-me o coração.

Nunca a imaginei senão brilhante. E eu, sempre apagado, à deriva por um estrondo Amor adolescente, percorria sozinho as ruas da cidade na vã esperança de me cruzar com ela. Talvez pudesse acontecer o milagre de a ver deixar cair a carteira e correr atrás dela para, como quem não quer a coisa, devolver-lha num sorriso. Estranho! Nunca aconteceu.
Ninguém sabia disto, para além de um amigo que nunca mais vi e das árvores das ruas que me viam a deambular entre elas para a encontrar a ela. Acho que às vezes me tentavam avisar que não valia a pena, mas eu nunca lhes liguei nenhuma.
Talvez eu seja um dos poucos sortudos deste mundo que encontrou em adulto o grande Amor da adolescência. Serei mesmo, mas a maior sorte foi não o ter encontrado antes. Só isso me permitiu Amá-la com esta história de mar.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

PI do deleite de água


Maitena - Condição feminina 26




07 maio 2016

Puro Êxtase - «Episódio 10 - O desafio do À Carbonara explosivo»

Puro Êxtase, webserie orgástica, convida algumas mulheres e homens para realizarem tarefas quotidianas, mas enquanto recebem sexo oral.

Postalinho do Caminito d'el Rey

"No início do Caminito d'el Rey (Málaga, Espanha), passa-se por uma albufeira. E o que tem esta albufeira de especial, para merecer um postalinho?!..."
Paulo M.


"... Tem isto!"

Leda e o cisne - «homis (sic) soit qui mal y pense. P G O.»

Prato em faiança pintado com réplica de gravura de Paul Gauguin, do Museu Gauguin - Tahiti para a minha colecção.




A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

É certinho!


As mais sonsas socialmente são sempre as mais estouvadas da crica na cama. Não falha.

Patife
@FF_Patife no Twitter

06 maio 2016

«Swing (sexy. erotic. twisted.)» - filme completo


Swing (sexy. erotic. twisted.) from bobbybarredo on Vimeo.

«Família» - Rubros Versos


Tiago Silva

«#ElaEngole» - Ruim

Hoje [13/4] é Dia Mundial do Beijo. Uma grande beijoca a vocês todos creepsters que beijam de olhos abertos. Um beijo nostálgico à menina que me concedeu o meu primeiro e que ficou com a sensação de estar a ser devorada por um crocodilo. A todas as mulheres da vida que cobram 20€ por um "beijinho". E já que falamos no assunto, um brinde a todos os bicos por tabela dos gajos que beijaram as minhas ex ‪#‎elaengole‬. Um olá especial a todos os bêbedos que viram os "sinais" da gaja e confundiram um piscar de olhos com um "mete-me a língua no esófago". A todos os adolescentes que dão beijos de meia hora e levam a mão de surra ao nalguedo como quem não quer a coisa ‪#‎keeptrying‬.
A todas as que eu beijei... eu sei que sentem saudades ‪#‎eubeijobem‬ ‪#‎dizoTinoco‬
Beijem-se mais!
Chuack!

Ruim
no facebook

«Bestial!...» - Shut up, Cláudia!




no Facebook

05 maio 2016

MACMA - «Man boobs for boobs» (mamas de homem para mamas)

Postalinho gastronómico I




Amor jovem

Revista pornográfica dinamarquesa de 1970, «Young Love», com capa estrategicamente discreta, sem imagens.
Um segredo revelado... na minha colecção.








A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
> 1.900 livros das temáticas do erotismo e da sexualidade, desde o ano de 1664 até aos nossos dias;
> 4.000 objectos diversos (quadros a óleo e acrílico, desenhos originais, gravuras, jogos, mecanismos e segredos, brinquedos, publicidade, artesanato, peças de design, selos, moedas, postais, calendários, antiguidades, estatuetas em diversos materiais e de diversas proveniências, etc.);
> muitas ideias para actividades complementares, loja e merchandising...

