15 julho 2017

Postalinho de Alcobaça 4

"Muitos monumentos medievais têm figuras que podem passar despercebidas aos visitantes «normais» mas que saltam à vista de alguém que esteja atento. O Mosteiro de Alcobaça não é excepção. À volta do Claustro de D. Dinis ou Claustro do Silêncio, estão várias gárgulas nas saídas de escoamento das águas dos telhados circundantes ao claustro. Uma dessas gárgulas tem uma mulher que segura os seios enquanto faz figas, de uma forma que os seus polegares parecem mamilos enormes."
Paulo M.





«quando vieres, traz contigo os dias brancos» - Susana Duarte

quando vieres, traz contigo as luzes da aurora
e os braços com que, outrora, enlaçaste o meu corpo.
não esperes. cerca-me com os olhos da demora

e abraça os azuis do peito e as manhãs
tristes. quando vieres, traz contigo os dias brancos
do teu corpo, e os troncos vivos que, das raízes

dos teus pés, se erguiam em demoradas carícias.
não demores. o tempo é fugaz como a juventude
que, em nós, habitava. toda a eternidade reside,
hoje, nos teus ombros se, neles, segurares os cabelos

que, de mim, voam na invenção das noites
e dos sonhos. os corvos voam no centro
das fibras negras que, nos teus dedos, enrolas

para, de seguida, beijar. não demores.

quando vieres, traz contigo o mundo de outrora,
e abraça-me. mais não quero, senão as danças
de Hátor quando Hórus descansa.


Susana Duarte
Blog Terra de Encanto
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Tarô do Kama Sutra

78 cartas de tarot numa caixa, com livro de instruções.
Oferta da Daisy e do Alfredo Moreirinhas para a minha colecção.










A colecção de arte erótica «a funda São» tem:
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Postalinho das Autárquicas 2017 - 2

"Será que Amílcar Malho vai ter como vice o Adolfo Drias?"
Tesourinhos das Autárquicas 2017


14 julho 2017

Até faz impressão, trincarem estes bolos...

Até o nome é genial: «D-Cakes» (pode ler-se como Dick Cakes)

Postalinho da Praia de Mira

"A isto é que se deve chamar um caralho rodado!"
Paulo M.


#conismo - Ruim

No que toca a perceber os sinais de interesse de uma mulher, os homens dividem-se em dois grandes grupos: os que vêem sinais de interesse onde eles não existem e interpretam cada sorriso, olhar e gesto de boa educação como um convite para irem para a cama e os que não percebem os sinais de interesse feminino mesmo à frente dos olhos:
"Pssst. Aqui. Mete a tua língua AQUI. Beija... AQUI. Estou a apontar para a boca, nabo. PODES BEIJAR. Na boa, urso. Olha para mim a ir na tua direcção. Já mexi no cabelo três vezes a rir. Estou a olhar-te nos olhos e a lamber-me. Como é que não percebeste ainda? Tenho de arranjar um daqueles rapazinhos que estacionam os aviões com baguetes de pão luminosas e pô-lo no meio das pernas a indicar o caminho? Não está fácil. Mas quando é que ele se cala? Quando é que ele pára de fingir que é defensor dos direitos das mulheres e vegan e *bla bla bla* e me agarra?? OBJECTIFICA-ME, f#da-se. Podes, por amor de Deus, perder por momentos o respeito por mim e descobrires a que é que sabe a minha laringe, totalmente "contra a minha vontade"? Nada. Será que ele é gay e quer uma amiga? Só pode... não. Nenhum gay combinaria tão mal umas calças e uma camisa. Ele é só um conas com medo de c#nas. Desisto..."

Ruim
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13 julho 2017

Fountains of Wayne - «Stacy's Mom»

Luís Gaspar lê «A Voz Fraterna» de Fernando Reis Luís

A vida é um rio
Mas não é um rio qualquer
É um curso de água continuada
Que nasce límpida na montanha
Entre medronhais e rododendros
E sobe nas escadas da memória
Sim
Porque descer seria fácil
Sobe gravada no sienito
Sem pedir asas às aves
Ou energia aos trovões
Depois apagam-se
As luzernas do luar
E o vapor da alma condensa-se
Tombando cansado na terra
Como neve granizo vento ou chuva
E volta a ser rio palpitante
Penetrando o chão com a voz fraterna
Para renascer nas fendas
Como flores silvestres
Nas madres montanhas da serra

(Do livro “Alquimia das Metáforas”. Ilustrações de Igor Nunes Silva. Ed. aramis)


Fernando Reis Luís
Fernando Reis Luís, nasceu em Monchique. Licenciado em Gestão Bancária, foi professor, bancário, delegado da Proteção Civil e deputado à Assembleia de República.
Ouçam este texto na voz d'ouro de Luís Gaspar, no Estúdio Raposa