... procura parceiro [M/F]

Quem quiser investir neste projecto, pode contactar-me.

Visita a página da colecção no Facebook (e, já agora, também a minha página pessoal)

«Monstro do Lago Ness» - Adão Iturrusgarai


04 maio 2016

Rihanna - «Needed Me»

«respostas a perguntas inexistentes (337)» - bagaço amarelo

das promessas que nos fazemos

Passo a vida a quebrar promessas que faço a mim mesmo. Na verdade não me importo. Sei que vida é isso mesmo, uma constante quebra de promessas e de objectivos. Ainda assim, continuo a prometer-me muitas coisas, principalmente quando estou metido no emaranhado dos meus silêncios. Propor-me a fazer alguma coisa que depois não faço dá-me vida no momento. É por isso que propor é importante.
Hoje propus-me a limpar a minha casa de banho com lixívia assim que chegasse a casa. Não o fiz, mas no momento em que me propus a tal acreditei que ia mesmo fazê-lo. Soube-me bem tanta determinação, mas falhei a promessa. Não faz mal.
Às vezes prometo-me a concretizar projectos um pouco mais ambiciosos, como tirar do papel tudo o que já preparei para fazer uma sessão de stand up comedy e subir a um pequeno palco qualquer. Não sei se o vou fazer ou não. Espero que sim. Para já, o mais importante é que acredito que o vou fazer.
Na verdade, a única coisa a que nunca me propus foi a Amar uma mulher e, apesar de nunca o ter feito, passei a vida a fazê-lo. O facto de nunca me ter prometido Amar alguém não quer dizer que o Amor não seja uma promessa. É, apenas nunca a fiz. Com a vida, cheguei até à conclusão que me custa muito mais quebrar as promessas que não me faço do que aquelas que me faço. As que não me faço já moram dentro de mim. As outras não e é por isso que podem falhar.
Talvez o Amor seja isso, uma promessa inadiável desde o momento em que nos apaixonamos pela primeira vez. Tão inadiável que nunca nos atrevemos a prometermo-nos tal coisa para um dia distante.


bagaço amarelo
Blog «Não compreendo as mulheres»

Estado

Entre a luz e escuridão uma alma vagueia pelo mundo entre os quatro elementos. Muitos antónimos e outras figuras de estilo podem caracterizar o seu estado de espírito. Será medo? Será amor? Será vontade de fugir e ser feliz ou apenas sereno? Porque as emoções não se medem, vagueia-se por aquilo que se tem na alma e no coração, passeia-se pela estrada do nosso coração e pára-se no cérebro. As mulheres ditam lições de vida a alguns homens, vice versa não? Depende do homem e da envolvência. Homem este que se envolve mais com o seu “eu” do que com qualquer mulher. Deseja sexo, nu, cru, quer ser provocado e fica estátua quando isso acontece. É a lei de “olho por olho, dente por dente”, as fria distância tudo permite dizer mas não ouvir, não colar retina com retina. É um chove e não molha que faz bem mas nada apaga os anos que não se viveram, que fomos a outra pessoa. E se nada apaga, segue-se, com a mente em conflito, porque existem sentimentos mais ou menos e existem os profundos. E tudo, como odiar limão e adorar ananás. Sentimentos não são sinónimo de amor, de gratidão, de amizade, são aquilo que o nosso coração manda. Quem nos ama, ama-nos, a nossa essência, a nossa pancada, a nossa loucura. O nosso respirar. O nosso suor depois de uma queca. Ir a jogo. Perder ou ganhar mas sempre aprender. Porque se as plantas crescem melhor se falarmos com elas, a nossa auto estima cresce se alguém nos acha um espectáculo. E, dos outros, devemos apenas ter pena de quem estereotipa esta merda toda. Falem, sejam sinceros e alguém, no fim do mundo, no fundo do túnel... Vos entenderá.

Do meu mundo

Palavras cruzadas